REGINALDO LEITE

# 20 - GP DO BRASIL - UMA SENSACIONAL LIÇÃO AQUÁTICA

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 19/11/2016 às 17:46Atualizado em 16/12/2022 às 16:32
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 # 20 - GP DO BRASIL - UMA SENSACIONAL LIÇÃO AQUÁTICA

A penúltima etapa do Mundial de F1 de 2016 foi sensacional, demais, surpreendente. Isso nas posições secundárias, pois o primeiro e o segundo posto não houve surpresas. Lewis, finalmente, depois de nove anos, conseguiu uma vitória na pista de seu maior ídolo. E foi uma vitória marcante. Em momento algum teve sua posição de líder, desde a primeira volta, ameaçada. E quando Verstappen tentou chegar, Lewis respondeu com tempos melhores. Tipo assim: Vem não, menino, aqui tem bala na agulha sobrando.   Mais do mesmo. Já seu oponente na luta pelo título de 2016, Nico Rosberg se limitou a marcar Lewis. Corre com o regulamento no bolso. Porém, como já havíamos comentado na coluna anterior, Verstappen vem incomodando Nico. Isso aconteceu nos GPs dos EUA e do México. No entanto, mais uma vez, Nico escapou da pilotagem impiedosa do holandês.   Para a sorte do alemão, em Abu Dhabi ele pode ser terceiro. E Verstappen vai com tudo numa pista em que o motor não é tudo. É um circuito travado e a Red Bull é ótima nele. Não podemos nos esquecer de Ricciardo nesta disputa. O que pode acabar com o sonho do alemão.   Brilhando. Lewis fez a lição de casa direitinho. Rosberg também cumpriu seu papel.  Mas, na etapa brasileira, quem fez uma corrida dos deuses foi Verstappen. Nos fez reviver uma F1 que não víamos há anos. Verstappen, depois de Interlagos, passou de piloto problemático e complicado a herói. Seu desempenho em Interlagos apagou todas as opiniões negativas sobre sua maneira de pilotar.   Destino. Como todos devem saber, essa era a última corrida de Massa na F1 em Interlagos. Houve várias homenagens ao brasileiro. Até uma nunca vista antes: tiraram o nome do patrocinador principal e colocaram o nome do piloto no carro.   Massa foi mais uma das vítimas da Curva do Café e, por ser ali, se viu obrigado a percorrer boa parte do Pit Line a pé. Ele foi ovacionado pela torcida e pelas equipes por onde passava e a bela cena terminou com sua esposa indo ao seu encontro e ambos soltaram as lágrimas contidas até ali. Uma cena bonita e emocionante! E o mais engraçado é que todo esse tempo que ele caminhou nos boxes a corrida estava com safety car. E aí todas as atenções se voltaram para a caminhada do brasileiro. Também foi bonito ver o carinho dos mecânicos de várias equipes para com Massa, especialmente a turma da Ferrari.   Sobreviventes. Perez, Nash e Sainz Jr fizeram duas trocas de pneus. E se deram razoavelmente bem. Nash fez sua melhor corrida em 2016 e conseguiu dois pontinhos para a Sauber. Valendo-se dessa mesma estratégia, Perez caminhava ao pódio até que Verstappen parou na volta de número 54 e veio de décimo quarto para o terceiro posto, que era de Perez.   Taurinos. A equipe austríaca demonstrou novamente o quanto é ousada. Tinha o segundo posto na mão ou o último lugar do pódio, na pior das hipóteses. Mas resolveu ousar, ou seja, tentar ganhar a corrida e parou Verstappen na volta 54. Essa ousadia valeu uma das melhores atuações vistas na F1, nos últimos tempos. Valeu Red Bull e Verstappen!   Hora extra. Bernd Mayländer, piloto do safety car, nunca trabalhou tanto como ultimamente. A última vez, que me lembro, que ele trabalhou tanto foi em Silverstone, em julho. Foi bonito ver aquela mercedona escapar de traseira em algumas curvas enquanto Lewis apenas acompanhava, aparentemente lento. Era lento para Lewis e seu carro, mas na Mercedes de Mayländer ele estava dando o sangue para se manter na pista naquelas condições. Molhado. Essa etapa foi muito boa. Pena que as arquibancadas não estavam cheias. Apesar da ótima corrida, muitas pessoas foram obrigadas a deixar o autódromo antes do final da etapa. Alguns ainda no autódromo tentavam remarcar voos para o final da noite, mas outros não tinham essa opção. Tinham que pegar a jardineira da Azul até as 17h30. O jeito foi largar a ótima corrida, correr para conseguir uma condução e ouvir pelo rádio o final do GP. E o pior: ficar de castigo em Viracopos, pois não tinha teto em Uberaba. Uma ótima semana!  

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