A F1 ficou três semanas de férias e voltou na majestosa Spa- Francorchamps. Porém, depois de muita chuva, que já apareceu na classificação de sábado e no domingo não deu trégua, a organização não quis arriscar, pois foi duramente criticada quando Norris se acidentou na Eau Rouge, ainda no sábado, quando deixou os pilotos andarem com chuva forte. E interrompeu a etapa depois de uma longa espera e duas voltas atrás do Safety Car.
Torcedores apaixonados. Nessa espera de mais ou menos quatro horas, o público não arredou e ficou presente até a decisão dos comissários de encerrar a etapa.
Bom de chuva. Logicamente, a ordem de chegada foi a mesma da classificaçã Verstappen na frente, um incrível George Russell da Williams à frente do resto do pelotão que era formado por Lewis, Ricciardo, Vettel, Gasly, Ocon, Leclerc, Latifi e Sainz Jr. Esses dez marcaram pontos que valem a metade da pontuação normal. O destaque ficou para o primeiro pódio de Russell, que manda muito na chuva, e ainda Latifi, na outra Williams, marcando pontos.
Intervalo. E assim, após um mês sem corridas, vimos os bólidos da F1 acelerarem na pista holandesa de Zandvoort, que se apresentou totalmente reformulada e que não lembra em quase nada aquela que vimos pela última vez em 1985. Mas manteve-se estreita e não admitindo erros dos pilotos, já que suas áreas de escape, quando existem, são de pedriscos. Porém, a cereja do bolo são as curvas inclinadas. Que devem fazer escola noutros autódromos futuramente.
Monte. Nos treinos e na classificação, quem se destacou foi o monte de bandeiras vermelhas aplicadas. Era só um piloto cometer um erro que eles interrompiam os trabalhos para retirar quem havia se dado mal. Era o vermelho predominando no mundo laranja dos torcedores. Esses torcedores de laranja são frequentes nas etapas europeias. E na casa deles foram quase a totalidade, e deram um show a parte nas ótimas manobras de Verstappen.
Na corrida, Verstappen largou na pole com Lewis ao seu lado. Bottas foi o terceiro na classificação. Vale lembrar que Bottas superou Hamilton nos outros treinos, mas na hora do vamos ver normalmente dá Hamilton.
Cerco. Com as duas Mercedes cercando Max, pois Perez foi muito mal na classificação, a equipe alemã preparou seus pilotos com táticas diferentes para surpreender Max no final. O esforço dos alemães foi em vão, já Max não deu chances. Com um ótimo carro e uma pilotagem de gente grande, liderou quase todas as voltas. As que não liderou foram as que Bottas liderava porque demorou em realizar sua primeira troca de pneus.
Desrespeito. Lewis Hamilton fez o que podia para vencer, mas o holandês foi inalcançável. Bottas foi escalado para uma tática adversa e não se deu bem. E ainda desrespeitou a ordem de sua equipe para não realizar a volta mais rápida pois esta era de Lewis. Lewis foi obrigado a parar nos instantes finais para colocar pisantes macios e realizar esta volta e assim ganhar mais um pontinho. Coincidência ou não, no outro dia veio o anúncio de Bottas na Alfa Romeo em 2022. Abrindo assim sua vaga para Russell. Situação essa que todos já sabiam e a Mercedes nunca oficializou.
Acima. Pierre Gasly foi muito bem nos treinos, e na corrida conquistou o quarto posto. Ou seja, o melhor do resto. Giovinazzi conseguiu a façanha de classificar sua Alfa em sétimo. Porém, uma largada ruim e um pneu furado acabaram com suas chances na corrida.
Leclerc se classificou em quinto e terminou em quinto e fez de tudo, na tática, para superar Gasly. Porém, tentou e ainda conseguiu manter sua posição de largada. Sainz Jr não.
Alonso largou em nono, atrás de Sainz Jr, (6º), Giovinazzi (7º) e Ocon (8º) e finalizou em sexto. Superou Ocon e Giovanzzi logo após as primeiras curvas e depois Sainz Jr.
Sainz Jr finalizou na P7. O hispânico sofreu um acidente forte no treino e salvou uns pontos.
Sergio Perez largou dos boxes depois de não se classificar para o Q2, sendo assim sua equipe resolveu trocar a unidade de potência, o que obrigou a largar de onde largou. Fez uma boa recuperação terminando no oitavo posto. O mexicano está devendo nas classificações por outro lado tem conseguido ser eficiente nas corridas.
Ocon finalizou na P9 e Norris fechou na P 10.
Difícil. A vida de Ricciardo na McLaren continua difícil. Ele largou em décimo, enquanto seu parceiro Norris em décimo terceiro. Ele não pode realizar sua volta rápida no final do Q2. No final, Norris terminou na P10 e Daniel na P11. Norris conseguiu levar seu primeiro jogo de pneus (médios) até a volta 42. E saiu dos boxes atrás de Ricciardo e pouquinho a frente de Russell, que tentou ultrapassar o compatriota nos momentos iniciais. Quando Norris saiu da troca, viu Ricciardo calçado com os mesmo compostos dele (duros), porém já com doze voltas de uso e assim se tornou uma presa fácil para o inglesinho que é uma das grandes sensações atuais.
Dancinha. A dança das cadeiras teve início com o anúncio de aposentadoria de Räikkönen. Bottas conseguiu um contrato longo como queria na vaga de Kimi. Russell vai enfim foi para a segunda Mercedes. Albon entra na vaga de Russel na Williams e fará dupla com Latifi. O assento que resta é o da segunda vaga na Alfa Romeu, que decidiu despedir Giovinazzi.
Para essa vaga, segundo a rádio paddock, vai um piloto pagante e um já disse que tem 30 milhões de dólares para despejar no cofre da equipe suíça. Na Haas falta a confirmação da dupla atual. O que pode gerar uma nova vaga já que os companheiros de equipe não estão se entendendo. O normal seria Schumacher ir para a Alfa, mas, aparentemente, isso não acontecerá.
Esse final de semana teremos o GP da Itália. Monza é a casa da Ferrari e mais uma vez os tifoses não terão muito o que comemorar, já que o carro vermelho não tem se dado bem nas pistas de alta.