ANJOS
O cirquinho da F1 está de férias. E assim ficamos sem notícias reais da categoria. Por outro lado, não faltam boatos intrigantes. Para não entrar no ritmo de quem não tem fatos verdadeiros para comentar vamos falar do passado. Comentando uma situação real sem esse lance de inventar situações para justificar o salário.
Assunto. E o assunto será sobre Sir Verme Ecclestone. Ele surgiu na categoria nos idos da década de sessenta. Sem dinheiro, era um dono de equipe que alugava carros de temporadas anteriores para competir. Me lembro só da Politoys. Verme sofreu muito em seu início na categoria. Porém, foi o único que soube aproveitar as intempéries entre os automóveis, clube e federações do passado. Ninguém falava a mesma língua.
Olhos de águia. E o Verme soube tirar proveito dessa desunião ou falta de comunicação. Começou fundando a associação dos construtores. Mas a grande tacada foi a venda dos direitos televisivos, novidade na época, e a partir disso montou um império. O negócio era tão lucrativo que abriu mão de ser dono de uma equipe campeã, depois do segundo título de Piquet, em 1993, pois já tinha em mãos um negócio bem mais lucrativo e sem ter que lutar com as equipes mais poderosas.
Debandada. A partir daí, ele praticamente se tornou dono do espetáculo. Colocou suas peças no tabuleiro. Max Mosley foi um grande aliado, mas foi abandonado e injustiçado pelo Verme. Piquet e Gordon Murray foram muito importantes para o desenvolvimento da Brabham. Com o desinteresse de Bernie na equipe cada um seguiu seu destino. Piquet foi tricampeão pela Williams e Murray construiu carros vencedores na McLaren, entre eles o Mp4/4, campeão de 1988, que levou o título de quinze das dezesseis etapas daquele ano.
Fiel. Mas o Verme não abandonou duas peças chaves que atuavam nos boxes da velha equipe Brabham: Charlie Whitinig e Herbie Blash, importantes para Ecclestone no comando do mundo da F1. Estão juntos com Verme desde os anos setenta e são os anjos da guarda dos interesses do antigo patrão.
Respeito. Como a convivência do trio é longa, a dupla (Charlie e Blash) opera com sucesso e sabe como dar atenção aos detalhes e trabalhar sob pressão. Eles usam a lógica e a disciplina para que tenham resultados em um verdadeiro trabalho de equipe. Charlie e Blash contam com o respeito de Bernie e estão cientes de que são capazes das missões que o Verme não pode realizar e vice-versa.
Eles sabem exatamente o que se espera deles.Raposas. A experiência como empregados de equipe, que sempre estavam achando um jeitinho de ganhar alguns centésimos no tempo do carro - mesmo que para isso passassem por cima de alguma regra ou fazendo uma guerra psicológica no rádio quando um de seus pilotos cometiam algum acidente - os ajuda muito quando alguma equipe ou piloto cometem erros e tentam disfarçar. Eles vivem apagando fogo na tentativa de diminuir os estragos.
Quem diria. Sir Bernie Ecclestone tem lá seu lado bom e não se esqueceu dos velhos companheiros de batalha na antiga equipe Brabham. Ele os colocou em postos chave no universo das corridas. São eles: Bruce McIntosh, na GP2; Nigel de Strayter, na TV da F1, e Alan Woollard na logística da categoria máxima.
2 R. Nesse final de semana tem Moto GP. E o Tradicional GP de Brno. A categoria correu semana passada no centenário autódromo de Indianápolis. E Marc Márquez mais uma vez não deixou a vitória escapar. Mostrando que o mix, chassi de 2014 e motor de 2015, realmente funcionam e o colocou novamente na disputa pela taça. Lorenzo foi segundo e Rossi terceiro. A vantagem de Rossi caiu para nove pontos.
SÁBADO - 15/8 - Treino livre - 8h40
SÁBADO - 15/8 - Classificação -
9h20 - Comprimento 5.403Km
DOMINGO - 16/08 - Treino -
4h40 - Número de voltas: 22
DOMINGO - 16/08 - Corrida - 8h
Distância percorrida - 118.8Km
