REGINALDO BALEIA LEITE

#5 – GP de Miami – Verstappen mostra suas cartas

Reginaldo Baleia Leite
Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 12/05/2023 às 09:25
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Max Verstappen (Foto/Reprodução)

Max Verstappen (Foto/Reprodução)

A etapa de Miami demonstrou novamente que o norte-americano sabe como transformar um evento esportivo em um show. Repleto de atividades extras pista, muitas áreas vip com lanchonetes oferecendo os mais variados cardápios. Numa dessas áreas, uma cabaninha com lembranças da Ferrari, havia uma mesinha de US$300.000,00; a mesa é um motor V10 de F1 com tampo de vidro. Isso sem falar daquela falsa marina. Chama atenção também o número de estrelas e celebridades que se fazem presentes no complexo.

Verstappen foi absoluto nesta etapa, se valendo de uma estratégia que não aparentava ser a melhor e que só foi usada porque ele estava mal posicionado no grid de largada. Mas, com sabedoria no comando do carro e se valendo de uma pilotagem magistral, soube extrair o máximo do automóvel.

Grip. Na pista, um asfalto novinho deu lugar ao do ano passado, que esfarelava muito e dificultava a vida dos pilotos, sendo alvo de reclamações de todos os competidores, sem exceção. Na sexta-feira, logo nas primeiras voltas, o asfalto voltou a ser o assunto de todos já que, além de não oferecer aderência, desgastou bem os pneus. No segundo treino de sexta os tempos evoluíram assim como no de sábado. Já na classificação o assunto sequer foi comentado.

Sábado. Verstappen comandou o primeiro treino do dia, assim como as duas primeiras fases da classificação. Na ultima seção (Q3) Max errou na primeira tentativa e não marcou tempo. Leclerc também não foi bem e assinalou apenas o sétimo tempo. Indiferente aos adversários, Perez fez uma ótima volta. Restou a Max e Leclerc se redimirem na última chance da classificação. Hamilton não se classificou para o Q3 e Russell passou por muito pouco.

Na tentativa de fazer a pole, o monegasco saiu da pista praticamente no mesmo local que havia saído no dia anterior, causando a interrupção da classificação. A tabela de classificação ficou com assim: em primeiro Perez, seguido de Alonso, Sainz Jr, Magnussen, Gasly, Russell, Leclerc, Ocon, Max e Bottas. estes dois sem tempo marcado. Um grid interessante, sinal de corrida boa.

Hora do show.  A maioria dos pilotos calçava pneus médios, com exceção das McLaren,  de macios. Max, Lewis, Hulk, Ocon, Zhou, Tsunoda e Stroll estavam com pneus duros. Na largada, vimos todos comportados; Perez manteve a ponta, seguido de Alonso e Sainz Jr. Magnussen perdeu posições, assim como Max. Russel e Gasly foram bem. Não demorou muito e Magnussen ultrapassou Leclerc, que retomou a posição na sequência, porém Magnussen retomou a posição.

Esta disputa se repetiu em outras voltas e Magnussen se sustentou. Enquanto isso, Max ia passando por todos que encontrava, quando viu a disputa de Hass e Ferrari à sua frente, aproveitou-se do DRS e superou os dois na reta. Leclerc seguiu atrás de Magnussen por boa parte da etapa e só conseguiu superar a Hass na volta 38. Lewis segue galgando posições, fazendo uma boa corrida de recuperação.

Na frente, Perez se mantem tranquilo diante de Alonso, porém não conseguiu abrir muito. Max, indiferente a todos, assume a P2 antes de ser completada a 16ª volta e vê que tinha apenas 3,7 segundos de diferença para Perez. Este já sentia seus compostos médios acabando. Já a turma que largou de duros ia, aos poucos, avançado na tabela.

Surpresa. Não demorou muito, volta 20, Max reduz a diferença para 1,4 segundos, ao tempo já nem via Alonso no retrovisor. Na volta seguinte, Perez para e sai calçado com os pneus duros, retornando na P4. Nove voltas depois, o mexicano assume o segundo posto e tem uma diferença de 15 segundos em relação ao companheiro de equipe. E nada do bi campeão parar. Mesmo assim conseguiu virar tempos ótimos fazendo a diferença chegar a casa do 18s.

Impávido. Max foi aos boxes somente na volta 46 e saiu calçado com os médios novinhos. Perez estava com duros desde a volta 21, portanto sem chances de oferecer defesa. Não demorou duas voltas para a RB 19 nº1 ultrapassar o mexicano para decepção da grande torcida latina presente. Uma corrida competente de Max e dolorida para Perez, que sonhava ou ainda sonha, em lutar pelo título com o companheiro de equipe. Algo quase impossível, pois alto comando da equipe prefere Max e enxerga o mexicano como um importante ajudante para conquistar do mundial de construtores.

Alonso foi P3 seguido de: George Russell, Carlos Sainz, Lewis Hamilton, Charles Leclerc, Pierre Gasly, Esteban Ocon e Kevin Magnussen fechando a zona pontuação. Milagrosamente não tivemos a intervenção do Safety Car.

Deixando as intrigas de lado, vimos que o composto duro foi o ideal para a primeira fase da corrida; já que os médios, com o tanque cheio e a pista lavada, após a boa quantidade de chuva anterior à corrida, se degradavam facilmente.

- Lewis, com os duros, partiu da P13 e finalizou na P6. Uma ótima recuperação, se comparada ao Russell, que largou da P6 e cruzou na P4. Na corrida, as Mercedes se redimiram em relação aos treinos.

- A Ferrari continua sua saga de rápida na classificação, nas mãos de Leclerc, e maior degustadora de pneus em corridas. Leclerc vem tentando andar mais que o carro e tem perdido o controle repetidamente. Na rádio Paddock alguns detratores chegam a questionar se ele é mesmo um piloto a ser considerado potencial campeão.

Realidade. Desde a segunda metade da temporada passada, os carros da Red Bull já vinham se mostrado acima da concorrência. Neste ano eles evoluíram e até agora ninguém foi capaz de oferecer resistência. Nesta etapa o primeiro carro a chegar após as RBR’s foi o de Alonso, com mais de 26 segundo de desvantagem.

Agora imagina se os carros taurinos não fossem obrigados a maneirar o ritmo em determinadas fases de corrida para economizar borracha. Em cinco etapas, cinco vitórias das RBR’s. Já a pilotagem do holandês com os duros foi assombrosa, chegando a fazer melhor à volta em sequência com pneus de mais trinta e tantas voltas. Uma aula de eficiência. 

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