Depois de três semanas sem corridas de F-1, descobri que essa competição se tornou um vício para mim. Usei o termo competição, mas a palavra que escrevi de início era esporte. É difícil denominar a F-1 atual de esporte. Mas, mesmo com todos os defeitos e qualidades, acho bem difícil viver sem ela, que já se tornou parte do meu cotidiano. Martírio. Ficar dias sem ter uma etapa é quase um martírio. A verdade é que mesmo uma etapa gera um turbilhão de ações, fatos e mentiras durante semanas. E tudo que envolve esse mundo é discutido e comentado por várias pessoas e profissionais do ramo, cada qual com suas perspectivas, gerando comentários e notícias que se estendem por vários dias. Verdade. O velho “Verme” Ecclestone soube como organizar o circo e também como fazer dele uma fábrica de Euros. Suas trapalhadas ao longo do tempo serão descobertas e muitas nem devem vir a público. Egoísmo. São milhões que rolam debaixo do tapete, mas não podemos deixar de dizer que, apesar de tudo, foi ele quem deu um jeito de organizar essa competição e fazer dela uma das mais lucrativas. Pena que mais para ele do que para o esporte ou para os participantes. Três dias. Deixando a parte política e econômica à parte e falando do lado que seria o esportivo, depois de amanhã terá início o GP da Bélgica, aquela que é a melhor pista e a mais completa do calendário. SPA FRANCORCHAMPS é tudo de bom para quem sabe e gosta de pilotar. Mágico. Esse traçado tem uma mística e uma mágica que agradam a todos aqueles pilotos que sabem como tocar um bólido. E também fazem parte da etapa as variações climáticas, que sempre influenciam no resultado. É a etapa mais seletiva de todas. A mais. Esse traçado mágico tem várias curvas desafiantes e famosas. Porém, a mais falada e comentada é a Eau Rouge, que é feita a mais de 290 km/s e com o pé no fundo para quem tem um carro equilibrado e está com o braço em dia.
Eau Rouge, curva mais desafiante do calendário da Fórmula 1
Diversidade. Outras curvas famosas neste belo e velho traçado. A primeira curva do traçado é a La Souce, que na verdade é mais um cotovelo no fim da reta de largada. É lá que acontecem várias situações complicadas. Em seguida aparece a descida da Eau Rouge, seguida da Raidilon. Depois de muito pé no fundo, vem a Les Cobes. A Rivage é outra curva que exige muito dos pilotos e carros. Após afundar o pé novamente, vêm a Branchimont e, por fim, a BUS Stop, que hoje é conhecida apenas como chicane. Ao todo são 19 curvas.
Será??? O processo de fritura de Heidfeld parece ter chegado ao ponto. Até o momento que encerrava esta coluna, ainda não era oficial, mas é certo que Bruno Senna irá ocupar o lugar de Heidfeld, a partir do GP da Bélgica. Senna procurou patrocínio brasileiro, mas, pelo que se sabe, seu lugar foi garantido por empresa não brasileira. Essa é a F-1 de hoje: Não adianta ser bom ou ter um sobrenome de peso. É preciso mesmo é dindim.
Felicidades a todos!
Programação do GP da Bélgica
1º Treino – Sexta-feira – 26/08/11 – SporTV – 05h00
2º Treino – Sexta-feira – 26/08/11 – SporTV – 09h00
3º treino – Sábado – 27/08/11 – SporTV – 06h00
Classificação – Sábado – 27/08/11 – Globo – 09h00
Corrida – Domingo – 09h00 – 28/08/11 – Globo