REGINALDO LEITE

GP canadense em condições atípicas

Quando o normal não acontece, o anormal aparece: Vettel venceu sem adversários

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 12/06/2013 às 10:32Atualizado em 19/12/2022 às 12:30
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Vivemos este GP em condições atípicas dos GPs canadenses normais. Primeiramente, aconteceram três treinos sob chuva e a corrida com um ótimo clima. Neste GP não houve participação de Safety Car, o que é quase uma regra nesta prova. E como não poderia deixar de ser, quando o normal não acontece, o anormal aparece: Vettel venceu sem adversários.

Tabu. Mesmo depois de três campeonatos conquistados em sequência, a equipe Red Bull nunca se deu bem em Montreal. Em 2013, a escrita mudou. A pole era para ser do Lewis Hamilton, que errou no final de sua volta de classificação. E a posição de honra ficou para o alemão. Ano passado, Vettel foi o pole, mas as situações adversas da corrida não o deixaram vencer. Situação considerada normal nas etapas canadenses, onde o favorito nem sempre é quem se dá bem no final.

Tranquilo. E se a etapa de 2013 foi um marasmo na disputa pela primeira posição, vimos Vettel largar e abrir concorrência. Foi tão superior que do sexto posto até a décima quinta posição colocou uma volta de vantagem. Parecia até que o que ele economizou em Mônaco usou no Canadá. Das sete etapas disputadas até agora não havia acontecido uma superioridade tão forte.

Pegas. Se pela primeira posição não houve disputas, do segundo para trás a história foi bem diferente. Muitas ultrapassagens e duelos ferrenhos. Alonso, que largou do sexto posto, conseguiu chegar em segundo. Lewis conseguiu o terceiro e, mesmo desgastando pneus, mais que a concorrência, a equipe alemã evoluiu neste quesito. Porém, o circuito canadense é um caso à parte neste quesito. E só na Inglaterra é que podemos ter uma visão mais equilibrada do real desenvolvimento da equipe da estrela.

Dor de cabeça. Webber foi o quarto colocado. Imagine o que se passou na cabeça dele... Seu companheiro de equipe vence com muita folga e ele consegue apenas o quarto posto’... Certamente, 2013 será seu último ano na equipe. Mesmo bem empresariado por Briatore, sua vaga deve ser ocupada por outro piloto. Do mesmo mal padece nosso representante na Ferrari.

Falha. Rosberg foi o quinto colocado e padeceu do mesmo mal de Massa, usar o pneu macio na primeira troca da corrida. Essa falha não foi repetida na troca do Hamilton que assim se deu melhor. Vergne fez uma bela corrida pelo equipamento que tem. Largou em sétimo e chegou na sexta posição. No entanto, levou uma volta do vencedor.

Façanha. A sétima posição, conquistada por Paul di Resta, foi a surpresa do fim de semana. Não pela posição em si (sétima) largando da décima sétima posição.  Mas fato que deixou todos embasbacados foi o seu desempenho, usando apenas um jogo de pneus, 56 voltas. Se não fosse pelo regulamento ele faria toda a corrida sem troca. Uma façanha perante a concorrência. Sem querer, ele foi o advogado da Pirelli. Provou que os pneus não são tão frágeis como propagam o resto do grid.

Consolo. Nosso representante foi mal na classificação e trabalhou muito na corrida para ser o oitavo colocado. Mais uma vez a equipe macarrônica errou com ele. Na primeira troca usaram pneus macios e assim, mesmo realizando dez ultrapassagens, acabou como oitavo, posição conquistada na volta final em cima do Kimi Räikkönen. O representante da Lotus estava irreconhecível no Canadá. De bom, só o fato de igualar o recorde do alemão de vinte e quatro etapas na zona de pontuação. No campeonato, caiu para terceiro e viu a diferença aumentar para quarenta e quatro pontos em relação a Vettel. Ricciardo completou os top ten.

Duplas. Na disputa interna das equipes, Vettel está com 63 pontos de vantagem para Webber. Alonso tem 47 em cima do Massa. Kimi Räikkönen tem 62 sobre Grosjean. Hamilton está com 20 sobre Rosberg. Paul di Resta tem dezessete sobre Sutil, Simplesmente o dobro. Button tem 13 de vantagem sobre Perez, mais que o dobro. Vergne tem seis de vantagem para Ricciardo, e Hulkenberg tem cinco pra cima do Gutierrez. O restante da turma está sem pontos.

Aparecendo. Quem tem um carro ruim nunca se dá bem neste esporte. Porém quando a dona chuva cai, o braço do bom piloto aparece e nivela as coisas. Bottas conseguiu a segunda fila na classificação do GP canadense, um feito pela Williams que tem nas mãos. Só com piso molhado para acontecer isto. E ficou claro que o piloto é dos bons.  Mas a corrida foi com sol e ele viu sua carruagem virar abóbora, ou seja, a Williams FW35.

Felicidades!

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