REGINALDO LEITE

Bastante chato, esse assunto

É nojento ter que tocar nesse assunto de novo. A F1 que vimos na Malásia é um esporte

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 03/04/2013 às 08:35Atualizado em 19/12/2022 às 13:52
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O último Grande Prêmio da F1, o GP da Malásia, foi um marco no quesito ordens de equipe. A comemoração no pódio mostrou três pilotos com sorrisos amarelos. Os três embarcaram num festejo sem graça e sem estilo. É isso que dá quando a turma que está no pit wall resolve comandar o espetáculo.

   Chato. É nojento ter que tocar nesse assunto de novo. A F1 que vimos na Malásia é um esporte que deixou de ser esporte. Onde já se viu a competição ser tratada como apenas um acessório do conjunto da obra. O que acontece na pista é totalmente orquestrado por aqueles senhores que ficam diante de vários monitores e computadores, e comandando o rádio. Esses sacanas pensam apenas nas finanças e deixam a competição de lado.

   Duas moedas. Na equipe do energético, a ordem da equipe aconteceu no final, que era para não atacar Webber. Porém, todos sabem que Vettel manda na equipe. Se fosse na Ferrari aconteceria igual. Mesmo com uma ordem de equipe, Alonso ultrapassaria Massa. Analisando friamente, acho que esse tipo de ordem nunca aconteceria na equipe macarrônica. Mesmo Alonso estando em último, eles torcem apenas por ele até a última gota ou, quer dizer, hora, minuto segundo ou volta. Vettel teve a coragem de atacar Webber porque sabe de seus poderes dentro da equipe. Afinal, ele é tricampeão e soube construir uma carreira mais honesta que a do companheiro. Webber é comandado por Briatore, que nunca foi uma referência honesta no grid. Sendo assim, ele se atreveu. E apenas pediu desculpas depois, para não ficar mal na fita.

    A real.  E aí é que vislumbramos a vergonha do momento atual. Quando poderíamos pensar que um piloto iria se desculpar por lutar por uma vitória? Isso é totalmente ilógico e imoral para o mundo do esporte ou da verdadeira competição. Mas aquelas maletas que ficam nos muros dos boxes, apertando os botões do rádio, acham que é assim que deve ser e, assim, vamos ver que quem gosta e acompanha a categoria tem de se esforçar para não meter o pé na jaca.

    A outra moeda.  Na Mercedes aconteceu o contrário. Rosberg era melhor no quarto final da etapa do que Hamilton, e insistia, via rádio, com a figura falsa do Brawn. A conversa foi longa e o alemão dizia que poderia superar Hamilton. Como sempre fez Brawn, no passado, mandou Rosberg comboiar Lewis. Só que Lewis tem um bom assessor de imprensa, e então o inglesinho fez uma carinha de insatisfeito no pódio e relatou à mídia que o terceiro posto deveria ser do alemão, pois ele teria feito uma corrida mais inteligente. É vero...

Brawn é referência no quesito, pois aplica essa regra desde os tempos da Benetton. E Barrichello foi sua vítima predileta, na Ferrari e na Brawn. Porém, vimos muitas outras vítimas na Benetton. Agora nos resta torcer pelo prestígio do velho Keke para reverter essa proteção suja na equipe da estrela que é muito mais inglesa do que alemã. No entanto, na outra ponta tem Niki Lauda a favor de Lewis. Tudo em nome do marketing, melhor dizendo, das finanças. Lewis traz mais audiência do que o alemãozinho.     

    Moto. Este fim de semana a turma das duas rodas inicia a temporada 2013 no Qatar,  na pista de Losail, a única etapa noturna do campeonato. Na Moto 3, teremos um representante brasileiro, Eric Granado. Ele andou na Moto 2 em 2012.  Seus resultados foram pífios. Agora, ele desceu de categoria e pode mostrar resultados melhores. Porém, nada de top five. Se chegar entre os dez já está no lucro. O duelo mais esperado da categoria é de Cortese, campeão de 2012 e Maverick Viñales.

    Moto 2. A segunda categoria do mundial perdeu sua grande estrela para a Moto GP. Sem Marques no grid, o novo líder passa a ser Pol Espargaró. Essa categoria é muito competitiva e, certamente, pilotos como Nicolas Terol, Smith, Tomas Luth e Julian Simon vão tentar atrapalhar os planos de Espargaró de ser campeão.

    Moto GP. A grande atração deveria ser a volta de Valentino Rossi a uma equipe de ponta, no caso a Yamaha. Mas quem tem chamado a atenção mais do deveria é o estreante  Marc Marques. Acho que Marques vai ser bom mesmo é na temporada de 2014. Mas, devido ao seu ímpeto, deve vencer algumas provas ainda nesta temporada. As corridas do mundial de motos são transmitidas pelo SporTV.

Felicidades!

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