REGINALDO LEITE

A segunda etapa do Mundial

Uma corrida movimentada, o que gostamos de ver. Essa segunda etapa

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 27/03/2013 às 10:42Atualizado em 19/12/2022 às 13:59
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A segunda etapa do Mundial foi competitiva e com vários pegas. Uma corrida movimentada, o que gostamos de ver. Essa segunda etapa também mostrou que os interesses individuais das equipes ficaram mais evidentes. E, mais uma vez, podemos ver que o esporte nessa categoria é relegado ao segundo plano. E assim ficou explícito que os interesses corporativos são os de maior importância. E aí perguntamos: e o esporte?

Esquecendo. Deixando de lado a realidade, vimos uma largada com pista molhada e pneus intermediários, mudando tudo o que as equipes tinham planejado. E assim vimos uma boa corrida. Vettel largou bem e manteve a ponta; Alonso também se saiu bem, mas caiu na armadilha do alemãozinho e danificou sua asa dianteira. Webber e Button também fizeram boas largadas. Felipe Massa largou mal e ainda teve de tirar  o pé para não tocar no patrão e assim perdeu posições para as Mercedes.

Com Alonso fora e Massa mais atrás, as Flechas de Prata se destacaram na etapa. Deus me perdoe por esse comentário, mas se Alonso estivesse na disputa o pódio seria outro. Nosso Massa fez uma corrida fraca. Já a corrida de Hulkenberg foi admirável. Button também fazia uma ótima corrida pelo carro que tem, mas um pit malfeito minou suas chances. A McLaren vive uma situação parecida com a da Ferrari de 2012. 

Por outro lado. Será que Lewis Hamilton mudou na hora certa?  Apesar da ótima evolução da Mercedes considero que os carros de Wolking podem terminar 2013 bem competitivos. E talvez até na frente dos carros da estrela. Esse é um comentário sem lógica depois dos resultados das duas primeiras etapas, mesmo com a Mercedes desenvolvendo suspensão ativa hidráulica e um sistema de spool da asa traseira. 

Detalhe. De todas as coisas estranhas desse GP malaio, a mais intrigante foi o fato de Webber, após a primeira troca, sair com pneus duros e realizar apenas  doze voltas. Enquanto Vettel  com macio, para a etapa, realizou dezessete voltas. Ninguém explicou ou comentou essa manobra da equipe. O assunto do dia foi a desobediência do alemão. A Red Bull já vinha protegendo Vettel, depois que  erraram na primeira troca na quinta volta. Pelo jeito, não é só Massa que corre contra vinte e dois adversários, Webber e Rosberg estão na mesma condição. E o esporte?  

Kimi. O destaque do GP da Austrália não se saiu bem na Malásia. Começou o domingo com uma punição de três posições. Na corrida saiu da pista em duas oportunidades. Kimi travou uma longa disputa com Hulkenberg  e outra boa briga com Perez. Esses dois duelos o atrasaram. Kimi terminou a etapa em sétimo, uma posição atrás de seu companheiro de equipe. Esse não foi um bom fim de semana para o piloto finlandês.  

Diferente. Um detalhe à parte, as duas Lótus, apesar do resultado mediano, fizeram três paradas. Enquanto a turma da frente fez quatro. Traduzind mesmo num dia ruim eles conseguem economizar os pneus. E em condições normais, certamente vão brigar pela ponta novamente. Esse é o campeonato que vai premiar quem melhor conseguir economizar a borracha  da Pirelli.

O melhor do dia. O fato mais curioso e engraçado do ano foi a parada equivocada de Lewis Hamilton. Não teve como não rir da manobra do inglesinho. Ele é o piloto mais rápido da F1 atual. Muito braço e pouca cabeça. Pilota muito e assim economiza pouco seu equipamento, que é o que está na moda agora, economizar pneus. Por outro lado, o inglesinho mostrou que é um piloto de opinião. E declarou que o terceiro posto era o lugar de seu companheiro de equipe. Pois este fez uma corrida mais inteligente e merecia o pódio. E isso só não aconteceu porque a velha e insossa raposa, que responde pelo nome de Ross Brawn, não deixou.

Fúnebre. A comemoração do pódio foi estranha. Estava mais para velório do que para comemoração. Os três: Webber, Vettel e Hamilton não expressavam qualquer alegria. Todos com semblante carregado. A F1 de hoje está bem estranha. Como pode um piloto sentir-se mal por ter conquistado uma vitória. Só porque desobedeceu a uma ordem da equipe... Vitória se ganha na pista e não no rádio do chefe. Esse negócio de jogo de equipe é um câncer no automobilismo.  Essa categoria está a cada dia mais distante do esporte, e o que manda mesmo é o interesse das equipes. Vettel fez bem em não obedecer e o Rosberg fez mal em acatar a ordem de manter-se atrás do Hamilton. A escola de Barrichello tem feito novos alunos.

Felicidades!

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