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A sétima etapa da F1 2022, ao contrário do normal, foi uma corrida cheia de diversidades, um pouco fora da curva quando se trata de Mônaco. Vimos de tudo um pouco, muita chuva, largada adiada, corrida se iniciando sob regime de Safety Car, pilotos beijando o Guard Rail ainda atrás do carro de segurança, acidente forte, bandeira vermelha e uma ótima virada tática da equipe taurina para cima dos vermelhos que comandaram a classificação. Virada essa que não aconteceu na pista e sim na estratégia de paradas de Box.
Contatos. Após duas voltas atrás do carro de segurança, a corrida se inicia na terceira volta. A turma da frente estava comportada e sem mudanças. Gasly, já na segunda volta, vai aos boxes e sai calçado com os intermediários. Duas voltas depois, Mike Schumacher também sai de intermediários e, logo após, Vettel e Tsunoda aderem à essa tática. Latifi e Stroll já acumulavam duas trocas nesse início, porém era muito cedo para esses pneus e eles sofreram muito nas voltas iniciais. Mas se deram bem depois da décima volta.
Santo. Na turma da frente a procissão seguia e era comandada por São Leclerc, munido de seu manto vermelho e comportadamente seguido de Sainz Jr, Perez, Max e Norris, o Top 5 desde a largada. Na volta 10, Leclerc somava 4,5 seg. de vantagem para Sainz Jr. e era autor da melhor volta e Gasly, de pneus intermediários, era dono da segunda melhor. Duas voltas após, superaria Zhou e um pouco depois Ricciardo, isso tudo na pista. Já na volta 12, era o autor da melhor volta. No entanto, ocupava apenas a 12ª posição.
A tranquilidade no pelotão dianteiro começa a mudar quando Perez faz sua troca na volta 16 e volta em 5º, atrás de Norris, que, uma volta depois, faria sua troca. Na volta 18, Leclerc e Max realizam suas paradas e saem de intermediários, voltando em 3º e 4º, respectivamente. Sainz Jr era líder, seguido de Perez. Sainz Jr ainda sem parar e Perez com pneus novos faz a melhor volta até ali e estava a apenas 7,5 seg. do hispânico.
Reviravolta. Ao final da 21ª volta, a Ferrari chama Sainz Jr e Leclerc juntos para os boxes para colocar pneus duros e acabava ai o sonho de Leclerc de vencer em casa. Leclerc volta com Norris entre ele e Sainz Jr. Perez era líder, seguido de Max. Ambos ainda calçados de intermediários. Na volta seguinte, a Red Bull chama Perez e Max para uma parada dupla. Ao sair do box, Perez assume a liderança, seguido de Sainz Jr. e Max. Leclerc veio colado em Max quando este saiu do Box. Russel assume o 5º posto com a 2ª parada de Norris.
Crash. A corrida seguia normalmente até Mike rodar na saída do S da piscina e partir sua Hass em dois. Magnussen havia abandonado uma volta antes e assim a Hass fica fora dos pontos outra vez, agora com um senhor prejuízo, maior que o de Jedá, na conta de Mike. Após a colisão, seguiu-se o procedimento normal, Safety virtual, Safety físico e bandeira Vermelha.
Depois de alguns minutos, a etapa foi reiniciada com Perez liderando seguido de Sainz Jr., Max, Leclerc e Russell. Na sequência vinham Norris, Alonso, Lewis, Ocon e Bottas. E esse
seria o resultado final com a corrida se encerrando na volta 61, por conta do regulamento que diz que uma etapa não pode ultrapassar 3 horas de transmissão desde a hora da largada oficial. Ocon foi penalizado por se defender de Lewis e ficou apenas com o 12º posto. Bottas herdou a P9 e Vettel a P10.
Eles. Os comissários até que vinham se comportando neste início de temporada, no entanto neste final de semana resolveram entrar em cena. Ocon foi penalizado por um toque que sofreu de Lewis, quando este tentou realizar uma ultrapassagem meio que otimista. O francês deveria é ser parabenizado por ter conseguido controlar seu carro naquela situação. E para fechar com chave de ouro eles não penalizaram Max por pisar na faixa na saída dos boxes.
Diferente. Depois de reclamar muito sobre a situação vivida no GP da Espanha, Perez realizou um ótimo final de semana. Nos dois treinos de sexta-feira ficou à frente de Max, no primeiro treino de sábado no fechou em primeiro, enquanto Max ficou apenas em quarto, e na classificação bateu Max novamente. Largou de P3 e Verstappen ao seu lado, na P4.
E, estranhamente, na primeira parte da corrida não recebeu ordens de ceder sua posição. Após a etapa, vimos uma conversa de Perez e Horner, na qual o mexicano comentou que havia assinado sua renovação muito cedo, dando a entender que se fosse após o final de semana de Mônaco, ele valeria mais. Realmente foi um final de semana diferente esse de Mônaco.
Nervoso. Verstappen não parecia feliz no final da classificação, já que não conseguiu realizar sua última tentativa. E chegou a confessar para os mais próximos que achava muito estranho aquele acidente de Perez e Sainz Jr. Também vimos cenas dele descendo de seu carro e ignorando seu grande apoiador, Marko. Já após a corrida, na entrevista de praxe, disse que foi um bom final de semana, pois havia aumentando sua diferença para Leclerc, mesmo largando de quarto. Porém, seu comportamento e expressão corporal não demostravam isso no pódio, tendo em vista que não combinavam com suas palavras ditas anteriormente para TV.
Inconformado. O piloto hispânico da equipe vermelha era outro que não estava muito feliz. Antes das comemorações do pódio, falava para Verstappen que havia pegado trafego ao sair dos boxes (1 Williams) e que esta o fez perder tempo. Lembrando que ele foi o único dos ponteiros que realizou apenas uma parada, enquanto os demais fizeram duas. Leclerc foi quem mais perdeu neste final semana. Tinha carro e braço para vencer e nem foi ao pódio. Pelo menos quebrou a escrita de nunca terminar uma corrida em casa. (Em todas as categorias).
Surra. Na Mercedes tudo continua igual. Nas ruas do principado, seu bólido voltou a ser a terceira força, longe de touros e Ferrari. Situação que já era esperada, devido ao desempenho demonstrado no último setor da pista espanhola. E, baseando-se também em Barcelona, o carro alemão deve se dar bem melhor no Azerbaijão. Com aquela retinha de 1,5 km. No mundial de pilotos Russell é P4 com 84 pts. Lewis P6 com 50. Nos construtores P3 com 134.
Já no topo da tabela, vemos Max com 125, Leclerc com 116 e Perez encostando com 110 pontos.
No mundial de construtores a Red Bull vai abrindo uma boa vantagem de 235 pontos enquanto a Ferrari marca 199.