GP da Austrália (Foto/Reprodução/Bandeirantes)
A terceira etapa de 2023, ao contrário das duas iniciais, foi bem agitada. O que não mudou foi o carro vencedor (RB 19). Desta feita, com Verstappen. Sua segunda vitória no ano e a primeira em solo australiano. A prova teve duas horas e meia de duração, três bandeiras vermelhas e oito abandonos. Já o final não agradou a todos, pois a direção de prova finalizou a corrida com Safety Car.
Verstappen fez a pole, para variar. Russell e Lewis se classificaram na sequência, para surpresa geral. Alonso e Sainz Jr completaram o top Five. Quem se deu mal desta vez foi Perez, que teve que largar na última posição. Após ter escapado na curva três, na primeira fase da classificação (Q1).
Sensato. As primeiras emoções da corrida ocorreram ao ser dada a largada, com Russell largando bem e superando Verstappen e, em seguida, Hamilton também superou Max. Vale ressaltar que Verstappen, nestas ultrapassagens, em momento algum se defendeu dos ataques. Um comportamento totalmente diferente daquele que sempre demonstrou até aqui.
Tanto Russell quanto Lewis não tinham muito a perder. Já o holandês, líder na tabela de pontos, pensou no campeonato. Levando em conta que ainda tinha uma corrida inteira para recuperar essas posições e, ainda, estava no melhor carro do grid para conseguir superar os estrelados.
De cara. Na primeira volta, a corrida de Leclerc acabou depois de tocar em Stroll. A zica do monegasco continua firme e forte e a da equipe italiana também. Logo após, entrou o carro de segurança para realizar duas voltas. A turma do fundão aproveitou e passou para os pneus duros. Isto tudo na primeira volta.
Primeira. No sétimo contorno, a Williams de Albon, depois de uma ótima classificação (P8), escapa e enche o traçado de pedriscos. Por muita sorte seu carro não foi atingido por outros que estavam atrás. Então, o Safety Car é acionado novamente. Neste momento, Russell e Sainz Jr. param para calçar os pneus duros. E, uma volta depois, a bandeira vermelha foi acionada, acabando com a estratégia dos dois, já que todos puderam trocar os pneus sem perder posições. Da ponta, Russell cairia para a sétima posição e Sainz Jr. para a décima primeira. Foram quinze minutos de paralisação. Essa regra de poder trocar componentes sob bandeira vermelha é antidesportiva.
Tranquilo. Com a corrida reiniciada, Lewis e Max eram os ponteiros. Na volta doze, após a autorização da abertura de asa, Max ultrapassa o inglês sem dificuldades e abre dois segundos de vantagem para seu perseguidor. Essa RB 19 sobra muito em relação à concorrência.
Outro. Na volta de dezoito, o carro de Russell abandonou com a parte traseira em chamas e o carro de segurança é acionado pela terceira vez. Foram novamente duas voltas sob o regime de Safety Car. Com a corrida reiniciada, Max reinou tranquilo na ponta. Atrás dele, Lewis e Alonso travaram um duelo de táticas e pressão. Quando o hispânico apertava, o inglês reagia. Na sequência, Sainz Jr. pouco a pouco se aproximava da dupla, com Gasly tentando encostar. Na volta 53, do nada, Magnussen resolveu ter um contato íntimo com o muro, ficando sem um pneu traseiro e a suspensão traseira do mesmo lado.
Segunda. O piloto da Haas conseguiu parar seu carro num local seguro, já com bandeira amarela. No entanto, aqueles senhores daquela sala lotada de monitores de imagens acionaram o Safety Car pela quarta vez. E, como nas situações anteriores, logo decretaram a segunda Red Flag. Isto, faltando duas voltas para o final, certamente, para não terminar o show com o carro de segurança na frente. Situação que sempre gera um grande desgosto para o público. Max, Lewis, Alonso, Sainz Jr, Gasly, Stroll, Perez, Norris, Hulkenberg e Ocon formavam o Top Ten.
Caos geral. Após 15 minutos, a corrida foi reiniciada outra vez, com largada parada, como das vezes anteriores. Particularmente, sou a favor de relargadas com os carros parados, mas para uma volta só é um jogo meio que de kamikazes, pois os pilotos sempre vão fazer o possível e também o impossível para galgar melhores posições. E assim foi. Ao final da primeira curva, Sainz Jr. tocou no compatriota Alonso, fazendo-o rodar. Perez foi para a brita para evitar esse enrosco.
Segundos depois, os franceses da Alpine, Ocon e Gasly, também se estranharam, acabando com seus carros e, assim, jogando fora preciosos pontos na disputa pelo título de melhor do resto. Mais atrás, Logan Sargent acertou De Vries. Enfim, um strike geral, do qual somente Max e Lewis se safaram, por estar um pouquinho à frente do caos.
De novo. De cara foi acionada a bandeira amarela no setor 1. E não demorou muito, a estrela do dia, bandeira vermelha. A ordem após o acionamento da bandeira vermelha era: Max, Lewis, Sainz Jr, Hulkenberg, Tsunoda, Norris, Piastri, Zhou, Stroll, Bottas, Perez e Alonso, em 12º, o último dos que sobraram. Tsunoda ganhou muitas posições, mas tudo isso foi anulado. Menos a punição que Sainz Jr. recebeu por acertar Alonso. Vai entender esses comissários. Pois essa quase volta foi cancelada ou nada valeu.
O anti-clima. A corrida foi reiniciada com a ordem de posições usadas na largada anterior com as devidas faltas dos franceses, que ocupavam a P5 e P10. Perez, Alonso e Stroll foram os agraciados, pois o strike havia acabado com suas chances. Alonso teve muita sorte de não estragar seu carro na pancada que sofreu e ainda subir ao pódio pela terceira vez seguida. O pódio foi formado por Max, Lewis e Alonso. Stroll e Perez completaram o top-five.
Detalhes individuais. Verstappen consegue enfim vencer na Austrália. Lewis não tinha presença no pódio desde o GP do Brasil, no ano passado. Alonso conquistou seu pódio número 101. Perez largou da P20 e finalizou na P5, porém muitos esperavam um pouco mais dele. A McLaren, que está zerada, conseguiu colocar seus dois carros na zona de pontuação.
Norris foi P6 e a P8 foi para Piastri, que marcou seus primeiros pontos na categoria. Hulkenberg finalizou na P8, somando seis pontos, já cinco à frente de Magnussen. Essa equipe é engraçada, Magnussen voltou ano passado e apagou Mike Schumacher, que já tinha um ano na equipe, agora Hulkenberg faz o mesmo com Magnussen. Zhou fechou P9 e Tsunoda P10.