REGINALDO LEITE

Em baixa

Em novembro, temporada fecha em baixa, com menos público em escala global

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 09/01/2016 às 09:58Atualizado em 16/12/2022 às 20:34
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Fechando a conta

A temporada terminou em novembro. Como há tempos, porém não foi uma etapa boa. A contabilidade fechou em baixa. O público mais uma vez diminuiu. Isso em termos globais.

Plim-Plim. E por falar em global, a nossa rede de TV que possui o domínio das transmissões também amargou a queda de audiência. E assim cortou parte dos treinos classificatórios e não transmitiu as corridas que foram realizadas no período da tarde, que concorriam com o futebol.

Arrogante. A categoria mor do automobilismo passa por uma fase ruim. E as mentes pensantes da organização resolveram acordar. Pois achavam que a categoria era imortal e não corria riscos. Mas nada como uma queda de receita para acordar os acomodados.

Acordando. O dono do circo que sempre ignorou as novas mídias e apostou no tradicionalismo do capitalismo antigo, ou em seus velhos e tradicionais ricos clientes, se viu encurralado pelos números.

Sem alma. O Verme, que de bobo não tem nada, foi a primeira voz a brandir contra essa nova F1 da era híbrida. Os carros perderam a alma que era o som ou ronco de motor com saúde e potência. Os pilotos foram obrigados a conviver com vários sistemas complexos e passaram a depender dos engenheiros que ditam a condução pelo rádio.

Atração. E assim, a língua que mais atraía o velho e fiel público, que era o ronco saudável de um bom motor e a perspicácia de um bom piloto ao conduzir seu bólido, ficou em segundo plano.

Receita ruim. E para complementar a receita ruim, vimos que não houve uma boa disputa dentro da equipe dominante. Se é ruim uma só equipe mandar no campeonato, pior ainda é não ter uma disputa franca entre os membros dessa equipe dominante. E essa disputa foi o remédio que salvou a temporada de 2014.

Outro lado. Por outro lado, a F1 híbrida é limpa. Ou seja, enquanto os motores V8 consumiam cento e cinquenta quilos de combustível por etapa, os híbridos consomem cem quilos. No fim, a quantidade de gases lançada na atmosfera é menor.

Lado bom. Isso sem falar no desenvolvimento das novas unidades de potência, que deram muito trabalho para os engenheiros e hoje já se tornou comum na categoria. As MGU-K e MGU-H devem parar nos carros de rua num futuro não muito distante, pois fazem parte de uma tecnologia que economiza combustível e polui um pouco menos.

Pelo esporte. Mas os fãs da categoria não ligam muito para energia limpa e o que eles querem é ver a F1 como era no passad o cheiro de gasolina e motores potentes e o som agudo que soa como música para os apaixonados pela categoria.

E pelo andar das coisas, os fãs vão ter o que querem já em 2017. Novos motores, novo visual e a esperança de atrair novos admiradores.

Maior. Mais uma vez, o maior e mais espetacular rally do mundo largou no início do ano. O Dakar é uma competição impressionante tanto em termos de disputa e resistência quanto em números. A logística do evento traz números grandiosos, mas, infelizmente, o Raid também impressiona no número de mortes.

Números. Como não poderia deixar de ser, a categoria que mais sofreu baixas foi a de motos: 15 até o ano passado. Já nos carros foram seis, e nos caminhões apenas três. Nessa conta, não estão contabilizadas as vítimas civis ou espectadores, total de 15. Na edição de 2016, logo após a largada, houve atropelamento de onze torcedores, e destes, três estão na UTI.

Uma ótima semana!

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