REGINALDO LEITE

Domínio das RB8 foi evidente

No início do ano, as McLaren estavam um pouquinho à frente da concorrência, porém...

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 17/10/2012 às 09:47Atualizado em 19/12/2022 às 16:50
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Vimos mais uma corrida onde o domínio das RB8 foi evidente. Esse campeonato de 2012 é uma caixinha de surpresas. No início do ano, as McLaren estavam um pouquinho à frente da concorrência, porém, perderam vitórias na estratégia ou nas intempéries climáticas, e ou apenas em erros de projeção de corrida em algumas etapas. Vimos, ainda, dois pilotos sem equipamento chegarem ao pódio da etapa da Malásia, como, também, uma fraca reação da Red Bull no Bahrein e em Mônaco. E, inclusive, mais a vitória extralógica e acima do ponderável de Maldonado na Espanha.

Falhas. Foi visto também uma equipe vencer sem ter carro com capacidade para isso. No caso, a Mercedes na China. No entanto, depois da etapa  de Hungaroring vimos que os carros de Woking eram os mais rápidos. Em Cingapura, a McLaren liderava com superioridade, com Hamilton, mas sua corrida acabou após uma pane hidráulica  e Vettel herdou a liderança e aí tomou gosto pela vitória. E venceu os GPs seguintes: Japão e Coreia.  Ele somou 75 pontos em apenas três etapas. Agora lidera a tabela.

Mais uma. Se em Cingapura o carro da vez era a McLaren e quem venceu foi uma RB8, os fatos se entrelaçam, pois, foi  justamente nesta etapa que Andrew Newey  lançou mais uma de suas novidades que mudaram os rumos da competição. O gênio desta feita só apresentou sua arma fulminante na parte  final do campeonato.

Na hora certa. Sendo assim faz com que a concorrência não tenha muito  tempo de copiar sua  mais nova ideia mirabolante, que não é tão mirabolante assim, pois ele copiou uma já existente e apenas a aprimorou. Pelo jeito, desta feita, ele enxergou por detrás da montanha duas vezes. Os concorrentes terão muito pouco tempo para tentar imitar e desenvolver a tacada de Newey, que foi uma ideia da Mercedes e que a Lotus também tenta desenvolver.

A corrida. Essa etapa foi um tanto monótona, já que Vettel liderou de bandeirada a bandeirada. O pole Webber caiu para o segundo posto e nunca foi ameaçado nesta posição. Alonso completou o pódio com seu terceiro. Fernando ultrapassou Hamilton na largada e, em momento algum, teve ritmo para disputar com Webber. Massa fez o quarto posto e uma ótima corrida. Pena que os italianos trabalham apenas para o espanhol. Pelo ritmo de Massa, ele poderia atacar Webber e no final fazer uma pizza com Alonso. Kimi ficou em quinto.

Disputas. Se no pelotão dianteiro a corrida foi morna, no intermediário vimos várias disputas. Devido ao acidente de Kobayashi e Button, o DRS só foi liberado na nona volta e isso atrasou algumas disputas. A dupla da Toro Rosso estava rápida e protagonizou belas ultrapassagens. Vimos um Grosjean calmo nesta etapa. Hulkenberg foi o autor da manobra do dia ao ultrapassar dois de uma só vez. Hamilton, Grosjean e Perez também nos proporcionaram belas disputas. Kimi foi surpreendido pelo arrojo de Hamilton. O finlandês tinha acabado de ultrapassá-lo e na curva seguinte perdeu a posição.

Como esperado. Felipe Massa renovou com os italianos para 2013. A negociação estava quase certa depois do pódio do GP nipônico. Massa vai completar sete temporadas com a equipe italiana. E será a quarta em dupla com Alonso. Os números de Massa com Alonso são vergonhosos para o brasileiro. De 2010 até hoje Alonso somou 718 pontos e Massa 343. O espanhol conseguiu nove vitórias nesse período e Massa nenhuma. Alonso esteve na luta direta pelo título em 2010 e agora 2012 e Massa ficou longe.

Dupla. A dupla Massa/Alonso teve um caso chato na Alemanha em 2010, onde Felipe foi obrigado a ceder sua posição para o companheiro de equipe, quando liderava a etapa. Este episódio marcou a carreira do brasileiro e, depois disso, ele nunca mais demonstrou garra e vontade de correr. Neste ano, com seu posto na equipe italiana em risco, o piloto teve de mudar sua condução.

Como antes. Aquele Felipe Massa que correu na Coreia pareceu aquele de antes da molada do carro do Rubinho. Foi uma pilotagem consistente e segura e, principalmente, rápida. Hamilton, depois de ultrapassado pelo Massa, tentou fazer o que fez com Raikkonen, mas o brasileiro estava de olho e não deu chances ao inglesinho. Felipe pilotou bem, porém os italianos, mais uma vez, o brecaram em nome do jogo de equipe. É sina dos pilotos tupiniquins de tempos para cá.

Felicidades a todos!

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