Fatos e Fofocas
No final de semana do GP da Itália, a mídia especializada dava como certa a troca de posições entre Alonso e Vettel. E para complicar a receita do bolo, no início da semana o dono do banco Santander veio a falecer.
Fofoca. Outro importante ingrediente foi adicionado à receita: a saída de Montezemolo do comando da equipe Ferrari. Em comunicado, a seu pedido, ele declara que deixará a presidência da Ferrari a partir de 13 de outubro, depois das comemorações do 60º aniversário da presença da Ferrari nos Estados Unidos. Esse também era um assunto muito comentado pela mídia no fim de semana do GP italiano. E essa saída do comando da equipe foi negada por Montezemolo no fim de semana em Monza.
Fato. O afastamento do grande “capo” da equipe vermelha era um boato, e tornou-se verdade logo depois do fiasco da equipe em sua terra. E a troca de posições de Alonso e Vettel foi desmentida entre as partes. Mas, na verdade, algo grande se desenrola nos bastidores. E nesse lance de rompimento de contrato entre pilotos e equipes a coisa sempre é muito complexa. Mas tem fumaça no ar.
Fim de era. Essa saída de Montezemolo encerra uma era no esporte. O grande “capo” foi o responsável pelo ressurgimento da equipe vermelha entre os vencedores. A equipe conseguiu um grande sucesso depois de um longo jejum, de mais de vinte anos, entre 1979 e 2000.
Erro. Sob seu comando foi reunido um grupo vencedor, composto por Jean Todt, Byrne, Brawn e Schumacher e, de quebra, Barrichello. De 2000 a 2004 eles mandaram na F1. Na era Luca Montezemolo, a equipe foi campeã de Construtores em 1983, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2007 e 2008. Tudo indica que sua saída foi um ato impensado do chefe do grupo Fiat, Sergio Marchione, que não é do ramo e deve afundar ainda mais o departamento esportivo da Ferrari.
Futuro. Em uma semana aconteceu a morte do maior patrocinador da equipe, a saída do homem que a comandou por vinte e três anos - uma figura do ramo e com grande influência nas decisões da categoria - e o mais importante, era uma das poucas pessoas do paddock que conseguiam se impor sobre Bernie Ecclestone.
E para complementar a receita, temos o primeiro piloto da equipe, Alonso, insatisfeito com toda a situação e o desempenho pífio. E, possivelmente, mesmo sem seu patrocinador principal, o espanhol tem o poder de escolher para onde quer ir. Desde que tenha alguém pra bancar uma multa de rescisão em outra equipe.
Mesmo sem o apoio do grupo Santander, é possível que alguma empresa encare a situação. No paddock, Alonso ainda tem uma ótima imagem entre os donos e chefes de equipe.
E na melhor equipe do momento (Mercedes) vemos que existe uma situação onde os dois pilotos certamente não se aceitarão como companheiros de equipe no ano que vem, e essa é a vaga mais cobiçada da F1. E o hispânico tem quem aposte nele. Teoricamente, não temos como reviver uma convivência entre Lewis e Alonso numa mesma equipe.
Imagine. E se a dupla for Nico e Alonso, aí seria, pelo menos no início, uma dupla que se suportaria. Mas se conseguirem juntar os melhores pilotos atuais numa mesma equipe seria uma guerra sem fim. Lewis e Alonso, juntos, seria impensável. Se a equipe já não consegue manter uma convivência harmoniosa entre Lewis e Nico, jamais iria conseguir um clima harmonioso na equipe. O exemplo foi a temporada de 2007.
Rádio. A Fia adotou novas regras quanto ao uso do rádio. A regra é complexa e certamente vai gerar polêmicas. O primeiro teste será neste GP de Cingapura. Na verdade, essa regra é boa para o esporte, pois vai valorizar quem entende e tem sensibilidade no acerto do carro. Os pilotos atualmente estavam tendo muita ajuda dos boxes e vinham se tornando bonecos mandados. E tinham informações privilegiadas de seus concorrentes diretos.
Horários do GP de Cingapura
3º TREINO - SÁBADO - 7h
CLASSIFICAÇÃO - SÁBADO - 9h
CORRIDA – DOMINGO – 9h -
Uma ótima semana!!!