REGINALDO LEITE

GP do Japão - O tri de dobradinhas taurinas

Reginaldo Baleia Leite
Reginaldo Leite
Publicado em 12/04/2024 às 09:04Atualizado em 12/04/2024 às 09:04
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A pequena Penélope foi o destaque das comemorações pós corrida (Foto/Reprodução)

O circuito japonês, de uns anos para cá, se tornou uma pista onde somente os carros dominantes de cada temporada vencem. Foi assim na era Mercedes (2014/2019), lembrando que em 2020 e 2021 não houve corridas no Japão devido à pandemia, e agora na nova era Red Bull. Na era primeira era Red Bull, Vettel venceu quatro etapas. Jenson Button, em 2011, foi a exceção, quando usou sua maior qualidade, a de pilotar tratando bem desgastar seus pneus.  

Meia boca
A etapa japonesa se destacou como a corrida com maior número de ultrapassagens dentre as quatro realizadas neste ano. Quarenta e três ultrapassagens, um número fraco se comparado ao movimentado GP da Holanda de 2023 aonde vimos cento doze ultrapassagens.  

Raridade
Desde que acompanho a F1, 1967, não me lembro de um início de campeonato como esse. Após as quatro primeiras etapas vimos quatro dobradinhas. Três da Red Bull e uma da Ferrari. Realmente algo raro essa situação. Sendo três de Max com Perez em segundo e uma de Sainz Jr. com Leclerc em segundo. O domínio taurino era esperado, para tristeza de muitos. Principalmente dos italianos e alguns torcedores fanáticos de alguns pilotos.      

Acordando
Nos dias sequentes à corrida da Austrália, a mídia e a imprensa italiana apostavam que os vermelhos realmente haviam conseguido encostar nos taurinos. Já Christian Horner, avisava que em pistas como da Austrália e Miami, a Ferrari tem algo a mais que a Red Bull, e citou que, se não fosse o Safety-Car, Leclerc venceria a etapa norte americana ano passado. Monza é outra pista que a equipe vermelha deve se dar bem. 

O resultado de Suzuka demonstrou que Horner estava certo. Singapura também deve ser um entrave na vida dos taurinos. A nova dobradinha de Max e Perez foi dolorida para quem ainda sonhava com uma disputa de Ferrari com Red Bull. 

Diminuiu
A bem da verdade, a Ferrari melhorou muito. Se comparamos os tempos do GP do Japão do ano passado com esse vemos que houve uma boa evolução. Em setembro do ano passado, na etapa japonesa, a diferença de Max, vencedor, e primeira Ferrari foi de 44 segundos. Já neste ano caiu para 20 segundos para Sainz Jr., o terceiro colocado. 

O desempenho dos cinco primeiros:

1º Max Verstappen. Novamente foi impecável e, desta feita, dominou desde os treinos, TL1 e TL2. Fez a pole, melhor volta e venceu sem ser incomodado em algum momento da etapa. Vale ressaltar que as atualizações do RB20 introduzidas no Japão fizeram mal para o psicológico dos adversários. 

2º Sergio Perez. Novamente cumpriu aquilo que a equipe espera dele, ao contrário de seu início do ano passado. Foi segundo na classificação e na corrida. Tomando pontos dos adversários. Mas, para variar, cometeu um erro durante a prova. Erro que a dupla da Ferrari cometeu no mesmo ponto. 

3º Sainz Jr. O hispânico faz sua melhor temporada na categoria até aqui. Nesta etapa, largou no quarto posto e finalizou em terceiro. Nas três etapas em que participou ganhou uma e foi terceiro nas demais. Não estando melhor na tabela pela perda de uma corrida, Arabia Saudita. 

4º Leclerc. O monegasco, acostumado a andar na frente do companheiro nesta temporada, não tem conseguido repetir esses resultados. Largou em oitavo e finalizou em quarto. Sendo eleito piloto do dia. Seu grande mérito foi conservar seus pneus médios por 26 voltas numa pista que judia da borracha, fazendo apenas uma parada. Leclerc tem quatro pontos de vantagem para o companheiro de equipe nas suas quatro participações. 

5º Norris. O inglês foi uma das surpresas da classificação, ao conseguir o terceiro posto do grid de largada, atrás apenas dos taurinos. Porém, no decorrer da etapa, sofreu com a estratégia da equipe, foi um dos primeiros a parar, dos ponteiros, na volta 11 e trocou novamente na 26, por ordem de sua equipe. O piloto questionou a ordem, mas obedeceu.  

* Como no ano passado, a equipe taurina tem o domínio total da categoria. A Ferrari melhorou muito em relação ao ano passado e é seguramente a segunda força pelo menos até aqui. A McLaren se posiciona como terceira força à frente da uma Mercedes perdida no desenvolvimento de carro. Estranho, porque é uma equipe com um ótimo estafe técnico.  

Choro
Por outro lado, vejo muitos reclamando que a categoria está sem graça. Após a classificação, vemos comentários do tipo, nem vou ver por que sei quem vai ganhar no final. Acho que esse é o tipo de choro sem fundamento ou de torcedor fanático por algum piloto. Essa categoria vive ciclos há tempos. Schumacher dominou por cinco temporadas, Vettel por quatro e Lewis por seis, todos em sequência. É certo que antes disso, década de 1990, víamos domínios, porém menores. 

Corujão
O GP da China no próximo final de semana 19/04 a 20/4, encerra a fase dos GP’s torturantes para os aficionados da categoria. Austrália, Japão e China todos de madrugada exige um sacrifício que só aqueles verdadeiros amantes da F1 conseguem realizar ou suportar. 

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