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A terceira etapa do calendário da F1 foi realizada no final da semana passada. Como era esperado, o incrível traçado nos proporcionou boas disputas, sendo a melhor deste ano. Vimos muitas brigas pelas posições intermediárias e pela ponta, culminado com a segunda vitória de Lewis e sua W12 negra nesta temporada.
1º TEMPO. Pessoalmente, esperava que o resultado fosse outro. Na classificação vimos Max fazer a melhor volta, no entanto, anulada pelos comissários. Assim a pole ficou para Bottas, Lewis ficou em segundo, Max com o terceiro posto e na sequência Perez e Sainz Jr. pela primeira vez na frente de Leclerc. Um surpreendente 6º de Ocon, seguido por Norris. E assim, Lewis não conseguiu sua pole de número 99.
Tudo indicava que Max teria condições de lutar pela ponta após ser o melhor em velocidade pura na classificação. Porém na corrida, não foi bem isso que aconteceu, e novamente Lewis conseguiu ser o melhor vencendo a etapa. Nada contra o inglês, pelo contrário, mas pelo esporte e a competitividade.
COMPORTADOS. A largada foi normal com os ponteiros mantendo suas posições. Ao término da segunda volta vimos um Safety car. O incrível Kimi Räikkönen, que realizou umas das melhores primeiras voltas da história em 2020, fez uma lambança ao término de sua segunda volta em 2021 enchendo a traseira da Alfa de seu companheiro de equipe, Giovanzzi, na grande reta. O tipo de situação que tira o sono de qualquer chefe de equipe.
REINÍCIO. A prova se reiniciou na volta 7. Bottas se manteve na ponta e Verstappen espertamente ultrapassou Hamilton, assegurando o segundo posto. Mas Hamilton não demorou muito para se entender com seu carro, e encontrou o equilíbrio e eficiência, ultrapassando Max quatro voltas depois.
MAIS UMA. Posteriormente, na vigésima volta, Lewis superou Bottas. É incrível como o inglês se adapta às situações de pistas adversas (pouca aderência dos pneus). Já Verstappen conseguiu ultrapassar Bottas na volta 37 logo após os trabalhos nos boxes dos dois. E assim foi até a bandeirada, acabando as disputas pelas três primeiras posições.
RESUMINDO. Não foi aquela senhora corrida que todos aguardavam, mas mesmo assim vimos muitas ultrapassagens no total.
OSSO DURO. A situação de Daniel Ricciardo na McLaren chama a atenção da maioria do paddock e dos fãs do esporte. É certo que o australiano é do ramo e já venceu muitos bons companheiros de equipe como Vettel e Max. Mas até aqui, Lando Norris tem massacrado o coringa do bem do Grid da F1. Certo é também que Hulkenberg dificultou a vida dele nos primeiros GPs na Renault, mas em seu segundo ano na equipe mostrou seu talento. Norris não é Hulkenberg e Ricciardo é Ricciardo. Acho que o australiano ainda vai mostrar serviço. Vai ensinar e aprender com Lando. Vai ser bom para os dois essa parceria na equipe laranja.
DIFERENTES. Sebastian Vettel teve um bom resultado, classificando-se para o Q3 pela primeira vez este ano com sua nova equipe, situação rara em 2020 com a máquina vermelha. De outro lado, vimos Alonso, outro ex-campeão, se dar mal na classificação (13) enquanto seu companheiro de equipe se manteve na P6, o que chamou a atenção de muitos e provocou muitos fuxicos na mídia.
Porém, na corrida, o hispânico conseguiu ser ultra eficiente e chegou uma posição atrás do companheiro de equipe, que largou sete posições à sua frente, fazendo uma ótima corrida.
ELES, SEMPRE ELES. Sem querer apelar, vejo que Verstappen nesta temporada, corre contra Lewis e sua poderosa equipe Mercedes e, de quebra, contra a turma que fica no alto da torre de cronometragem. Foi punido no Bahrein e agora em Portugal.
** O pior de tudo é que isso é o regulamento, hoje auxiliado pela tecnologia. Sensores ditam as regras hoje. Saudade dos tempos em que um piloto era valorizado pela sua audácia, perícia e capacidade de controlar o carro em condições extremas. Esse excesso de regras castra os que eram considerados sensacionais no passado.