A quinta etapa do campeonato de F1 (Monte Carlo), que hoje é descrito como GP de Mônaco, foi realizada domingo. Uma etapa que começou de maneira bucólica, para ser mais explícito, bem chata. Como o traçado normalmente não permite ultrapassagens, Rosberg, o pole, fez valer a sua condição. E assim administrou a prova como quis. E ainda, no início, tinha Hamilton pra comboiar sua maneira econômica de pilotar. Esse é o mal do GP de maior charme do calendário.
Mudança. Por não haver pontos de ultrapassagens, houve pilotos que apelaram para as manobras especiais. Pela lógica, atualmente o ponto onde pode ser realizada uma ultrapassagem seria o final da reta de chegada, que não é uma reta, onde pode-se usar a asa móvel. Mas há algum tempo, depois das mudanças de 1994, vimos que a freada do final do túnel era o ponto ideal.
Sutil. Dependendo do momento da corrida, existem outros pontos. E Adrian Sutil foi muito perspicaz e realizou duas ótimas ultrapassagens na Loews, a curva mais lenta do calendário. Barrichello, na transmissão, já havia anunciado que essa manobra era possível, advertindo para o fator surpresa. E Sutil realizou as duas ultrapassagens e logo pra cima de Alonso e Button. Campeões mundiais. Se bem que aquele campeonato de 2009 foi algo à parte.
Tequila. Teve quem abusou do segundo ponto, a freada do fim do túnel, e foi o Tequila Man. O piloto mexicano é atrevido e esse seu temperamento deu um tom a mais na corrida, que era bem chatinha. Mas ele exagerou na dose. Atacar uma posição é o ideal de todos os pilotos.
Tequila 2. Mas o mexicano realizou manobras insanas. Até parecia que estava correndo na GP 2. E na do Kimi vi que o finlandês simplesmente fechou a porta, como já fazia em ocasiões anteriores. O que é normal de quem está na frente. Que tem o direito de realizar a manobra de defesa uma vez. Mas o mexicano vinha muito além do que deveria naquele momento. Na verdade, ele esperava que o opositor abrisse para não bater.
Madrasta. A McLaren se faz de boa mãe, está apoiando Perez. Mesmo com Button insatisfeito. Se continuar assim poderemos ver acidentes graves. Como disse antes, F1 não é GP2. O Tequila precisa que alguém de seu meio o oriente para o caminho certo.
Gênio. O chato de tudo é que essa atitude Kamikaze do mexicano estragou a corrida do finlandês, que agora está a vinte e um pontos atrás do líder, Vettel. Quando começou a etapa, essa diferença era de quatro pontos. Kimi era só elogios para o mexicano, no rádio e em entrevistas após a etapa. O toque do mexicano furou um pneu do finlandês e após a troca vimos um Räikkönen genial que ultrapassou tudo e todos e ainda conseguiu um décimo posto. Vejam essas voltas de arrepiar no you tube. “Mônaco 2013 – raikkonen’s last 2 laps”.
Valeu o ingresso. Depois de vários anos vimos Tony Kanaan vencer em Indianápolis. A prova do automobilismo de maior importância para os norte-americanos. Tony tinha ficado no quase por quatro vezes, e em uma delas o bairrismo dos norte-americanos tirou a vitória do bom e humilde piloto baiano. Mas em 2013, com um carro de equipe média e com sua cota de patrocínios no vermelho para terminar o restante da temporada, a vitória veio.
$$$. Aparentemente dinheiro não vai ser mais problema para Kanaan. A bolsa da sua vitória foi de 4,83 milhões de reais. Normalmente, a metade vai para a equipe. A premiação total foi 12,5 milhões de reais, distribuída entre os trinta e três participantes. Essa premiação não leva em conta apenas o resultado final. Tem prêmios para posição de largada, número de voltas lideradas, melhor estreante e mais alguns itens.
Coincidência. Tony venceu em meio aos carros de ex-equipe (Andretti) que eram tidos como favoritos. O baiano defendeu esta equipe por vários anos, porém foi sumariamente demitido em 2010. Agora depois de largar do décimo segundo lugar, Tony venceu na sua décima segunda participação.
Felicidades!