Saudades!
Todos no paddock até o GP inglês só tinham críticas para a F1 atual. Bastou uma corrida interessante para que a opinião de muitos mudasse: faltava uma equipe nova na disputa.
E o mais chato é que isso vem ocorrendo há tempos, na categoria. O fã do esporte está cansado de ver apenas uma equipe ou piloto ganhando. Aos poucos se desinteressa pela categoria. Fora a mania boba do Verme de brecar imagens da categoria no You Tube.
Saudades. Não é de hoje, acabaram aqueles campeonatos onde duas ou três equipes disputavam o Mundial, e que quem era regular se dava bem. Essa categoria, por ser a maior, teoricamente, sempre recusou adotar um chassi e motores iguais para todos.
Domínio. E assim, na busca pela vitória, vemos um pequeno grupo realizando gastos astronômicos. E esse pequeno grupo normalmente comanda a categoria, no quesito vitórias e gastos. No final de 2013 mudaram o regulamento para brecar o domínio imposto por Newey e suas ótimas criações.
Era uma maneira de conter o domínio do Toro Vermelho que entrou na categoria em 2005 e contratou o melhor projetista da categoria, a melhor equipe de marketing, os melhores engenheiros e tudo mais para ser a melhor. E demorou cinco anos para ganhar seu primeiro campeonato.
Escola. Na sequência, comprou a italiana Minardi, uma equipe quase tradicional por largar no fundão. A intenção era dar quilometragem aos novos talentos das categorias de base, patrocinados pela equipe do energético. E sempre deu muita atenção para F Renault 2000 e, posteriormente, elevando-os para a World Series.
Mas com esse novo regulamento não adianta apenas dinheiro. As regras impedem que a turma que está atrás possa evoluir durante a temporada.
Duvidoso. Na prática esse regulamento caiu como uma luva para a equipe Mercedes, a única que tinha um bom desenvolvimento dessa tecnologia, antes de virar regra. Indiretamente ou sem querer os cartolas adotaram uma regra que ajudou os alemães.
Parceria. Estranhamente, depois que a nova regra foi adotada, a equipe demitiu seu melhor funcionário. Um tal de Ross Brawn. Pois ficou evidente que com o trabalho dos bastidores com a cartolada a equipe não precisaria mais de um grande profissional da área e contrataram um mercenário para seu posto. Mas com uma boa influência no lado escuro da categoria.
Mais do mesmo. E assim temos novamente uma categoria onde apenas uma equipe domina. E para complicar, com uma mecânica complexa e cara e, o mais chato, sem muitas emoções, com pouco barulho e ainda onde os pilotos são obrigados a economizar combustível.
* O GP da Rainha mostrou que apesar de todos os defeitos da F1 hoje, se houver disputas entre as equipes a torcida vibra e volta a admirar a categoria.
Voltei. No mundo das duas rodas as Hondas se mostraram superior às Yamahas na pista alemã de Sachsenring. A Yamaha conseguiu emplacar seis vitórias consecutivas. Mas na Alemanha vimos que a Honda híbrida (chassi de 2014 e motor de 2015) deu ao Marc Marquez a liberdade de acelerar sem medo de errar e ele voltou a pilotar como às duas temporadas anteriores. Venceu sem dar a mínima chance aos concorrentes.
Imitando. Lorenzo largou muito bem, parecia o Massa de Silverstone, e tomou a ponta. Mas não demorou muito e Marquez liderou e chegou a abrir cinco segundos do segundo. Outro que fez uma ótima prova foi Pedroza que conseguiu o segundo posto. Restou para o The Doctor o terceiro posto.
Antecipando. Valentino Rossi hoje lidera o Mundial com 114 pontos de vantagem para Marquez. Faltam nove etapas para o final do campeonato. Se o resultado da Alemanha se repetir até o final do ano, 1º de Mark e 3º de Rossi, Mark se torna campeão na penúltima etapa. Para deixar a decisão à última etapa, Rossi precisa de dois segundos lugares. Ainda, se Valentino conseguir três segundos, se torna campeão. Isso com Marquez ganhando as demais.
Uma ótima semana!