Essa época do carnaval me permite esquecer que existe uma vida diferente daquela que levo durante o ano, sendo assim tentarei estar longe de telefone, celular, facebook, e-mail e por falar em e-mail, longe do meu maior companheiro dos últimos tempos: o computador.
Não tenho raiva do aparato, mais de uns tempos para cá senti que é difícil viver sem ele. Para falar a verdade morro de medo de um dia em vez de levar um jornal para o banheiro de manhã (para ler), ser obrigado a levar um Notebook ou IPad.
Não tenho medo de novidades, pelo contrário, mas tem umas coisinhas que acho que deveriam ser preservadas e dentre elas, acho que o jornal impresso seria uma que não deveria desaparecer.
Mas voltando ao assunto principal, como vou estar longe de toda tecnologia e sem ter como enviar uma nova matéria, essa semana vou reeditar uma coluna que foi publicada no Jornal da Manhã em 2005. Espero que gostem!
Todos no universo da F1, no início e durante a temporada de 2005, achavam que a equipe Red Bull era forte somente no marketing. Ou estaria mais interessada em ser diferente, do que ser eficiente. Pois eles haviam transformado o paddock num ambiente mais agradável. Pelo menos na área de seu Motor-Home. Que ficou célebre como o melhor e mais divertido lugar dos boxes de qualquer circuito do mundo.
METIDOS. No meio da F1, todos que trabalham ou vivem dentro deste mundinho, odeiam o ambiente hermético, falso e cheio de gente metida, que se acham donos da razão, e alguns até do mundo, porque possuem uma conta bancária recheada de (muitos e muitos) dólares ou euros. A equipe do touro vermelho, a Red Bull, teve como grande mérito, relaxar este ambiente carregado.
DIREITOS IGUAIS. Pois convidava cada integrante do circo, do ajudante de mecânico mais novato ao heptacampeão mundial, a se divertir um pouco, a rir um pouco de si mesmos e também da própria categoria no belíssimo espaço que ela criou dentro do paddock.
MENTALIDADE. A equipe conquistou 34 pontos nas 19 etapas disputadas. Nenhum pódio e um discreto sétimo lugar entre as equipes. Mas ainda assim foi eleita como o melhor fato do ano de 2005, por grande parte dos jornalistas especializados. Logicamente que não foi pelo desempenho que tiveram nas pistas, (mesmo que este tenha ficado bem acima do esperado), mas pela maneira de encarar e interagir com o ambiente do paddock. Enfim, a maneira da Red Bull fazer F1 mudou a cabeça da Fórmula 1.
2005. No final da temporada de 2005, a Red Bull comprou a Minardi e prometeu fazer dela uma equipe escola para os jovens talentos que eles descobrem mundo afora e especialmente nos EUA. Mercado altamente cortejado pela equipe e pelo “Verme Ecclestone”. Scoty Speed é a maior aposta deles nesse mercado. Mas ao vermos o programa da equipe para pilotos iniciantes, podemos concluir que estão jogando muito sério.
GRANDE CARTADA. A Red Bull, para espanto de muitos, é uma equipe que demonstra que veio para jogar duro mesmo. Se no marketing eles eram insuperáveis, agora mostraram as garras pra valer, pois contrataram Adrian Newman, o mago dos projetistas dos últimos anos. O chefe da equipe, Christian Horner, chegou a declarar que preferia ter Newman na equipe, que o Michael Schumacher.
NOVOS ARES. Após oito anos e meio de uma parceria de sucesso (com a McLaren), o projetista resolveu assumir novos desafios. E como não é bobo, deve ter enxergado que a equipe veio para ganhar a qualquer custo. E por falar em custo, ele deve ter levado uma boa grana para fazer essa troca. O melhor de tudo é que tem liberdade total para criar, e sem cobranças. E vai demorar muito para os resultados aparecerem.
Felicidades a todos!