Oscar Piastri foi dominante na etapa principal do GP da China, não dando chances aos demais. Nem mesmo seu companheiro de equipe e líder do campeonato, Lando Norris, conseguiu superá-lo e teve que se contentar com o segundo lugar. Assim, a McLaren conquistou sua primeira dobradinha já na segunda prova do ano — e certamente não será a única.
O GP de Xangai foi palco da primeira etapa Sprint do ano, e para surpresa de todos, a pole ficou com ninguém menos que Lewis Hamilton. No primeiro e único treino de sexta-feira, ele figurou na quarta posição, atrás de Norris, Leclerc e Piastri. Mas, na classificação para a corrida curta, Hamilton registrou uma volta perfeita, garantindo a pole. Max ficou em segundo, seguido de Piastri, Leclerc, Russell e Norris. A conquista foi muito comemorada no paddock, com quase todos festejando.
Festa geral. Na corrida Sprint, realizada no sábado, Lewis largou bem e disparou na frente, garantindo sua primeira vitória com a Ferrari. O momento foi emocionante para o piloto e para a imensa torcida da equipe ao redor do mundo. Piastri chegou em segundo, seguido de Max, Russell e Leclerc. Norris, por sua vez, terminou apenas em oitavo, decepcionando a todos e a si próprio.
Horas depois... A alegria dos tifosi durou pouco. Na classificação para a corrida principal, Hamilton garantiu apenas o quinto lugar, abrindo a terceira fila, com Leclerc ao seu lado na sexta posição. Piastri fez a pole, seguido de Russell. Lando errou feio em sua segunda tentativa e ficou em terceiro, seguido de Max. Hadjar surpreendeu ao conquistar a sétima posição. Antonelli largaria em oitavo, Tsunoda em nono e Albon fechou o Top 10.
Corrida. Piastri largou bem e manteve a ponta. Norris rapidamente superou Russell e seguiu o companheiro até o final. Foi uma corrida sem grandes disputas pela liderança, e tudo indica que esse cenário se repetirá várias vezes nesta temporada. Russell completou o pódio, mostrando que a Mercedes, mesmo terminando 11 segundos atrás, é a segunda força do grid, à frente da Red Bull e da Ferrari, que muitos temiam antes do início do campeonato.
Zica. Verstappen, com sua RB21, garantiu um suado quarto lugar. A Ferrari conquistou a quinta posição com Leclerc, que correu a prova inteira com o aerofólio dianteiro danificado, mas ainda assim teve um desempenho razoável. Hamilton terminou em sexto. Mas, horas depois, veio a bomba: Leclerc foi desclassificado por terminar a prova com o carro 1 kg abaixo do peso mínimo permitido pelo regulamento. Já Hamilton foi punido por desgaste excessivo da prancha do assoalho. Gasly (11º) também foi desclassificado por estar abaixo do peso mínimo.
Prejuízo. Com a punição dos dois pilotos, a Ferrari perdeu os 18 pontos que havia conquistado. Quando a equipe italiana não erra na estratégia, sofre com punições. Não está fácil a vida dos tifosi! Engraçado que, recentemente, Lewis e Leclerc — na época em equipes diferentes — foram punidos pelo mesmo motivo no GP de Austin, em 2023.
No lucro. Ocon, Antonelli, Albon e Bearman, que originalmente terminaram em sétimo, oitavo, nono e décimo, respectivamente, subiram de posição após as desclassificações: Ocon ficou em 5º, Antonelli em 6º, Albon em 7º e Bearman em 8º. Stroll e Sainz Jr., que haviam terminado em 12º e 13º, foram promovidos à zona de pontos, com Stroll em 9º e Sainz Jr. em 10º. O espanhol ainda está sofrendo para se adaptar ao carro da Williams, contrariando as expectativas de quem esperava um desempenho mais sólido dele.
Sobressaindo. Stroll conseguiu pontuar tanto na Austrália quanto na China, enquanto seu companheiro de equipe, o bicampeão Alonso, segue zerado — algo que não deve durar muito tempo. Bearman, após o vexame na Austrália, se redimiu em Xangai. Largando com pneus duros, ele conseguiu prolongar o stint inicial e, com compostos mais conservados no final da corrida, realizou ultrapassagens audaciosas e técnicas. Tsunoda vinha fazendo uma boa corrida até ser punido por um erro da equipe. Segundo o "rádio paddock", ele será promovido a titular da equipe taurina já no GP do Japão.
Chatice. Um ponto chato na Fórmula 1 atual é o gerenciamento de pneus, que vem ditando o ritmo das corridas há tempos. Como ninguém pode andar no limite, o segredo é administrar o desgaste da borracha para atacar ou se defender nos momentos decisivos. No passado, já tivemos provas onde a economia de combustível era crucial; agora, os pilotos são impedidos de acelerar tudo e disputar no braço por causa dos pneus de vida curta.