Invasão em peso para celebrar com Leclerc uma vitória inesperada (Foto/Divulgação)
Vimos uma surpreendente vitória da equipe da casa no GP de Monza. Quando todos e mais alguns esperavam uma dobradinha da equipe do mamão papaia, (McLaren) Leclerc para alegria geral da nação Ferrarista/Italiana venceu uma etapa onde numa das mais otimistas hipóteses se deveria esperar apenas o degrau inferior do pódio. Uma vez que ele largou do quarto posto e tinha a sua frente os Papaias e a Mercedes de Russell. Lembrando que a equipe alemã comandou o segundo e o terceiro treinos livres.
Imitação
A Ferrari já havia utilizado essa tática de apenas uma parada em Zandvoort, onde os carros vermelhos foram mal na classificação. E na corrida se deram bem com a tática de apenas uma troca de pneus. Leclerc foi ao pódio depois de largar de sexto. Sainz Jr. largou de decimo e finalizou em quinto. Porém na Holanda a Pirelli forneceu sua gama de pneus mais duros, (C1, C2, C3) e em Monza os pneus foram os da gama macia (C3, C4, C5). O que teoricamente prejudicaria esse tipo de tática.
A quase vitória de Russell na Bélgica aparentemente inspirou os maiores consumidores de massa dos boxes da F1. Essa vitória em casa da equipe vermelha só foi possível devido a tocada excepcional do piloto do carro 16 que soube como poucos dirigir rápido sem degradar seus pneus. Lembrando que ele realizou sua troca na volta quinze de um total de cinquenta três. Coincidentemente Piastri tentou alcançar Leclerc em Zandvoort e Monza.
Zica
Norris fez a pole e tinha seu companheiro de equipe na segunda posição como possível escudeiro. Oitenta por cento dos aficionados da categoria temiam outra péssima largada de Norris. Mas o inglesinho largou bem e teve a assistência de Piastri nos metros iniciais, ajuda essa que resultou com Russell indo para a área de escape da primeira chicane, após colocar duas rodas na grama para não se chocar com Piastri. isso na tomada da primeira curva da etapa.
Inesperado
Norris enfim largou bem, porém deixou para frear tarde na aproximação da primeira perna da chicane e assim saiu mal da segunda perna e foi surpreendido com um ataque de Piastri na tomada da curva três. O inglês aliviou para não tocar com companheiro, afinal não haviam completado nem a metade da primeira volta. Piastri finalizou no segundo posto com Norris em terceiro. E novamente não houve aquelas desagradáveis ordens de equipe, para troca de posição. São as normas na equipe, segundo o chefe da equipe (Stella). Lutem, deem espaço um para o outro e tragam os carros inteiros de volta.
Ante esportistas
Uma grande parte da mídia vem criticando a McLaren por não intervir nos resultados a favor de Norris nos embates com Piastri. Não é compreensível essa atitude da mídia, principalmente a inglesa, uma vez que deviam elogiar a equipe por manter o esporte acima dos interesses próprios.
Quando víamos Barrichello sofrer com ordens da Ferrari para favorecer o alemão todos odiavam e descascavam a Ferrari. Na era Vetell, a Red Bull o favorecia em desfavor de Webber e a mídia condenava. um salve para McLaren por ser honesta com o esporte. Espero que não nunca mudem de ideia.
Marcha ré
A equipe taurina viveu um dos piores finais de semana dos últimos tempos em Monza. Max se classificou em sétimo e Perez em oitavo e com um tempo muito próximo ao de Verstappen. Algo nada comum. Max não consegue uma vitória desde o GP da Áustria. Apesar de não vencer conseguia ficar à frente de Norris até o GP da Hungria, onde fez um quinto e Norris foi segundo.
Na Bélgica Norris venceu e Max foi segundo E agora em Monza, Norris conseguiu foi terceiro e Max apenas sexto, graças ao infortúnio de Russell no início da etapa. Algo inimaginável até outro dia. A diferença de Max para Norris caiu para sessenta e dois pontos.
Interrogação
McLaren, Mercedes e Ferrari evoluíram bem. Mas acho estranho o RB 20 ficar tão ruim assim. Alguns que se dizem entendidos afirmam que a saída de Newey é a causa. Já outros afirmam que Adrian não participou ativamente no Projeto RB20. Já que ele se ocupava do desenvolvimento carro esportivo da Red Bull, RB17.
Direção inversa
O ruim de tudo foi a equipe abandonar o desenvolvimento do RB19, o maior vencedor de todos os tempos, e projetar o RB20 se inspirando em alguns conceitos da finada W14 da Mercedes. Um carro que os alemães nunca conseguiram torná-lo vencedor apesar do grande esforço e teimosia.
*Segundo o chefe de equipe dos taurinos (Horner), ele foi pressionado por Domenicali a diminuir o ritmo no início da temporada, para não prejudicar os negócios da Liberty Media. E agora se vê diante de uma McLaren tão dominante quanto a Red Bull de outro dia. Se assim for, esse RB20 manco de Monza e de corridas recentes seria apenas uma jogada comercial. Nos próximos dois GPs certamente os taurinos irão mal e a grande virada, ou melhor, uma disputa mais parelha seria somente a partir do GP de Austin.
