A 16ª etapa do mundial de F1 foi marcada por várias comemorações. O centenário do circuito de Monza, para os italianos, é glorioso; considerado como o templo do automobilismo. A Pirelli comemorou seu aniversário de 150 anos. A Ferrari foi de amarelo em homenagem a sua terra natal, Maranello, comemorando seus 75 anos.
*Para nós, brasileiros, Monza sempre foi um circuito onde nossos pilotos se deram bem. Emerson Fittipaldi conquistou seu primeiro campeonato mundial de F1 em setembro de 1972, há 50 anos, em Monza. E ainda fomos brindados, neste final de semana, em Monza com a conquista do título na Fórmula 2 por Drugovich, numa equipe média, uma senhora conquista. O último título de um brasileiro na categoria pré F1 foi em 2000, com o mineiro Bruno Junqueira. Na época, a categoria tinha outra denominação, a Fórmula 3000.
Disparado. Já Max Verstappen comemorou seu primeiro pódio em Monza. Desde que entrou na F1, em 2015, o holandês nunca se deu bem no circuito italiano. Esse pódio veio no degrau superior, engatando, assim, sua 5ª vitória seguida. O conjunto Verstappen e a equipe Red Bull se tornaram um par perfeito no decorrer desse campeonato. Velocidade e estratégias nocauteantes que não dêem chances à concorrência.
Atrás do morro. Enxergar atrás da montanha é um termo usado por nossos antepassados. Porém, foi isso que a Red Bull fez neste final de semana em Monza. A equipe taurina e outras decidiram trocar componentes, que nesta altura do campeonato geram punições, neste traçado, já que este oferece boas chances de recuperação de posições. Max foi penalizado com 5 posições e largou de P7.
*A grande tacada foi a configuração aerodinâmica usada para vencer. A equipe testou com pouca asa na sexta-feira, como todos fazem, e no sábado usaram o contrário. Sabendo que não largaria na ponta, optaram por carregar na carga aerodinâmica e, assim, ser rápido também no setor 2, o que faria gastar menos pneus e ainda ter maior eficiência no trenzinho do DRS.
Peso. Lembrando que a RB 18 é, desde as primeiras etapas, a melhor em velocidade nas retas. Porém, a deficiência do carro era o peso. Desde o início da temporada, a equipe se empenhou para implementar uma dieta rigorosa e, agora, vem mostrando bons resultados. Desde a Hungria, a RB 18 se mostrou veloz com muita ou pouca carga. Resultado dessa dieta implacável realizada pela equipe. E pensar que ainda não atingiram o peso mínimo.
Ressaca. A pole de Leclerc, no sábado, proporcionou aos tifosis sonharem com a glória no domingo. Na corrida, o piloto de Mônaco fez o que pôde, largou bem e se manteve na ponta. Atrás, vinha a dupla Vespa/RB18 superando todos. O Box italiano percebeu que não tinha velocidade para lutar com o inimigo. Quando foi acionado o SC Virtual, na 12ª volta, mandaram o carro 16 para os boxes. Os taurinos não precisavam disso e permaneceram na pista, parando somente na 25ª volta. Demonstrando que faria apenas uma parada.
Leclerc realizou sua segunda troca no giro 33, retornando à pista sem condições de alcançar seu principal oponente.
Zica. A corrida de Monza nos proporcionou resultados surpreendentes nos 2 anos anteriores. Em 2020 a surpresa foi a vitória de Gasly e, em 2021, a vitória de Ricciardo. Dois azarões nas casas de apostas. Gasly, na mesma corrida em 2021, abandonou. Agora, o vencedor de 2021 abandonou no terço final. Vamos aguardar e esperar ano que vem para ver se Max põe fim à sina ou dará sequência.
Demorou. A entrada do carro de segurança no terço final de uma etapa sempre aquece as disputas, e muitas vezes inverte o resultado que era esperado até ali. Desta vez, isso não aconteceu. O que houve foi um conjunto de erros da turminha da torre de controle. Até Safety Car fantasma existiu, culminando numa final sem disputas e que não agradou ao vencedor, perdedores, público, profissionais de mídia nem à imprensa.
