REGINALDO LEITE

GP de Monza

F1 volta no emblemático circuito de Monza, onde os brasileiros sempre se deram bem

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 05/09/2015 às 09:43Atualizado em 16/12/2022 às 22:25
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 Uma aula molhada

O mundial de motos realizou mais uma etapa no domingo passado. Estranhamente as categorias preliminares, Moto 3 e Moto 2, sempre foram as que nos ofereciam mais emoções e seus campeonatos sempre eram decididos nas etapas finais.

Mudança. Em 2015  tudo mudou: a disputadíssima Moto 3 praticamente já tem seu campeão (Kent) e, na Moto 2 (Zarco), a situação não é diferente. O que pode reverter essa situação é que são campeonatos de motos e um tombo acompanhado de uma fratura poderia mudar tudo em questão de segundos. Mas, se prevalecer a lógica, os ponteiros serão campeões.

Inverso. E a categoria rainha, a Moto GP, que nos últimos anos foi um pouco menos disputada, neste ano é a mais disputada. Para exemplificar, na etapa passada os dois ponteiros chegaram à Silverstone empatados nos pontos, porém Lorenzo era líder por ter mais vitórias neste ano. 

Queridinho. Em solo real é comum as adversidades climáticas. E quem se deu bem foi o queridinho da torcida, Valentino Rossi. Mesmo em solo inglês ele tem mais torcida  que os nativos. The Doctor é uma lenda e o maior ídolo deste esporte. Como sempre, ele não foi dos mais eficientes na classificação, conseguindo o quarto posto. Mas muito superior que nas etapas passadas e na largada ele foi um pouco melhor do que sua média.

Domínio. Seu oponente direto e companheiro de equipe, Lorenzo, deu o tom na largada. E o pole Márquez não fez uma boa largada. Não demorou muito. Rossi era líder e tinha Márquez no seu vácuo. Enquanto isso muitos pilotos sofriam quedas nas posições inferiores. 

Doeu. Na décima segunda volta o hispânico da Honda sofreu uma senhora queda. Tão dolorida que ele nem fez menção de tentar pegar sua moto para voltar para a disputa, como sempre faz.  Aí tudo parecia lindo para o queridinho da torcida. Líder, com cinco segundos de vantagem para o segundo. E Lorenzo em sexto.

The Flash.Até apareceu um ser denominado por Danilo Petrucci, que foi mal na classificação, largou no décimo oitavo posto, enquanto seu companheiro de equipe, Yonny Hernández, conseguiu passar para o Q 2. Hernández ficou logo na primeira curva. Mas Petrucci foi escalando a tabela e, de repente, era o segundo colocado e começou a descontar a diferença que tinha sob a lenda.

Lembranças. Danilo Petrucci pilotou demais, correu com um modelo 2014, da Ducati, e superou seu patriota Dovizioso, que tem uma moto oficial atual. E mais: sua performance no molhado foi marcante e arrasadora. Lembrou-me o Senna, em Mônaco, em 1994. Um piloto com um equipamento inferior, driblando todos os grandes na chuva. Foi lindo!

Leão. Petrucci foi descontando a diferença até o momento em que Rossi demonstrou que não era um Prost, aumentou seu ritmo e venceu tranquilamente, mostrando que tinha reservas e as usou quando precisou. E aí a torcida explodiu de alegria e entusiasmo. Demais!

Neste final de semana teremos a F1 de volta e num dos mais emblemáticos circuitos do calendário, Autodromo Nazionale di Monza. Monza é um dos poucos que fazem parte do clubinho daqueles em que a F1 corre desde seu primeiro campeonato, em 1950. É uma pista de alta e os brasileiros sempre se deram bem por lá.

*Monza tem 5.793 metros e a corrida é realizada em cinquenta e três voltas, que resultam num total de 308,238 km/s. O recorde da pole e da melhor volta pertencem a Rubens Barrichello e são do ano de 200, quando o motor V10 imperava nas pistas.

3º treino - sábado 05/09 - 06:00h 

Classificação - sábado -   09:00h  

Corrida  - domingo  -      09:00h  

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