GP DE ABU DHABI-UMA DOSE DUPLA DE FRONTAL
Abu Dhabi encerrou a temporada de 2015. E assim como em 2014 a equipe dominante foi a mesma. A Mercedes comandou o espetáculo. A diferença é que na temporada passada o título ainda não havia sido decidido antes da última etapa. E nesta temporada isso aconteceu com três provas de antecedência. Os GPs do México, Brasil e Abu Dhabi foram disputados com título decidido. E só no México isso não atrapalhou o espetáculo, pois os mexicanos estavam carentes da categoria há anos. O GP do Brasil foi um fiasco em termos de disputa e de público. Já em Abu Dhabi, o esporte fica em segundo plano. Como disse na coluna passada, Abu Dhabi tenta ser a Mônaco do Oriente Médio, porém na parte desportiva também foi uma provinha chata e sonolenta. Mudinha. A verdade é que depois do domínio dos carros prateados, a categoria vem perdendo audiência e fãs. Com as novas regras de 2014, apareceu um carro sem graça e sem a alma da categoria, que era o som dos motores. Som que cativou a todos desde os primórdios da categoria. Saudosismo. E para complicar, os pilotos e equipes foram obrigados a economizar combustível e cuidar de novas ideias de propulsão de energia que, juntos com o bom e velho motor de combustão, passaram a integrar o conjunto do carro. Na realidade, complicaram e encareceram tudo e quando os cartolas acordaram já era tarde. Desgovernada. A categoria agora está nas mãos de umas poucas montadoras que ousaram investir nessa tecnologia híbrida. E agora dominam o esporte para desespero do Verme. E também da FIA. Na verdade, a nau está à deriva. E os cartolas, no desespero, tentaram emplacar um motor pela metade do preço do atual, e levaram bomba, pois todas as equipes teriam que concordar. As quatro montadoras - Mercedes, Ferrari, Renault e Honda - foram contra. E a corrida? Bem, a corrida foi daquelas que não teve briga pela ponta e nem pelo terceiro posto. No quarto posto apareceu Vettel que largou lá do fundão, décimo sexto. Ganhou muitas posições na estratégia. Largou com pneus macios, enquanto a maioria estava com supermacios. Bem. Outro que surpreendeu foi Sergio Perez (o Tequila-Man). Conquistou uma bela quarta posição na classificação. E na corrida terminou na quinta posição, enquanto seu companheiro de equipe, o badalado Hulkenberg, foi o sétimo. Outro que foi bem na base da estratégia de pneus foi Grosjean. Largou em vigésimo e chegou em nono. Os Felipes. O Massa se classificou em oitavo. Mais uma vez perdeu para Bottas. Olhando assim parece que teve uma corrida tranquila. E não foi o que aconteceu. Ele teve muito trabalho na pista e mais uma vez a Williams judiou dele nas trocas de pneus. Já Felipe Nash sofreu uma batida logo na largada e não teve como reagir. Desta feita, chegou atrás de Ericsson. A Sauber foi uma das poucas equipes que não evoluíram na temporada. Tabela. No campeonato de Construtores, Nash terminou em décimo terceiro, com 27 pontos. Ericsson acabou em décimo oitavo, com 9 pontos. Massa ficou com sexto posto no campeonato (121 pts.), uma posição atrás de Bottas (136). Comparativo. Posição dos companheiros de equipe em 2015. Top ten. Lewis é o primeiro colocado, com 381 pontos; Rosberg, segundo, com 322 pontos. Vettel, terceiro, com 278 pontos; Kimi, quarto, com 150 pontos. Kvyat tem sétimo lugar, com 95 pontos, e Ricciardo, o oitavo, com 92 pontos. Perez tem a nona posição, com 78 pontos, e Hulkenberg, décimo, com 58 pontos. As surpresas foram Kvyat superar Ricciardo, e Perez ultrapassar Nico em vinte pontos. Se alguém dissesse isso no início da temporada seria tachado de louco. Uma ótima semana!