REGINALDO LEITE

De volta ao Velho Mundo

Depois de quatro etapas no Oriente, o cirquinho do “Verme” volta para casa

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 08/05/2013 às 09:53Atualizado em 19/12/2022 às 13:11
Compartilhar

Depois de quatro etapas no Oriente, o cirquinho do “Verme” volta para casa. Domingo, em Barcelona, as equipes estarão quase em casa. E aí começa uma nova fase. Estando perto de suas sedes, as equipes podem desenvolver novas peças e testar algo ainda não produzido para o dia a dia e, ao ver resultados positivos, essa novidade poderá estar na pista no dia seguinte. Tudo graças à transmissão de dados instantânea, ou seja, a internet.

Realidade. Com o fim dos testes particulares, os simuladores passaram por um grande desenvolvimento, chegando a um patamar bem próximo da realidade. Mas nada se compara com o carro na pista sendo usado por pilotos diferentes e com situações climáticas alternadas, onde o consumo de pneus se mostra relativo a essas variantes de pilotagem e temperatura. Sendo assim, o melhor laboratório ainda é o carro na pista.

 

Pela culatra.  O fim dos testes particulares era uma boa ideia em relação à redução de custos. Quem tinha um grande orçamento fazia testes sempre que possível e quem não tinha ficava chupando dedo. Max Mosley defendeu e implantou o fim dos testes particulares, para deixar o nível de equipes grandes e médias um pouco mais próximo. Mas, como o rio corre para o mar, os endinheirados passaram a gastar o excedente em aprimoramentos de túneis de vento e simuladores. Na verdade, não adianta torcer contra o poder no esporte a motor.  Quem tem muito e sabe usar esse muito sempre sai na frente.

 

Diversidade. No fim de semana passado, vimos acontecer várias corridas importantes. A Fórmula Indy realizou sua etapa brasileira em São Paulo, no circuito de rua montado no sambódromo. A moto GP realizou sua terceira etapa em Jerez.  A DTM fez seu début em 2013 e a Nascar correu em Talladega, um dos circuitos mais desafiantes do calendário.

 

De novo.  Na SP 300 de 2013 novamente não vimos a vitória de um brasileiro. O que não é novidade no automobilismo nacional de uns tempos para cá. O chato é que na Indy temos mais chances de ver uma vitória do que na F1. Temos Helinho numa equipe de ponta e Kanaan sempre com boas chances, apesar de correr numa equipe do meio. Tínhamos também Bia Figueiredo. Esta, sem chances de lutar pela ponta.  Em todas as edições anteriores o vencedor foi Will Power da Penske. Porém, desta feita ele foi prejudicado na classificação, assim como Helinho. O final da corrida foi eletrizante e a vitória ficou com James Hinchcliffe.

 

Novato na ponta. O mundial de motos de 2013, após três etapas, é liderado por Marc Márquez; o novato da Honda. Nessa etapa, a vitória ficou com Pedroza, que salvou seu emprego por enquanto. Numa pista em que as Yamahas eram favoritas, a Honda fez uma dobradinha. Mas o segundo posto de Márquez, na raça, mostra que esse campeonato pode ser o melhor em muitos anos.  Isso se Márquez não se quebrar no meio do certame.

 

Consequências.  Por outro lado, algumas coisas chamam a atenção. Valentino Rossi, o piloto de maior torcida de todos os tempos, não tem conseguido acompanhar o ritmo dos ponteiros. Ao contrário de antes, ele tem largado bem e corrido mal. Lorenzo não engoliu a manobra suja de Márquez e já é um inimigo declarado do novato que, numa tacada só, tomou o segundo posto da etapa e a ponta do campeonato.

 

Cinematográfico. Duas grandes cenas marcaram o fim de semana. A primeira foi o acidente de Kurt Busch no desafiador oval de Talladega. A segunda, e melhor de tudo, foi ver uma cantora alemã cantando o hino brasileiro ao vivo e sem colinha na comemoração da vitória de Augusto Farfus Jr (ninho), no melhor campeonato de turismo do mundo do DTM. Farfus é piloto oficial da BMW e foi considerado o melhor novato do DTM no ano passado, ano da estreia da equipe e do piloto no acirrado campeonato. Se na F1 não temos uma vitória desde 2009, no DTM temos um candidato ao título da categoria, assim como na GP 2 temos uma chance com Felipe Nash. 

A pista de Barcelona está localizada ao norte da cidade, em Montmeló e foi construída em 1991. Possui 4.655 metros de extensão e a corrida terá 66 voltas, perfazendo um total de um pouco mais de 307 km/s. Esta é, talvez, a pista mais familiar dos pilotos e equipes da F1. A Ferrari é a que possui maior número de vitórias nesta pista, sete. Seguida da Williams com 5. Além da F1, nesse fim de semana também correm na pista espanhola: GP 2, GP 3 e a Porsche Cup.

Programação do GP da Espanha

1º Treino - sexta-feira - 5h – Sportv

2º Treino - sexta-feira - 9h -  Sportv

3º Treino - sábado - 6h  - Sportv

Classificação – sábado – 9h – Globo

Corrida - domingo  -   9h -  Globo e Rádio JM 730 kHz

 

Felicidades!

Assuntos Relacionados
Compartilhar

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por