REGINALDO LEITE

Colunista Reginaldo Leite: De volta às emoções

Apesar das notícias ruins sobre as finanças das equipes médias, a temporada (Leia mais...)

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 07/02/2015 às 10:25Atualizado em 17/12/2022 às 01:32
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 Apesar das notícias ruins sobre as finanças das equipes médias, a temporada de 2015 da F1 já começou, pelo menos para a apresentação dos carros e oficialmente no dia 15 de março. E boatos é o que não faltam. Como não poderia deixar de ser, o assunto principal é a crise. Esse lance da equipe Indiana não comparecer aos testes de Jerez tem gerado muitas versões do que realmente acontece na equipe.

Aparências. Apesar dos fatos ruins, a engrenagem do circo voltou a girar. E, aparentemente, deixando de lado a crise. Até parece que tudo voltou ao normal. Isso no mundinho das equipes de ponta. Como esses testes da pré-temporada sempre reservam surpresas, vimos Vettel e a Ferrari como as grandes vedetes, pois o alemão e o carro italiano foram os mais rápidos nos dois primeiros dias. Kimi também foi bem.

Realidade. Enquanto a equipe vermelha fez o melhor tempo nos dois primeiros dias, quem aparece como a dona festa são as flechas de prata, que deram um show no quesito resistência. Rosberg conseguiu realizar a distância de três GPs. Neste curto período sem apresentar falha mecânica.

É amigos, não se iludam, as Mercedes vão continuar mandando no espetáculo. Salve algumas exceções, quando os alemães errarem ou sofrerem alguma pane, caso contrário, eles serão os donos do pedaço. Nesses pequenos percalços, a Red Bull espera vencer alguma etapa. E assim também sonha a Williams. Porém, essa dos italianos andarem bem todos os dias é uma grata surpresa. Tomara que não seja mais um blefe.

Mais do mesmo. Como sempre, desde que os testes pré-temporada foram instituídos, vemos algumas discrepâncias. Como um carro ineficiente na temporada passada melhorou tanto e no caso do piloto a história se repete. Vettel não se achou com o carro híbrido e com menos arrasto aerodinâmico. De uma hora pra outra os dois se acharam. Isso é raríssimo nesta categoria. Como disse antes, espero que não seja apenas um blefe. Tomara.

Dificuldade. Um parâmetro neste quesito foi o desempenho da McLaren. O carro se arrastou nos dois primeiros testes. É certo que a Honda está em sua primeira temporada e possui poucos parâmetros para se espelhar. Mas são capazes e vão mostrar resultados. No terceiro dia, a equipe conseguiu completar 30 voltas. E no quarto dia, 37.

Massa. Nosso representante andou no terceiro dia e completou 70 voltas. Pouco, se comparado a Mercedes e Sauber. O carro não apresentou falhas e as poucas voltas foram devido aos acertos que a equipe e o piloto resolveram acrescentar ao carro.

Real. Enquanto vemos os italianos sendo muito rápidos e a Sauber bem, devemos lembrar que a esses testes não priorizam a velocidade pura e, sim, a confiabilidade. Aí a Mercedes não perde pra ninguém, andaram 2.271 km/s, e em segundo vem a surpreendente Sauber, com 1.691. Também surpreende a Torro Rosso com 1.563km/s, bem à frente da equipe principal Red Bull, que fez apenas 735. Os vermelhos andaram menos que a Sauber, sua filial, (1.532). A Williams conseguiu apenas 1.230 km/s. É bem estranho esse comportamento dos carros brancos. A Lotus, agora com motor Mercedes, fez 841 km/s.

Derradeiro. A quarta-feira foi o último dia da primeira etapa de testes de 2015. E, espantosamente, a Ferrari foi a melhor em termos de velocidade, com Kimi Räikkönen, que fez o melhor tempo dos testes, marcando 1m20s841. Foi muito melhor que a Sauber de Marcus Ericsson, com 1m22s019. Enquanto Hamilton conseguiu apenas 1m22s172. É muito esquisito uma Ferrari e uma Sauber conseguirem colocar mais de dois segundos em cima da Mercedes de Hamilton.

Verdadeiro. Nunca uma equipe, na era atual, por meios normais, conseguiu ser tão superior aos rivais no curto intervalo das férias. Do outro lado da realidade, vimos a McLaren-Honda penando para conseguir quilometragem. Conseguiram apenas 79 voltas.

E no quesito tempo, Button, que pilotou no último dia, conseguiu apenas 1m27s660, ou seja, algo em torno de sete segundos atrás do pseudolíder e cinco atrás do tempo que seria algo próximo da realidade. A Red Bull que foi destaque com seu visual temporário, também não se mostrou bem em Jerez. E a última do dia foi a volta da Marussia, demonstrando que o Verme não fica de touca. Ele sempre acha um laranja para se livrar. Uma boa semana!!!

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