A Fórmula 1 está de férias e, assim, a mídia especializada fica sem ter muito o que falar. E aí começam a inventar assuntos ou situações que insinuam como sendo fatos reais. Na verdade, são assuntos sem grandes interesses para nós. A verdade é que eles têm de inventar alguma coisa para manter o interesse do grande público e manter seus empregos.
Drs. Sendo assim, não vamos comentar nada do cirquinho do Verme Ecclestone. Esse espaço é obrigatoriamente destinado à F-1, porém não temos nada de relevante para comentar da categoria rainha, uma vez que, até o momento, tudo são picuinhas ou histórias da carochinha. A não ser o duplo DRS da Renault, que deve ser usado em Spa. Mesmo sendo proibido para o ano que vem, a equipe joga todas as cartas no sistema.
Truck. Só depois que a F-1 estacionou é que, vergonhosamente, eu vi que me esqueci da categoria mais popular do nosso automobilism a Fórmula Truck. E foi justamente no velho, mas reformado, autódromo de Cascavel que curti uma etapa da Truck no fim de semana.
Popular. Com um público de cinquenta mil pessoas, muitas das quais estavam acampadas no autódromo desde sexta-feira, vimos uma corrida ótima, cheia de disputas e muitas quebras. Uma coisa que acho ótimo nos autódromos do sul é essa oportunidade que oferecem de poder acampar no recinto. Lembra-me o velho Interlagos.
Na primeira. Cascavel é um circuito de alta velocidade e, assim, os caminhões mais potentes ocupavam as primeiras filas. Como sempre, Giaffone, com seu VW, era o intruso no meio de Scanias, Mercedes e Iveco. O Iveco, de Beto Monteiro, que era o pole, ficou já na primeira volta, pois teve problemas logo na volta de apresentação.
Abandonos. A liderança caiu nas mãos de Wellington Cirino com a Mercedes. A etapa teve muitas desistências. Cirino fez parte do grande contingente de abandonos. Olha só o tamanho da lista: Jardim, Paulo Salustiano, João Maistro, Leandro Reis, Luiz Lopes, Pedro Gomes, Roberval Andrade, André Marques, Beto Monteiro, Pedro Muffato, Diumar Bueno e Danilo Dirani tiveram problemas e abandonaram a disputa.
Destaques. A prova ficou marcada pelo incêndio do caminhão do Adalberto Jardim. Foi uma cena forte e vimos que os ficais de pista que ficam com os extintores não sabiam como utilizar o equipamento, o que obrigou o piloto a tomar a iniciativa. Depois de alguns minutos é que apareceu um caminhão de combate a incêndio. Esse caminhão fica nos boxes. João Maistro também teve seu caminhão incendiado, mas Maistro teve sorte e parou nos boxes, perto do caminhão dos Bombeiros. Assim, o combate ao incêndio foi rápido.
Líder. O vencedor da etapa foi Leandro Totti, que corre com Mercedes, mas não é da equipe oficial. Esta foi a terceira vitória de Totti no campeonato, que, com a desistência de Beto Monteiro, assumiu a liderança da tabela. Leandro, que largou da quinta posição, fez bela prova e não deixou ninguém se aproximar dele. O momento maior foi a ultrapassagem por fora na temida e veloz curva do Bacião.
Os demais. Giaffone, com um VW, conseguiu a proeza de chegar no segundo posto. Regis Boessio, com Mercedes, foi o terceiro. O quarto ficou com Geraldo Piquet, também de Mercedes. Piquet largou em décimo quinto. O quinto posto caiu nos braços de Débora Rodrigues, que também fez boa corrida de recuperação.
Contrastes. Enquanto os cariocas destroem o melhor autódromo da América Latina, os paranaenses gastaram três milhões de reais para modernizar o circuito de Cascavel. E o melhor de tud o povo lotou as dependências do novo autódromo, com boa área de camping e o tradicional churrasco da moçada do Sul.
Felicidades a todos.
Baleia.v@uol.com.br
