REGINALDO LEITE

Brasil está em baixa na F1

Para esta temporada de 2013 estava certo que teríamos dois pilotos, Massa e Razia...

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 27/02/2013 às 10:42Atualizado em 19/12/2022 às 14:28
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A triste e verdadeira realidade

          O Brasil está em baixa na F1. Para esta temporada de 2013 estava certo que teríamos dois pilotos, Massa e Razia. Na verdade são apenas dois tapa-buracos, pois não estariam em condições de lutar por uma vitória. É verdade também que teoricamente Massa tem condições de lutar por uma vitória, coisa que não acontece desde 2008. Mas ele está na pior equipe do mundo para um segundo piloto. Chances de vitória só quando a estrela do time estiver de fora.

       A realidade para nós torcedores e amantes desta categoria é que nossa situação é dolorida e que a culpa de tudo não começou na Europa ou com a crise que reina no Velho Mundo e sim por aqui em função de não termos apoio e eficiência nas categorias de base.

        Solitário. O próprio Felipe Massa e família tentaram realizar um projeto que em tese seria uma saída para esta deficiência, creditada aos nossos cartolas, que com seus erros e cegueira vêm aos poucos matando nosso automobilismo. Nos últimos tempos, nossos dirigentes fixaram seus olhos apenas onde tem dinheiro e não à base.

          Categoria única. Base essa que é o alicerce de tudo. Hoje eles se voltam apenas para a Stock Car onde tem patrocínios e apoio da mídia. No entanto, a categoria vive de estrelas da época boa, e a maioria são pilotos que não se deram bem na Europa ou em outras praças esportivas e voltaram pra cá com um currículo internacional. Porém, vivem perdendo para um piloto que tem suas raízes apenas na América do Sul, um tal de “Coco” Bueno e mais uns poucos exemplares nacionais. Não conseguem finalizar o ano com o título, mas colocam as estrelas internacionais no bolso. Com exceção do caso de Max Wilson, em 2010.

       

Degrau. Até no Kart ficamos deficientes alguns anos. Por sorte, ultimamente foram realizadas campanhas e ou ações para que nosso kartismo não morresse. No entanto, se o Kart se levanta, na outra ponta não temos uma categoria de monopostos para quem sai do Kart.

        Saudosas. Categorias como as finadas Fórmula V ou Super V, a saudosa F Ford, F Chevrolet e também a F Renault. O que temos no momento é apenas uma combalida F 3 Sul-Americana e que tem apenas brasileiros em carros ultrapassados e com custos que afugentam quem está apenas começando. Pilotos que têm apenas muita vontade e braço, mas pouco dinheiro para se lançar.

         Herói. O pior de tudo é que isso vem ocorrendo há tempos e não surge um salvador ou alguém para enfrentar as malas da CBA. Nelson Piquet diz aos quatro ventos que tentou, mas logo viu que seria uma missão impossível. Ele já fez muito pelo nosso automobilismo e assim precisamos de um novo herói ou gladiador para ser mais preciso. Alguém tem de fazer alguma coisa, ou logo estaremos a pé na categoria principal.

      Estrela solitária. Nossas últimas esperanças residem em alguns pilotos que se formaram na Europa. E o mais expressivo deles é Filipe Nash. Temos também outro, assessorado por Roberto Puppo Moreno, Lucas Foresti, porém este não tem o mesmo desempenho e carisma de Nash. A trajetória de Nash foi ótima até chegar à GP 2. Em seu ano de estreia conseguiu apenas um sexto na tabela do campeonato. E seu experiente companheiro de equipe foi o campeão.

      Lutadores anônimos.  Em 2012, na World Series Renault, correram Yann Cunha, Valter Negrão - este com alguns euros na mala -, também vimos Guilherme Silva e Vitor Franzoni. Você já ouviu falar deles?  Certamente, muitos não! Acho que eles podem ser considerados heróis, que depositam todas as suas esperanças e dinheiro numa temporada e depois veem que estavam no lugar errado e na hora errada. Uma temporada na World Series não custa menos que um milhão de euros. E na GP2 uma temporada não sai por menos de R$ 2,5 mi e, por isso, a categoria caminha para o abismo. É caro acompanhar o circo da F 1.

   Cabeça para baixo. Na Marussia, a situação de Luiz Razia se complicou. O motivo foi uma simples falta de pagamento por parte de um patrocinador dele. Como faltou dinheiro, Razia simplesmente não treinou semana passada em Barcelona. A Marussia foi educada e comunicou apenas que Chilton precisava de mais quilometragem e por isso andou tanto. Até a rede do Plim Plim tentou ajudar, mas sem pôr a mão no bolso o assento não pode ser ocupado. Pelo andar da carruagem, teremos apenas Felipe Massa em 2013. Espero que Razia consiga reverter esse quadro e arrume alguma empresa para pagar a conta na equipe Marussia.

Felicidades!

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