#5-GP DA ESPANHA: UMA OPERA SONOLENTA
Que corrida foi essa da Espanha? Na terra dos grandes tenores vimos uma ópera sonolenta. Fora as primeiras duas voltas, não houve nada de boas emoções. De nada adianta o narrador do Plim Plim citar que esta nova F1 está demais e com várias ultrapassagens. Na verdade, a gente tem é que se esforçar para conseguir ver uma corrida inteira. Os dedos tentam mexer no controle remoto da TV, mas ai a gente tem que se segurar. Isso é muito ruim...
O QUE PARECE. A maioria das manchetes desta etapa destaca que Rosberg acordou para 2015 e que na próxima fase ele é novamente favorito pelo seu retrospecto, o que é bom para o campeonato. Mas, na verdade, as corridas não teriam graça nenhuma se Hamilton fosse como Vettel de 2012 e 2013. O alemão correu sem adversários, não tinha oponente nem mesmo dentro da própria equipe.
MAIOR DEFEITO. Esse é o maior dilema da F1 dos últimos anos onde sempre existiu um carro superior aos demais e quase sempre a equipe elege um para ser o maioral. Se ao menos deixassem esses dois competirem ate o final, a coisa seria bem diferente. (como Mansell e Piquet ou Senna e Prost, por exemplo). Porém, hoje os interesses comerciais são maiores e isso não acontece.
EXEMPLOS RECENTES. Como maiores expoentes desta prática podemos citar a situação de Schumacher na Ferrari e Vettel na Red Bull. Mas também vimos Mika Hakkinen e Hill se sobreporem a Coulthard; Alonso sobre Fisichella e também Nelsinho e muitos outros, como Prost sobre Lauda na McLaren.
NA REAL. Como acreditar que Rosberg se refez do Bahrein para Espanha? No deserto ele era a cara de perdedor e de repente fez um final de semana completo, para cima dos demais, deixando Hamilton de cabeça baixa. È certo que Lewis desaprendeu a andar atrás, porém a equipe Mercedes fez o inglês perder mais de 4 segundos nas paradas de boxes. Isso é uma clara demonstração de que tem gente no paddock mexendo seus pauzinhos.
TRISTE. E quem mais perderia com apenas um piloto ganhando tudo? Todos. Mas tudo isso iria doer muito mais no bolso do “Verme” de princípio, do que nos demais pilotos e equipes. É aí que entra o sub esporte com a chegada das manipulações que vão dar mais emoção ao campeonato e atrair o interesse público. Verdadeiramente, a audiência televisiva aumenta e todos ganham, menos o esporte e a competição. E assim caminha a nossa categoria...
DESTAQUE. Tirando a dupla da Mercedes que sempre se destacou pelo caro que tem, vimos um Vettel no pódio e sem cometer os erros do Bahrein. Kimi tentou se destacar, mas ficou devendo no final, apenas admirando os escapes da Williams de Bottas. Bottas, que tem se mostrado ótimo nos dois últimos grandes prêmios, segurou Vettel no Bahrein e Kimi agora na Espanha. E o novo para choque largo do grid?
EXPLICANDO. Felipe Massa ficou devendo nesta etapa, principalmente na classificação. A verdade é que ele não foi bem no Q 2 e depois resolveram que ele deveria dar apenas mais um volta. Verdadeiramente ele teve apenas mais uma tentativa ou volta, situação esta que já estava acostumado a viver na Ferrari, no passado. Porém, justamente na volta que ele tinha para ser veloz, cometeu um erro e sujou seus pneus, comprometendo sua única tentativa eassim ficou apenas com a nona posição do grid de largada.
THE BOYS. A Torro Rosso é uma equipe que chama atenção desde o início da temporada e foi bem nas classificações das duas primeiras etapas, mas no Bahrein foi péssima. Já na Espanha fez uma ótima qualificação sendo que os seus carros conseguiram posições melhores que a equipe principal, a Red Bull. Por outro lado, em ritmo de corrida, seus carros foram mais uma vez muito lentos, mas Sainz e Verstappen, os dois estreantes, têm se mostrado bons lutadores e foram os únicos que apresentaram emoções nesta melancólica etapa da F-1.
Uma ótima semana.
