A segunda etapa da F1 2021 foi eletrizante. E não tinha como ser diferente, largada com pista molhada é sempre sinônimo de corrida emocionante. E assim foi, a etapa teve como ingredientes principais: Safety - Car e bandeira vermelha. A tônica das emoções.
SURPRESAS. As surpresas começaram na classificação. A sexta-feira foi meio que normal, a Mercedes com Bottas dominante. O finlandês é líder constante nos treinos iniciais. No TL2 ele e Lewis repetiram o resultado. Com Gasly em terceiro, sendo que o mesmo havia conquistado o quarto posto no TL1. As surpresas eram Gasly bem colocado e Max agonizando com falhas mecânicas no TL2. Perez se envolveu num toque com Ocon e perdeu tempo no TL1. Um domínio taurino, tão esperado, não aconteceu na sexta-feira.
SABADOU. No TL3, vimos que os taurinos superaram suas deficiências e mostraram sua eficiência tão esperada pelos fãs do esporte. Max finalizou com primeiro posto. Neste treino, Lewis foi o terceiro com mais meio segundo de desvantagem para Verstappen. A grande surpresa foi o segundo posto de Lando Norris. Perez fez o quarto tempo.
CLASSIFICAÇÃO. Vimos uma ótima disputa entre Mercedes, Red Bull e até uma McLaren nos instantes finais. Na primeira rodada do Q3 a ordem foi Lewis com 1:14.411, Max, Perez, Norris e Leclerc. O final da classificação foi meio anormal. Lewis foi o pole com o tempo que havia conseguido na primeira rodada. Perez foi segundo com Max em terceiro.
Os três; Max, Perez e Lewis erraram em algum momento das suas últimas tentativas do Q3. Leclerc, Gasly e Ricciardo completaram os seis melhores tempos. O segundo posto foi de Norris, porém sua volta foi deletada e ele finalizou em P7. Perez na frente de Max foi marcante.
FARO FINO. Ao final da classificação vimos alguns detalhes chamativos. Daniel foi sexto, uma posição à frente de Norris, que andou o final de semana inteiro na frente do australiano. Sainz Jr acabou em décimo primeiro, enquanto seu parceiro foi quarto. Um estranho oitavo para Bottas. Ocon (9º) e Stroll (10º) ficaram na frente de seus respectivos companheiros famosos e multicampeões: Vettel (13º) e Alonso (15º).
DIFERENTE. No domingo, fora a chuva fina, o destaque foi ver duas Red Bull contra uma Mercedes nas posições principais. O contrário do que estávamos acostumados a ver nos últimos tempos. O normal era Lewis e Bottas contra Max na disputa pelas três primeiras posições.
FOGUETE. Ao apagar das luzes da largada, Max faz uma largada perfeita e, de terceiro, emparelha com Lewis saindo na frente após três curvas, com direito a uma bela espremida no inglês, um lance que é considerado como normal por muitos, abrir a curva e não deixar espaço para o oponente. O experiente Lewis sabiamente aliviou para não abandonar logo nos metros inicias. Porém, saiu da manobra com um pequeno dano na asa dianteira. A partir daí, Max não deixou a ponta e venceu com certa tranquilidade.
DE CARA. Logo na segunda volta o Safety Car foi acionado. (E este era a AMG de sempre, porém vestida de vermelho Ferrari ficou muito bonita). Mazepin e Latifi se estranharam e o último terminou no muro. Nesse momento a ordem era Max, Lewis, Leclerc, Perez e Gasly.
A corrida pode ser dividida em duas: uma parte com pista molhada e outra com um trilho seco bem acentuado. Depois da relargada Max foi abrindo. Hamilton tentou buscar Verstappen ao final da primeira metade e aí vimos uma cena rara, uma escapada de Lewis e uma estranha manobra de ré no meio da caixa de brita. Esse erro danificou a asa dianteira. Sua corrida estava comprometida depois disso. No entanto, a sorte é parceira do inglês.
STRIKE. Momentos após Lewis conseguir se safar da brita, Russell realizou um strike, destruindo sua Williams e a Mercedes de Bottas, e ainda partiu para cima do finlandês achando que tinha razão. Posteriormente se desculpou com Bottas. Falando em Bottas, foi muito estranho o desempenho dele neste final de semana.
RED. Esse entrevero culminou numa bandeira vermelha. Situação que salvou a corrida até então perdida para Lewis. A interrupção durou cerca de trinta minutos. Vimos um Lewis cabisbaixo e pensativo nesse intervalo da bandeira vermelha.
ESCALANDO. A corrida foi reiniciada com Lewis partindo do nono posto. E a partir de então, ele atacou com força e foi superando seus oponentes até chegar ao segundo posto. Max não estava ao seu alcance e assim, o que restava para ele era esse segundo lugar que na verdade, caiu do céu. Mas, ele ainda foi atrás do pontinho da melhor volta, e conseguiu faltando duas voltas para o final, o que manteve sua posição de líder do campeonato.
UNZINHO. Na tabela do mundial, Lewis lidera com 44 pontos, número de seu carro, e Max vem em segundo com 43. O terceiro é Norris, com 27. Na sequência temos Leclerc, com 20, Bottas 16 e Sainz Jr e Ricciardo com 14 pontos.
POSITIVO. Vimos um piloto se superar em Imola: Lando Norris (FOTO ACIMA). Ele fez um grande trabalho nos treinos de sábado e realizou uma bela corrida. Largou em sétimo, caiu para décimo, e foi se recuperando com ótimas manobras de ultrapassagens. Terminou em terceiro depois da recuperação de Lewis.
NEGATIVO. Sergio Perez estava no céu ao término da classificação no sábado. Já no fim da etapa de domingo, sua situação era o oposto. Largou em segundo e terminou sem marcar pontos. Rodou atrás do Safety Car e depois foi punido. E o pior: ter um ser como “Helmut Marko” na sua cola, que já tinha criticado o mexicano após o acidente com Ocon no TL1.
NEGATIVO 2º. O Bottas que pilotou em Imola, nem de longe parece com aquele que conhecemos. Espero que ele se recupere na próxima. A tática da Alpha Tauri (manter pneus de chuva na primeira parte da etapa) com Gasly, o fez despencar na tabela. E quando resolveram colocar os pneus intermediários, já estava quase na hora de usar os pneus para pista seca.