REGINALDO LEITE

GP da Rússia – Um GP bem russo

A mídia especializada, acostumada a viajar pelos quatro cantos do mundo, nunca foi tão fiscalizada(Leia mais...)

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 18/10/2014 às 10:42Atualizado em 17/12/2022 às 03:09
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 GP da Rússia – Um GP bem russo

Essa etapa da Rússia foi marcante em detalhes extrapista. Primeiro, raramente vimos a ilustre presença de Sir Verme Ecclestone no final de uma corrida. Voltaremos nesse assunto. Mas o que mais marcou essa etapa foi a comoção pelo companheiro Jules Bianchi. Todos integrantes do circo estavam pensando e rezando pelo francês.

Mais. Outro detalhe foi a preocupação com a segurança por parte do estafe russo. A mídia especializada, acostumada a viajar pelos quatro cantos do mundo, nunca foi tão fiscalizada. Até pilotos e integrantes de equipe foram obrigados passar por procedimentos exigidos. Até aparelhos de raios-X e busca pessoal. Como nunca passaram por isso, muitos acharam tudo um grande exagero. Porém, segurança nunca é demais, ainda mais em solo russo. Onde a situação é bem complicada.

Triste realidade.

Mas o que mais nos interessa é o esporte, e não essas situações extrapista. A etapa de Sochi foi meio que à parte. Primeiro, o cenário é lindo. A pista proporciona um belo visual. E um piso muito liso e que gasta pouco os pneus. E ainda os russos nos deram uma boa lição, enquanto nossos políticos cariocas desmancharam o melhor autódromo da América Latina, com desculpa de criar um centro olímpico, a turma da vodca construiu um autódromo no meio de um já consagrado centro olímpico.

Fator determinante.

O fator marcante para todas as equipes foi o baixo consumo de borracha deste circuito. Porém, os italianos que fornecem os pneus foram muito precavidos. Exageraram na segurança e levaram compostos errados para esta etapa. Mas devem ser perdoados por essa ter sido a primeira vez que o circo correu nesta pista. Por outro, prometem um novo erro para a etapa de Interlagos. Massa e Alonso manifestaram sobre o equívoco dos italianos responsáveis pela parte borrachorica; (palavra nova, inventada pela alta estupidez dos criadores deste erro técnico para Interlagos).

Corrida. Comentei sobre vários assuntos e não escrevi nada da corrida. Apesar do belo cenário e do piso perfeito, a corrida da Rússia foi das mais fraquinhas e sem grandes disputas ou emoções para quem pagou o ingresso e ou ainda quem perdeu seu tempo para assistir a essa corrida. Lewis ganhou e contou com a ajuda de seu principal rival pela briga do título, Nico, que deu bela fritada nos pneus macarrônicos na entrada da segunda curva. Foi para área de escape e terminou a manobra na frente de Lewis. Porém, foi advertido pela equipe a devolver a posição. Com essa fritada, ela quadrou seus pneus e foi obrigado a ir aos boxes para realizar uma troca por chicletes novos.

Inesperado. Essa parada foi o tchan da corrida. Nico largou com pneus macios e na troca partiu para os duros. Ao mesmo tempo, Massa, que largava do décimo oitavo posto com os duros, trocou pelos macios. Os dois vinham ganhando posições e ultrapassando quem estava pela frente, até que Massa encontrou seu algoz, o Tequila Man, na sua frente. Nico já tinha superado o mexicano sem muito trabalho. Nosso representante parece que trava quando tem Perez pela sua frente. E foi aí que a corrida do brasileiro começou a desandar. E Nico foi ultrapassando quem estava pela sua frente.

Travou. E ao mesmo tempo alguns concorrentes iam realizando suas paradas. Para nossa alegria, mesmo sem ter o desempenho do alemão, Massa ia bem, pois Perez teve que fazer seu pit. Massa continuou bem, até para o espanto de quase todos, entrou nos boxes fez uma troca, voltou com macios. Mas, ao sair dos boxes, Massa encontrou Perez novamente em sua frente. E aí ficou até o final. Quando Perez ultrapassava algum, Massa também ultrapassava. Mas não deu conta do mexicano e acabou com o décimo primeiro posto. E zero ponto. Enquanto Bottas marcou quinze pontos e chegou ao final colado em Nico.

Surpreendente. Nico conseguiu fazer cinquenta e duas voltas com um jogo de pneus. E isso deixou a turma da Williams surpresa. Pois todos na equipe acreditavam que Nico perderia desempenho nas últimas voltas e assim Bottas levaria o segundo posto. As McLarens foram bem novamente. Button, assim como no Japão, guiou muito. Na Red Bull, Ricciardo mais uma vez levou a melhor sobre Vettel. Na equipe vermelha, a situação voltou ao normal: Alonso ficou com o sexto e Kimi em nono.

Uma ótima semana!

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