REGINALDO LEITE

Arrasadora performance da Lotus

Como explicar que o piloto que saiu do décimo segundo lugar chegou em segundo...

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 25/04/2012 às 11:34Atualizado em 19/12/2022 às 20:01
Compartilhar

A quarta etapa da F-1 foi demais. Mais uma vez a dona zebra se fez presente. Foram quatro corridas e quatro vencedores diferentes, com quatro equipes distintas. Faz tempo que isso não acontece. Para sabermos, teríamos que recorrer aos fanáticos por estatística, o que não é o nosso caso. Mas a verdade é que os torcedores têm dado sorte, pela diversidade. Fora a zebra histórica da Malásia, onde os dois primeiros eram cartas fora do baralho, acredito que quem mais se deu mal até aqui foram McLaren e Mercedes, que eram os melhores nas três primeiras e, por fatos alheios à velocidade pura, venceram apenas uma etapa dessas três.

Mesmo depois de liderar os dois últimos treinos, no Bahrein, todos esperavam uma Mercedes na ponta ou perto dela e a McLaren também. Mas o que vimos foi Vettel dominar, como em 2011. Pole, vitória e a melhor volta da prova. Vettel só tinha ido bem na Austrália. Depois disso, Webber o havia superado todas as vezes, mas o que vimos no Bahrein foi o alemãozinho de antes, dominando de forma arrasadora. Já seu companheiro de equipe fez o que tem feito em 2012 – mais um quarto posto. São quatro neste ano. Deve ser recorde.

Surpresa boa. Arrasadora mesmo foi a performance da Lotus. Como explicar que o piloto que saiu do décimo segundo lugar chegou em  segundo e ainda ameaçou tomar ponta do pole e só não o fez por falta de um pouco mais de ousadia. E tudo isso sem aquelas adversidades da natureza ou de algum Safety Car. Foi no braço mesmo e no bom desempenho do carro na boa e seletiva pista barenita. Grosjean, enfim, fez bonito, sem depender de estratégias.  Assim a dupla da Lotus foi ao pódio, coisa que não acontecia desde mil novecentos e bolinha (1979). Olha a bobeira da estatística novamente.

Decepção. A equipe que tinha o melhor carro de 2012 até aqui decepcionou no Bahrein. Os ingleses de Working falharam feio. Hamilton fez o segundo posto na qualificação, mas na corrida não teve vida fácil e sua equipe, como fez com Button na China, acabou com suas chances no Bahrein. Até parece que a Ferrari trocou seus mecânicos do ano passado com os da McLaren, pois os italianos têm trabalhado bem e os ingleses desaprenderam. Button seria o vencedor da China se sua equipe não falhasse, mas Hamilton não tinha chances de vitória no Bahrein, pois Vettel e as Lotus estavam bem acima dos demais.

Decepção II. Os carros da Sauber também não conseguiram realizar o desempenho das etapas anteriores. E a Toro Rosso, apesar da boa posição do Ricciardo na qualificação (6º), não fez nada na corrida e ainda chegou atrás do companheiro Vergne, que largou bem no fundão (19º). A turma da estrela vencedora da China esperava mais no Bahrein e, como disse antes, Rosberg, que largou em quinto e esperava lutar pela ponta, não foi além da mesma posição em que largou, e muito mal, o que o atrapalhou muito. Já o companheiro do alemão mor largou do fundão e chegou ao décimo lugar. Ele falhou feio no Q1.

Realidade. A equipe do Bruno Senna (Williams) teve um desempenho ao estilo de 2011, ou seja, não fizeram nada. Tanto nosso representante quanto o companheiro Pastor Maldonado, também chamado por alguns de Maldanado, abandonaram. Enquanto estiveram na prova, penaram para conter os adversários. Mas não resta dúvida que o carro de 2012 é muito melhor que o do ano passado. E vai se dar bem em algumas pistas.

Massa. Pela primeira vez no ano, o nosso representante chegou aos pontos. Ele sempre se deu bem no Bahrein. Também vimos que quem manda na equipe italiana é o espanhol. Naquela hora que Massa estava mais rápido e com pneus macios atrás do companheiro e não deixaram o Felipe passar, ficou tudo bem claro. E para piorar, na segunda-feira, 23, o Dominicalle declarou que o brasileiro não tem nada que competir com o Alonso, e sim aprender com ele. Depois dessa, acho que ninguém mais vai esquecer que Felipe é realmente o segundo piloto da equipe.

Médias. A melhor média da prova foi de Vettel, com 1:39.190, com o Kimi colado nele, 0.013 atrás. Grosjean também obteve ótima média, 1:39.286. O sexto colocado na prova, Paul Di Resta, conseguiu apenas a décima terceira média, 1:40.563. O piloto se valeu da tática de apenas duas paradas, e não da velocidade, para chegar à zona de pontuação.

Felicidades a todos!

Assuntos Relacionados
Compartilhar

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por