Domingo passado aconteceu a trigésima quinta largada do maior Rali do mundo. O percurso deste ano abandonou o Peru e incluiu a Bolívia. Os competidores largaram na Argentina, passam por algumas cidades bolivianas e terminam no Chile.
A caravana partiu de Rosário, terra do Papa e de Messi, e percorrerá 9.374 quilômetros com muitos cenários maravilhosos, exóticos e até turísticos, como o Vulcão Aconcágua, o Salar do Uyuni e o Deserto do Atacama. A paisagem compensa as dificuldades.
Esse é o lema da competição, desafios diversos, muita velocidade para terminar em uma boa posição, temperaturas extremas, armadilhas da natureza. E muita força de vontade aliada a uma ótima condição física e psicológica.
Estrelas. Na categoria dos carros, os favoritos são os da Mini. Entre os pilotos, os destaques sã Stephanie Peterhansel, atual campeão e também o piloto com maior número de vitórias no raid. Foram cinco trunfos nas quatro rodas e seis nas duas rodas. Nani Roma e Nasser Al-Attiyah, que também correm com o mesmo equipamento, são rivais diretos de Peterhansel. E nunca podemos nos esquecer de Giniel de Villiers, que mesmo correndo com um equipamento inferior é uma grande ameaça aos Minis. Robby Gordon é sempre uma atração, porém nunca dá sorte nessa competição.
Duelo. O duelo mais esperado nessa edição é o de Cyril Despres e Marc Coma nas duas rodas. Esses dois juntos já venceram oito vezes. A moto favorita é a KTM. Despres corre de Yamaha e isso a torna candidata à vitória. Porém, a Honda resolveu investir de novo no Dakar e pode dar aperto na turma da KTM e da Despres. Os pilotos Joan Barreda, Javier Pizzolito e Sam Sunderland fazem parte da equipe oficial Honda, HRC.
Brutos. Na categoria dos pesados, a briga deve ficar entre os russos. Campeão em 2013, Eduard Nikolaev lidera o time Kamaz com Andrey Karginov e Ayrat Mardeev como escudeiros. A principal ameaça está nos Ivecos, pilotados pelos holandeses Gerard De Rooy e Hans Stacey, e nos caminhões Tatra, os tchecos Martin Kolomy e Ales Loprais. Os alemães da MAN, marca que é dona dos caminhões VW no Brasil, terá Peter Versluis e Marcel Van Vliet.
Quadri. A categoria quadriciclo é composta quase de sul-americanos. 60% dos inscritos são pilotos do nosso continente. E desde 2010 os vencedores são nativos e da mesma família. Marcos Patronelli é o favorito, bicampeão (2010 e 2013), O irmão Alejandro Patronelli venceu em 2011 e 2012.
Brazucas. Seis brasileiros participam do Rali Dakar deste ano. Teremos duas duplas nos carros, que com Mitsubishi ASX, que de ASX só tem o nome e aparência. Os pilotos Guilherme Spinelli/Youssef Haddad e Reinaldo Varela/Gustavo Gugelmin defendem a equipe Mitsubishi Petrobras. Nas duas rodas, o quase veterano Jean Azevedo, irmão de André Azevedo, um dos pioneiros entre os brasileiros na Dakar, e Dário Julio. Os dois correram com motos da Honda.
Essa programação é das motos que têm o percurso menor.
Felicidades.