REGINALDO LEITE

GP da Austrália - Começando as atividades

Agora voltamos a curtir as emoções da categoria rainha (Leia mais...)

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 21/03/2015 às 08:02Atualizado em 17/12/2022 às 00:55
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#01- GP da Austrália - Começando as atividades

Depois um senhor tempo de inatividades, finalmente a temporada começou. Agora voltamos a curtir as emoções da categoria rainha. E, infelizmente, vimos que a equipe que dominou a temporada passada iniciou esta com uma vantagem maior que tinha em 2014.

De novo. O domínio das flechas de prata foi total. Hamilton mostrou que é o piloto a ser batido. Se ele não sofrer erros por parte da equipe ou por deficiência técnica, pode ganhar quase todas as etapas. Rosberg não tem a pegada do inglês ao volante. Certamente a equipe vai dar um jeitinho para que Rosberg ganhe algumas etapas e não deixe o campeonato virar um marasmo, já que a crise é mortal na categoria e só um vencendo tudo seria pior.

Os demais. Como a briga pelo primeiro e segundo lugares já tem seus donos definidos, a atenção dos aficionados deve se voltar para o terceiro lugar. E a Ferrari e a Williams mostraram que têm condições para ocupar a posição. Eu deveria citar a Red Bull para esse embate. Mas a Renault não tem feito o dever de casa. E aí a equipe que te dá asas, voou. E para as posições intermediárias.

Inimaginável.  O problema da equipe do energético é que o gênio da aerodinâmica, Adrian Newey, sempre faz um projeto que ocupa e aperta todos os espaços do carro para este ser altamente eficaz na aerodinâmica, e a unidade dos franceses fica assim, vamos dizer, sufocada. E sofre de falta de arrefecimento. Já na equipe Jr isso não acontece. Tanto que a Toro Roso foi melhor na pré-temporada como nos treinos na Austrália.

Renascidos. E não é que os italianos acharam uma receita boa e conseguiram o último degrau do pódio, ou seja, o primeiro dos não Mercedes ou o primeiro do resto. E essa posição  conseguiu trazer paz e tranquilidade à equipe, que há tempos não se via. Mas o chato é que Vettel e Kimi, que largou melhor que o alemão, se tocaram logo no início da corrida e quem se deu mal foi o finlandês, que preservou o companheiro e achou melhor não acabar com a corrida dos dois logo no início. E para piorar, a equipe errou com Kimi e este foi obrigado a abandonar. Espero que o Ice Man dê um toque no alemão para que isso não se repita. Já imaginou o finlandês batendo de frente com Vettel?

Classificação. Como não poderia deixar de ser, os pilotos da Mercedes mandaram. Porém, no resto do grid, vimos algumas surpresas. Massa perdeu para Bottas em todas as sessões de treinos, no entanto, na classificação ele se deu melhor. E ainda desbancou Vettel. Bottas e Kimi erraram em suas voltas rápidas. A lógica seria Kimi na frente de Vettel e Bottas na frente de Massa. Mas não foi o que aconteceu. Mérito de Vettel e Massa que erraram menos.

Classificação 2. A grande surpresa da classificação foi Carlos Sainz Jr, com a Red Jr., e o badalado Verstappen ficando apenas com a décima segunda posição. Depois, vimos que as Lotus, impulsionadas pelas unidades de força alemã, melhoraram muito em relação a 2014. A outra surpresa foi a classificação da McLaren no final do pelotão, mas, para quem já vinha olhando de perto a situação, sabia que isso era uma grande possibilidade. E assim não foi uma surpresa e, sim, uma novidade.

Massa. Nosso representante  surpreendeu Vettel logo após a classificação, pois Vettel ainda não tinha os dados da telemetria, onde ele pode ver que Kimi vinha melhor do que ele na última volta lançada.  E o mesmo aconteceu com Bottas. Porém, os dois erraram. E Massa e Vettel, não. Mas a alegria do brasileiro durou apenas 21 voltas. Depois do pit stop, Massa se viu atrás de Vettel e não conseguiu superá-lo. No final, ele se sentiu frustrado.

Nash. A etapa começou da pior maneira para Nash, que nem fez o primeiro treino  na sexta-feira. O assunto da hora era a ação de Van de Gard que impedia a equipe de trabalhar.

Bem na hora que valia, na classificação, Nash arrancou uma décima primeira posição. Que era mais que seu carro lhe permitia. No entanto, na corrida, a sorte e o arrojo do piloto o colocaram em sexto, depois do Safety Car. Mas o maior mérito dele foi suportar o ataque de Ricciardo sem errar e ainda conseguir abrir.

Realidade. A vantagem dos alemães em 2015 se mostrou avassaladora nesta primeira etapa. Tanto que nosso Felipe Massa chegou a relatar que acha que a equipe alemã  não fornece o mesmo motor para as equipes clientes (Williams, Force India, Lotus). Algo que soa como ingenuidade. É claro e lógico que a equipe matriz não oferece a versão melhor para seus clientes. Por que você acha que a velha raposa do Ron Denis debandou para o lado da Honda? Justamente por saber disso. Mesmo sendo a McLaren a equipe que mais atuou como representante oficial da Mercedes, ele sabe que sua equipe nunca teria o mesmo equipamento da equipe oficial.

Efeito Bumerangue. Nash se deu muito bem em sua estreia. Mas isso pode com o tempo se tornar ruim para ele, pois dificilmente sua equipe vai poder lhe oferecer um carro para lutar entre os oito primeiros. Na verdade, o décimo primeiro da classificação na Austrália é mais que seu equipamento lhe poderia oferecer. Não se pode esquecer o fato de que carros melhores que o dele ficam pelo caminho. Portanto, esse lance de enaltecer essa estreia só vai prejudicar a carreira do piloto no futuro. Criaram muita expectativa pelo resultado. Teve gente chamando Nash de “o novo Senna”. E a verdade não é bem essa.

Uma ótima semana!

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