A etapa do Mundial de Fórmula 1 deste ano não foi muito diferente das anteriores. Vettel na pole e no degrau superior do pódio. A diferença ficou por conta de uma classificação meio atrapalhada. A Pirelli não tinha pneus para chuva forte. E assim o Q3 foi adiado, até que o piso secasse. Mas, não adiantou muito quando a pista melhorou. Vettel fez mais uma pole.
Tchau. Nossa etapa foi marcada por duas despedidas que ofuscaram a estrela de Vettel. Porém, depois da bandeirada final, todos se voltaram para o campeão. Massa viu toda a equipe se despedir dele, um a um, e na Red Bull também houve homenagens para o australiano.
Massa. Felipe se classificou mal, em nono. Mas mesmo largando bem, ganhando três posições na largada, sua tarefa na corrida tornou-se um tanto quanto mais trabalhosa. Massa lutava com Hamilton, quanto detinha o quarto posto. E aí veio a bomba: Stop and Go, por passar com as quatro rodas na linha de entrada dos boxes.
Bravo. Nunca vi Felipe Massa contestar com tanta veemência uma punição. “Logo em casa e quando estava indo bem”, disse posteriormente. Mas acontece que essa manobra foi proibida e avisada aos pilotos antes da corrida. E por outro lado, se o Felipe terminasse em quarto e Alonso em terceiro, o vice do Mundial de Construtores seria da Ferrari e não da Mercedes. Essa pequena troca de vice para terceiro gera diferença de uns US$ 30 milhões.
Parentes. Felipe Giaffone era um dos comissários da prova. Ele é amigo de Massa e se tivesse como evitar essa punição tenho certeza de que ele tentaria uma maneira. Mas não dependia somente dele, pois mais comissários tomam este tipo de decisão.
Diminuto. Há muitos anos eu não via Interlagos tão vazio. Até os cambistas estavam reclamando, pouca gente e pouco ingresso também. A decisão antecipada e o clima chuvoso afastaram boa parte do público. Mas Interlagos sempre nos proporciona boas corridas e assim vimos boas disputas nas posições intermediárias.
O preço da fama. Em todos os setores de Interlagos existem lojinhas com produtos das equipes. E este ano vimos que os produtos da Red Bull eram os mais caros. Em 2010 eram um dos produtos mais em conta. Neste ano, os mais baratos que vi eram da Williams, por exemplo, um boné desta marca custava R$ 100. Da Ferrari ou McLaren R$ 150. Já os bonés com a estampa da Red Bull custavam R$ 190.
Andou bem. Jenson Button estava de bem com sua McLaren em Interlagos. Andou e sua corrida rendeu. Largou em décimo quarto e chegou no quarto posto, a melhor colocação da equipe neste ano, o que pode ser considerado vergonhoso. Já Nico Rosberg parecia que era o homem a bater Vettel no fim de semana. Andou bem na sexta-feira e fez o segundo tempo na classificação. Tomou a ponta de Vettel na largada e a perdeu ainda na primeira volta e foi só caindo. Chegou em quinto. Como disse antes, parecia.
Será? Em 2004, Michael Schumacher e a Ferrari dominaram o campeonato e Vettel fez neste ano. E, curiosamente, em 2005, a FIA mudou o regulamento, assim como em 2014 vamos ter uma mudança drástica nos bólidos de F1. E em 2005 a Ferrari e Schumacher não foram mais os bichos papões. E a esperança é que no ano que vem a coisa se repita, ou seja, Vettel e Red Bull deixem de ganhar tudo. Mas esperar que a Williams faça em carro para disputar a ponta, aí já é sonho.
Felicidades!