GP da Hungria foi uma chatice

Como esperado, o GP da Hungria foi uma chatice só. E, como comentamos anteriormente, o novo carro da McLaren é o bicho do momento. Lewis Hamilton liderou todos os treinos e fez a pole. Como é de costume no traçado húngaro, o pole venceu. Se na etapa anterior não houve disputa pela ponta, nas outras posições houve muitas disputas. O que não aconteceu no Kartódromo de Hungaroring.

Destino. Hamilton é o melhor braço da F-1, mas falta-lhe cérebro e sua equipe, vira e mexe, atrapalha-o em alguns  pit stops, mesmo sendo a mais eficiente nas trocas da F-1 em 2012. As coisas só dão certo para o lado dele quando o assunto depende apenas de acelerar. Quando tem que usar o cérebro, ele fica atrás. E seu arquirrival se destaca: Alonso. Hamilton, de retardatário atrevido da etapa passada, foi o rei da Hungria. Situação estranha para a equipe McLaren, que ainda não renovou seu contrato.

Berço. A McLaren, equipe que criou e bancou a carreira de Hamilton e que dispensou um bicampeão mundial chamado Alonso em favor de sua cria, agora, em tempos economicamente difíceis, apela para a consciência de seu pupilo para que aceite um contrato onde seu salário reduziria algo em torno de 40%. Hamilton reluta, porém não existe vaga em outro time de ponta. Ponto para a equipe até o momento.

Corrida. Não há muito para comentar sobre esta etapa, a não ser o desempenho do Kimi Räikkönen, que mesmo sem realizar ultrapassagens físicas, conseguiu o segundo posto. Tendo largado do quinto, era o sexto, atrás do Alonso, ao final da primeira volta. O segredo foi economizar os pneus quando era bloqueado pelo Alonso e depois de ter pista livre acelerou muito. E assim conquistou posições na pista, mesmo sem ultrapassar ninguém, fazendo voltas rápidas em cima de voltas rápidas.

Enganos. Webber e Senna fizeram uma ótima largada, mas no desenvolver da etapa não conseguiram evoluir. O mais estranho foi a tática dos taurinos com Webber. Com uma parada a dez voltas do final, que só o fez perder uma posição. Isso por conta do traçado. Webber, mesmo com pneus novos, não conseguia ultrapassar Senna. Do mesmo mal sofreu Button e até o sortudo do Alonso se deu mal depois de sua primeira troca, ao sair atrás do Perez e demorou para superá-lo, assim perdendo sua posição para Vettel quando este fez sua troca de pneus. Além de Räikkönen, Vettel ganhou posições aliando tática com velocidade.

Ficção. A Lótus demonstrou, nesta etapa, que sua vitória está por pouco. Com Eric Boullier no comando, a equipe já passou da hora de vencer. Basta o Kimi se classificar melhor e fazer uma corrida como tem feito nas últimas etapas. Se o Iceman conseguir classificar seu carro na primeira ou segunda fila, vai ser difícil alguém tomar o caneco dele. Já Grosjean, apesar de rápido, ainda não tem consistência em corrida. Se pudesse, Grosjean disfarçadamente se classificaria no carro de Räikkönen.

Os nossos. Senna e Massa chegaram aos pontos. Massa, mais uma vez, ficou devendo. Nesta pista, a posição de largada conta muito. O brasileiro começou o fim de semana andando bem e chegou a ficar na frente de seu companheiro de equipe. No entanto, na classificação, Alonso, como sempre, conseguiu ser mais eficiente. Mas onde a largada é crucial, Massa, que normalmente tem largado bem, justamente desta feita largou mal e não se recuperou. Senna fez sua melhor apresentação em 2012. Largou bem e soube manter sua posição. Já o companheiro de Senna, “Mal danado”, mais uma vez, aprontou e foi penalizado.

Descanso. O circo da F-1 para por um mês. A próxima etapa será em 2 de setembro, na magnífica pista de Spa Francorchamps. Alonso vai curtir sua vantagem de 40 pontos sobre Webber, o vice da tabela. Até o quinto colocado da tabela, Kimi, estão todos embolados. Massa não deve ter aquelas férias, pois ainda não teve seu contrato renovado. Se for renovado, o salário dele será baixo.

Felicidades a todos!