Férias agitadas
A F1 entrou de férias. São as famosas férias de verão. Nesta época, teoricamente, pilotos e equipes, engenheiros, mecânicos e todos que trabalham nas pistas vão para casa rever seus familiares e amigos. Essa é a lei.
Mas... Em muitas equipes, o pessoal da fábrica quase não para. Oficialmente todas são obrigadas a ficar fechadas por duas semanas, mas o período de descanso é de quatro semanas. Porém, hoje, com a internet, é possível desenvolver muitos trabalhos fora da fábrica.
Por outro lado. Já os fornecedores de motores não têm obrigação de parar por duas semanas. E quem está atrás não deve mesmo. A Honda faz questão de noticiar que estão a todo vapor, e que na Bélgica eles estarão com um motor melhor que o usado na Hungria. Com cerca de 15% a mais de potência.
Brabeza. Japonês tem a fama de trabalhar muito. Porém, pelos meus cálculos, os profissionais da Honda teriam que trabalhar vinte e cinco horas por dia, sem aquela pausa para chazinhos e outras coisas mais, até o final do ano, para se igualar aos italianos. Já para atingir o nível dos alemães não temos o cálculo certo, ainda. Porém, acho que eles vão chegar ao objetivo. Já os franceses da Renault estão na moita e calados, nessa questão de trabalhar nas férias.
Lero-lero. Na rádio paddock, os franceses são assunto diári a compra da Toro Rosso. É certo que as duas partes se sentaram à mesa para negociar. No entanto, a escuderia italiana deu um stop e, do dia para a noite, surgiu a notícia de que os franceses estavam em negociação com a Lotus.
No lucro. A Lotus atual era a equipe Renault. Então, se isso realmente acontecer, quem pode sair no lucro é a turma do energético, que poderia negociar com a Mercedes, pois sobraria o lote que a Lotus usava. Já pensou um Red Bull com o motor alemão? Adeus o resto, o que não inclui a equipe oficial da marca. Certamente, nunca vai oferecer seu motor de última geração para a cliente rival.
Fria. Nessa dança dos propulsores, quem pode se dar muito mal é a Sauber, que tem uma longa e boa relação com a Ferrari. No entanto, ano que vem estreia a americana Hass, que vai usar os propulsores italianos, como primeiro cliente. E assim, a Sauber seria relegada ao segundo plano e, pior, perderia o bom desconto de primeiro cliente. Hoje a Ferrari coloca seus pilotos da escolinha para treinar na equipe suíça, obtento, portanto, um bom desconto nos propulsores. Sendo assim, a equipe iria ser cliente da Renault. Péssima troca.
Supremacia. Essa metade de campeonato de 2015 demonstra um domínio ainda maior dos alemães em relação a 2014. Lewis Hamilton está bem mais à vontade que em 2014. Lewis venceu cinco etapas contra três do Rosberg e duas de Vettel. Na tabela, Lewis tem 21 pontos de vantagem para Nico, e 42 para Vettel. Já no campeonato de construtores, a Mercedes tem 147 pontos de vantagem para a Ferrari.
Crash. No fim da semana passada vimos a sexta etapa do campeonato de Stock Car, no Autódromo Internacional de Curitiba (que tem tudo para não existir em 2016). A prova já começou com controvérsias ao ser anunciada, dias antes, punição ao líder do campeonato, Cacá Bueno. O vencedor da corrida principal foi Marcos Gomes, que agora lidera o campeonato, com 25 pontos de vantagem para Júlio Campos. Cacá, que era o líder até Curitiba, caiu para o quarto posto e está a 27 pontos do primeiro colocado. O prejuízo foi grande para o piloto da Red Bull Mattheis. A próxima etapa será no ótimo autódromo de Goiânia, em 16/08. É a famosa Corrida do Milhão, onde Cacá pode diminuir seu prejuízo.
A etapa foi marcada por senhor acidente, na nona volta da prova, quando o carro de Thiago vinha capengando em plena reta e foi atingido por Raphael Mattos. Na sequência, o carro de Felipe Fraga, que vinha embutido no de Mattos e não teve como desviar de Camilo, o atingiu com mais velocidade. Felipe La Penna também se envolveu, mas sem grande gravidade.
Uma ótima semana!