Leclerc e Príncipe Albert II roubaram a cena nas comemorações do pódio (Foto/Reprodução)
O ano de 2024 fica marcado como aquele que findou a maldição de Mônaco. Maldição essa que perdurava desde o início da F1 em 1950, onde um piloto monegasco nunca havia subido no degrau superior do pódio no principado. Charles Marc Hervé Perceval Leclerc, pois fim ao vencer de ponta a ponta a corrida deste ano no principado.
Início caótico. Essa edição da badalada e glamorosa corrida em Monte Carlo vimos e sentimos emoções boas na classificação e nas comemorações no pódio. Ou melhor, não podemos deixar de citar os momentos iniciais que foram marcantes, que se iniciaram com Sainz Jr. ficando para trás após um toque na roda traseira de Piastri o que ocasionou um furou seu pneu dianteiro esquerdo o que ocasionou uma saída de pista num dos poucos locais com área de escape.
Trio desastroso. Na sequência, lá atrás Perez, Magnussen e Hulkenberg meio que de passageiro protagonizaram o acidente com maior poder de destruição desta temporada, até aqui. Segundos depois, já na curva que antecede a entrada do túnel, Ocon foi otimista demais ao tentar uma ultrapassagem sobre companheiro de equipe Gasly, onde não havia espaço. Nessa manobra desesperada seu carro quebrou vários componentes da suspensão traseira esquerda e outros danos colaterais que resultaram em seu abandono da competição.
Após esse caos geral, a bandeira vermelha entrou em cena. Uma vez que em meia volta de corrida quatro carros abandonaram. Perez, Ocon e a dupla da Hass. Com o advento da bandeira vermelha, Sainz Jr. pode retornar ao grid em sua posição original no grid (3º) da nova largada. Após uma paralização maior que quarenta minutos, todos pilotos, que sobraram, largaram novamente em suas posições originais conquistadas na classificação.
Procissão. Todos os pilotos aproveitaram para trocar seus pneus durante o período de paralisação e assim escapar da regulamentação de troca obrigatória, (regra estupida essa de poder trocar os pneus durante a bandeira vermelha), de pneus durante a prova. Após a nova largada, os dez primeiros mantiveram suas posições e se mantiveram nelas até a bandeirada final. Um marasmo total onde ninguém ultrapassou ninguém. Uma regra ante esportiva acabou com uma corrida que normalmente já é chata. Pior impossível.
Show à parte. A cerimônia de premiação no pódio extrapolou todo o protocolo imposto pela família real. Onde o príncipe Albert II muito emocionado abraçou fervorosamente o vencedor desprendendo lagrimas, lagrimas compartilhadas também pelo piloto. Porém, na hora do champagne o príncipe deixou de vez todo protocolo e apossou de uma garrafa do espumante em comemorou junto a Leclerc, Sainz Jr e Piastri e ainda se deliciou com a bebida, sob o olhares espantados das demais personalidades presentes no exclusivo pódio do principado.
Situação inédita nunca vista no principado. E que certamente não se repetira. Já que foram setenta e quatro anos de espera por uma vitória de um monegasco.
Enfim. Desta feita não ouvimos o já tradicional hino da Holanda no pódio. Para os detratores de Max foi lindo. Mas lindo mesmo é ver e ouvir a equipe vermelha cantar com fervor e entusiasmo o hino italiano. É arrepiante esses momentos que só os italianos conseguem protagonizar. Uma cena meio que rara já que a Ferrari nos últimos tempos não consegue ser um carro dominante. 2008 marca o último título da equipe vermelha.