23 títulos nessa foto: 11 dos pilotos Lewis, Alonso e Max e 12 de Newey, o maior vencedor da F1 (Foto/Divulgação)
E Max Verstappen venceu mais uma etapa do extenso calendário de 2023. Essa etapa canadense já foi palco de resultados surpreendentes, porém desta vez não vimos isso. A dominância da dupla RB19/Verstappen não encontra adversários no grid atual, não importando o tipo de pista, seja um traçado de baixa ou alta velocidade, ou mesmo as condições meteorológicas. A dupla não encontra ninguém para oferecer qualquer tipo de resistência.
Parecia que Sergio Perez, no início do ano, poderia ser um obstáculo para a conquista do tricampeonato por parte de seu companheiro de equipe, ao vencer duas etapas. No entanto, desde Mônaco, o mexicano não tem alcançado resultados expressivos. Parece que seu carro não é uma RB19 igualzinha à que está nas mãos do holandês.
A classificação teve momentos fracos. A chuva marcou presença, ora intensa, ora fraca. Sempre que temos chuva, as emoções são garantidas e as surpresas também. Apenas o pole position foi quase sempre o mesmo, Max. Perez e Leclerc não conseguiram se classificar para a etapa final da classificação (Q3), apesar de terem carros para isso. Leclerc mais uma vez foi vítima das estratégias equivocadas da equipe italiana. Perez também não se classificou devido a erros de sua equipe, algo não muito comum no time taurino.
Surpreendentemente, a Williams com Albon foi uma das gratas surpresas da classificação, liderando uma das sessões e conseguindo se classificar para a sessão final. Hulkenberg conseguiu a segunda posição com a Haas, algo impensável em condições normais. A presença das duas McLarens entre os dez melhores neste ano é algo incomum. Sainz Jr. foi apenas oitavo e completou a lista Albon e sua Williams atualizada com algumas melhorias nesta etapa.
Horas após a classificação, os comissários responsáveis pelas penalizações demonstraram estarem afiados. Eles aplicaram uma série de punições. Carlos Sainz, Yuki Tsunoda, Lance Stroll e Nico Hulkenberg foram punidos com a perda de três posições no grid. Isso frustrou o sonho da Haas de largar na primeira fila de um GP, algo inédito em sua história na Fórmula 1. Os três primeiros foram punidos por atrapalharem outros pilotos em suas voltas rápidas, enquanto Hulkenberg foi punido por não respeitar a velocidade em regime de bandeira vermelha.
Para a felicidade geral, a faca afiada dos comissários funcionou apenas no sábado. Lewis Hamilton e Ocon foram alguns dos agraciados com um domingo benevolente por parte dos imprevisíveis senhores do alto comando da sala de decisões. Nos instantes finais, para não deixarem de marcar presença, deram a Norris uma punição de cinco segundos. Ridículo.
As punições a Hulkenberg e Sainz Jr. alteraram a grade de classificação. Alonso, que estava em P3, alinhou na P2, formando a primeira fila. Lewis manteve-se na segunda fila, apenas trocando de lado, e Russell subiu da terceira fila e alinhou ao lado de seu companheiro. Sainz Jr., que era oitavo, largou na P11, promovendo Piastri, Albon e Leclerc uma posição cada.
Após a largada, Max manteve a liderança e Alonso perdeu a segunda posição para Lewis. Alonso ainda sofreu um ataque de Russell, que por pouco não assumiu a terceira posição do espanhol. Na volta 20, Alonso superou Lewis e gradualmente abriu vantagem. Max reclamava de degradação de seus pneus em algumas ocasiões. Os líderes fizeram suas trocas de pneus por volta da volta 12.
Para surpresa de todos, a dupla da equipe vermelha permaneceu na pista e só parou nas voltas 38 e 39, completando as setenta voltas com apenas uma troca. Isso demonstrou que um de seus maiores defeitos, o alto consumo de pneus, foi superado após a nova atualização. Foi uma corrida em que a estratégia da equipe vermelha foi eficiente.
No terço final da etapa, Max manteve a liderança sem ameaças, enquanto Alonso passou a receber pressão de Lewis. A diferença, que era de cerca de três segundos, diminuiu para um e meio. No entanto, o piloto espanhol demonstrou ter munição e respondeu. Ao cruzar a bandeirada, Alonso tinha uma vantagem de quase quatro segundos. Albon foi premiado como o piloto do dia ao terminar em sétimo, tirando a Williams da última posição.
Na conversa entre o piloto e a equipe após a corrida, a equipe Aston Martin relatou a Alonso sobre uma falha no carro, mas não disseram nada ao piloto para não animar a concorrência. Alonso afirmou que sabia da falha e controlou tudo dentro do possível, mantendo-se em silêncio. Por outro lado, a equipe alemã achava que ele estava enfrentando problemas nos freios traseiros, mas na verdade era um problema de bombeamento de combustível.
Detalhes. O Dr. Marko, chefe da equipe taurina, declarou: "Para nossa sorte, os carros vermelhos largaram mais atrás, pois eles eram um pouco mais rápidos". Acredite se quiser.
A vitória no GP do Canadá marcou a centésima vitória da equipe Red Bull na Fórmula 1 e foi a quadragésima primeira vitória de Verstappen, igualando os números de Ayrton Senna.
Após uma temporada ruim no ano passado e um início igualmente ruim em 2023, os alemães resolveram fazer uma mudança radical em seu carro de Fórmula 1. Os resultados em Barcelona e Montreal realmente demonstram uma evolução, mas ainda estão distantes do carro da equipe taurina. Na verdade, ainda não alcançaram o surpreendente desempenho da equipe Aston Martin.
A corrida da equipe de Maranello no Canadá surpreendeu a todos, exceto Helmut Marko. O desgaste dos pneus da equipe italiana foi observado por todos, mas a maior fraqueza da equipe está na equipe técnica por trás dos boxes, onde decisões absurdas são tomadas, comprometendo os resultados de seus pilotos. Isso até provocou risos da concorrência, tamanha ingenuidade (Sprint do GP do Brasil de 2022).
Delírios. A maior torcida dos aficionados pela categoria rainha é simplesmente ver uma divisão de forças entre as equipes de ponta. Os italianos aparentemente ainda sofrem com estranhos problemas internos, com funcionários ruins no comando de alguns departamentos cruciais, mas mesmo assim, podem surpreender de vez em quando.
Por outro lado, os alemães são a melhor aposta ou esperança, sendo uma equipe de profissionais competentes. Aparentemente, encontraram um rumo agora e já prometem uma grande atualização para o GP de Silverstone, visando maior eficiência nos resultados. A Aston Martin, mesmo sendo uma equipe praticamente de um piloto, não está parada e continua melhorando seu já excelente carro.
