A água como rival
A categoria rainha do automobilismo vai realizar sua segunda etapa na Malásia. E, ao que tudo indica, teremos as presenças de Alonso e Bottas e também os carros da Manor-Marussia, o que aumentaria o grid da Austrália em quatro participantes, já que se apresentou magrinha e, ao mesmo tempo, demonstrando que a crise na categoria vai só sendo aumentada.
A ausência do GP da Alemanha é um bom exemplo disso. A F1 apenas não correu neste país em 1950 e 1960. E os alemães são os maiores vencedores dos últimos anos, e todos sabem que a Lotus, Force India, Sauber e Manor estão em dificuldades financeiras. Agora imagine como seria a categoria com apenas Ferrari, McLaren, Mercedes e, talvez, Williams. E, certamente, haveria mais um ou dois aventureiros que o Verme pescaria no grid.
Opinião. Acredito que o maior pecado da categoria é o funil criado para que novos talentos se infiltrem nela. Hoje, só com muito dinheiro para entrar lá. Assim, quem tem dinheiro vai. E quem tem talento, mas não tem patrocinador, fica pelo caminho.
Esse é o defeito na parte esportiva. Os que têm os problemas com o som que não agrada e os desmandos do regulamento. E a estranha e péssima mania de ignorar o mundo virtual.Taxa. Ao que tudo indica, Ecclestone vai tirar a F1 da Europa, pois as taxas que ele está cobrando dos organizadores torna a categoria proibitiva. Monza, por exemplo, paga 12 milhões de euros por GP e Verme já informou que a taxa agora vai ser 20 milhões. Assim, não tem como bancar um GP na Itália.
Os comedores de chucrutes, uma das raças mais inteligentes e não estão a fim de jogar dinheiro fora, não assinaram com o Verme. Sovina. Como os carros da Manor não sairão dos boxes na Austrália, o mandatário da categoria, Sir Verme Ecclestone, decretou que eles terão que pagar as despesas do transporte da Europa até a Austrália. É assim que essa roda gira, a equipe entrou na roda para salvar a pele do mandatário e o mesmo ainda quer punir quem entrou como seu aliado. Esse é mundo mercantilista que destrói, aos poucos, essa bela e admirada categoria.
Desgaste. A relação entre a Renault e a Red Bull vai se deteriorando dia a dia. De nada adiantou a vitoriosa parceria de quatro títulos sequentes. Foi só os franceses fracassarem em 2014 que os austríacos se tornaram seus desafetos. Porém, depois da primeira etapa de 2015, o caldo entornou e boataria se espalhou. A Red Bull passou a cobrar, publicamente, o fraco desempenho da unidade de força francesa. E, para remediar a relação, a Renault aceitou que o renomado Mario Illien seja tipo um auditor e parceiro no desenvolvimento dos motores franceses.
Ex-amigos. Os franceses foram acuados, pois sua escuderia foi a que menos introduziu atualizações em suas unidades de força (motores) para 2015. E chegou ao ponto de o diretor da Renault chamar Adrian Newey de mentiroso. E que o RB11 tem alguns defeitos de nascença no chassi e na suspensão traseira. Mas só depois do GP da Malásia é que saberemos se a troca de farpas vai continuar ou acabar, pois fim de semana de corrida é hora de trabalhar e não ficar falando isso ou aquilo. Tudo vai depender do resultado dos taurinos.
Adversário inesperado. Para a etapa da Malásia, a equipe Mercedes só terá como rival a instabilidade climática, com previsão de chuvas e trovoadas. Isso porque as equipes restantes não têm carros para disputar com as Flechas de Prata. Vamos torcer para que a chuva venha com tudo e torne a corrida uma loteria. Assim, poderíamos ter muitas emoções.
CORRIDAS NA TV NESTE FINAL DE SEMANA
Uma ótima semana!