REGINALDO LEITE

Domínio da Mercedes deixa etapa canadense sem graça, mais parecendo uma procissão e não uma corrida

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Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 13/06/2015 às 08:34Atualizado em 16/12/2022 às 23:44
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#7 - GP DO CANADÁ

A Mercedes conseguiu transformar a etapa canadense numa corrida sem graça. Esta fase sempre foi marcada por resultados surpreendentes, gostosa de assistir. Mas não foi o que aconteceu na disputa pela ponta. Lewis, que corre com o numeral 44, fez a quadragésima quarta pole de sua carreira.

O domínio dos alemães se mostrou arrasador e  o que vimos foi uma procissão e não uma corrida, isso na disputa pela ponta. Porém, na outra F1, que não é o mundo prateado, houve boas disputas.

As posições de Vettel e Massa no grid nos proporcionaram certa emoção. Os dois tinham carros rápidos e, porque não se deram bem na classificação, por questões distintas, largaram no fundão. Massa em décimo quinto e Vettel, em décimo oitavo.

E essa questão foi o que  fez com que desse para assistir esta edição de 2015 de um GP que, normalmente, é muito disputado. Tanto que a equipe alemã, que venceu quase tudo em 2014, não tinha uma vitória neste traçado tão peculiar.

Decepção. Como Vettel sofreu punição e largou lá do fundão, sobrou para o Ice Man a tarefa de incomodar os carros da  Mercedes. No primeiro embate, ele até que foi bem, se classificou em terceiro. Porém, na corrida, ele errou no grampo e foi obrigado a trocar seus pneus novamente. A partir daí não conseguiu superar Bottas e terminou com o quarto posto. E Vettel, que largou da penúltima fila, conseguiu o quinto posto, e se tornou o bambambã dos italianos. Vettel errou feio com Hulkenberg e não foi punido, e ninguém comentou sobre isso. O assunto que dominou no boxe italiano foi a rodada do finlandês.

Estranho. Os italianos foram para o Canadá com uma nova versão de motor ou unidade de força, e todos esperavam uma boa apresentação dos carros vermelhos. E isso não aconteceu não sei se pelas peculiaridades da pista canadense ou não conseguiram um bom balanço para o carro. Até os dirigentes alemães estranharam a performance do SF 15 T.

Lá de trás. Felipe Massa se deu mal no sábado, mas lavou a alma no domingo. Fez uma bela corrida e também a melhor ultrapassagem do ano. Naquele momento em que estava ao lado da Sauber e seu carro deu uma desgarrada, imediatamente corrigida por ele, tudo isso no meio da curva e lado a lado, foi demais. Pena que depois de tanto trabalho, nove ultrapassagens, não conseguiu ir além da sexta posição. E ainda chegou atrás do Vettel que havia largado atrás dele. Com Vettel, os italianos foram sábios. Quando estava preso no tráfego, fizeram com que parasse, trocasse os pneus e saísse com a pista limpa.

O outro. Nasr, o outro Felipe do grid, viveu um fim de semana para ser apagado. Foi mal nos treinos. Bateu no TL 3 e se classificou atrás de seu companheiro de equipe. Sua corrida foi cheia de tropeços e não conseguiu extrair nada de seu carro. Largou em décimo quinto e chegou em décimo sexto. Com duas voltas de atraso em relação aos líderes.

Inverteu. As Lotus, como era de se esperar, foram bem na classificação com Grosjean sempre à frente de Maldonado, que terminou a corrida nos pontos, em sétimo, e não quebrou ou bateu com ninguém. Mas sobrou para Grosjean dar uma de Maldonado. Bateu na Manor/Marussia de Will Stevens e foi punido. Mesmo assim, ainda conseguiu marcar um pontinho para a equipe.

Mugido. Os carros da equipe do Touro não foram bem nesta pista. Ricciardo fez uma péssima apresentação e coube a Kvyat salvar as honras da casa com suado nono posto. E assim ficou claro, mais uma vez, que o que falta à RB11 é potência. E pensar que em Mônaco eles fizeram um quarto e quinto lugares. Sem um bom propulsor, no Canadá não tem jeito.

Um caso à parte. Kimi é um ser diferente dos demais no paddock. Ele é ele, e não está muito preocupado com o que os demais habitantes do planeta F1 pensam dele. Ele não é muito de cumprir os compromissos extrapista que todos os pilotos são obrigados a exercer. Também foi o primeiro piloto a contestar seu engenheiro no rádio. Pena que no passado a gente não tinha o áudio do rádio, pois o pessoal da McLaren e da Ferrari nos anos 2000 deve ter levado muitas broncas do finlandês. Também não é chegado a dar entrevistas e detesta perguntas pessoais.

Uma ótima semana!

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