O GP da Hungria 2013 foi o palco da primeira vitória de Lewis Hamilton pela equipe Mercedes, que veio em boa hora, pois, Lewis vinha sentindo a pressão. Ele não vencia e ainda viu seu companheiro de equipe no lugar mais alto do pódio duas vezes neste ano. A pressão no paddock não perdoa ninguém. Mesmo na frente de Rosberg na tabela, o inglês se sentia mal por não ter vencido. Mas isso agora é passado e essa conquista, a quarta de Hamilton na Hungria, tirou um peso de seus ombros.
Relembrando. O GP da Hungria é para nós, brasileiros, um GP marcante, tendo momentos memoráveis e outros ruins. Primeiro, ao falar desta etapa, não tem como se esquecer da antológica ultrapassagem de Nelson Piquet na primeira edição em 1986. Segundo, as três primeiras edições do GP Húngaro foram vencidas por brasileiros. Bons tempo$ heim... E, terceiro, foi na Hungria, em 2009, que Massa foi atingido por uma mola na cabeça. E desde este acidente ele não venceu na F1.
Discurso. Hamilton, depois de conquistar sua terceira pole na temporada em Hungaroring, usou um discurso parecido com o que tinha feito na Alemanha, mais ou menos assim: “Acho muito difícil vencer a corrida amanhã”. Se na Alemanha ele sabia que seu carro era o maior devorador de pneus do Grid, na Hungria ele sabia como os novos compostos se comportariam no decorrer de uma corrida com o asfalto a mais de 45 graus. Isso porque a Mercedes foi proibida de participar dos testes em Silverstone.
Com a faca nos dentes. Ninguém pode dizer que Hamilton venceu esta etapa por sorte ou por ajuda de outros. É bem verdade que as doze voltas que Vettel ficou atrás de Button ajudou muito o inglesinho. Acontece que Hamilton depois de sua primeira troca também saiu atrás do Button, assim como o Vettel, três voltas depois. Só que Lewis não deixou a McLaren muito tempo na sua frente, e depois, mais três voltas ultrapassou Webber.
O piloto da Mercedes contrariando a lenda de que Hungaroring é quase tão difícil de ultrapassar quanto Mônaco, realizou algumas, dignas de nota. Deu uma aula aos demais. Assim como Vettel, Grosjean e Webber também não conseguiram realizar ultrapassagens na hora em que mais precisavam.
Involuntário. Jenson Button com a McLaren de 2013 até que fez uma boa prova. Mais pela tática do que pelo desempenho do carro. O ex-campeão tinha um ritmo bem abaixo das Mercedes, Red Bull e até mesmo da Ferrari. Button não ajudou Lewis, voluntariamente, ele fazia sua corrida e Vettel é que tinha a obrigação de ultrapassá-lo. Tinha um carro sabidamente melhor e também com pneus novos quando encostou na McLaren. Faltou ao alemão aquele ímpeto do Hamilton que neste quesito nos lembra muito o Senna. Não perde tempo atrás de carros lentos.
Sina. Romain Grosjean estava demais neste fim de semana, fez o terceiro tempo na classificação e o manteve na primeira passagem e chegou a dar um calor no Vettel. Inexplicavelmente seus pneus da primeira troca duraram pouco e depois sofreu um drive tru daqueles que só acontecem com ele. Só pode ser pela fama, pois sua manobra foi limpa. E ficou apenas nisso. Após a corrida, os comissários aplicaram uma penalização de 20 segundos ao piloto, que mesmo assim ainda ficou com o sexto posto. Ele chegou 21,5 segundos à frente do sétimo, Button. Na verdade, os comissários estragaram sua corrida.
Por outro lado. Já o Kimi não tem muito do que reclamar, chegou ao segundo posto, com apenas duas trocas de pneus. Da turma da frente foi o único. Aliás, Kimi é mesmo único em muitas coisas. Na verdade, quase todos do paddock esperavam uma vitória da dupla Kimi-Lotus. Mas, enquanto eles não conseguirem ir bem na classificação, vão ter uma vida dura ao final das corridas. Mais uma vez, a dupla não conseguiu o feito da Austrália. Ao menos Räikkönen terminou na gente do Vettel. Esta foi a quinta vez que Kimi faz um segundo posto nesta pista. É o recordista.
Cara feia. A expressão de Sebastian Vettel no pódio mostrava claramente que ele não fica feliz quando não está no lugar mais alto. Pelo jeito, ele não sabe perder. Vettel disse que depois de um toque no Button, sua asa dianteira ficou danificada e isso atrapalhou seu desempenho no decorrer da etapa. Já seu companheiro de equipe também não tem do comemorar. Seu carro na classificação, mais uma vez, apresentou falhas no Kers. Estranhamente só o carro dele é que apresenta defeitos.
Alerta vermelho. Após duas provas sem um carro vermelho chegar ao pódio, acendeu o sinal em Maranello. E começou um puxa e rasga entre o piloto número um e a equipe. Alonso vem reclamando que não tem um carro para lutar pela vitória há algum tempo. Mas a esquadra italiana resolveu disciplinar seu piloto que foi repreendido por suas declarações. Algo de diferente está para acontecer e não deve demorar muito. Aguarde.
Felicidades!