REGINALDO LEITE

Hungria, o GP da torcida

Esta etapa nos brindou com bons pegas e situações eletrizantes (Leia mais...)

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 02/08/2014 às 09:36Atualizado em 19/12/2022 às 06:36
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 Que corrida foi essa?! Emoções do começo ao fim. Esta etapa nos brindou com bons pegas e situações eletrizantes e foi daquelas que nos manteve de olhos grudados na TV do começo ao fim. A chuva forte antes da largada foi a chave do sucesso da prova. Em suma, foi gratificante para os que gostam deste esporte.

Diferente. E pensar que normalmente esta etapa é um marasmo total, onde a qualificação é tão importante que todos dão tudo de si no sábado. E somente em Mônaco é que os pilotos dão mais importância ao qualifying do que nesta etapa.

Superação. Teoricamente o nome da etapa deveria ser Lewis Hamilton. E ele tinha tudo para chegar a “ser supremo” desta etapa. Porém, apesar de largar dos boxes e ainda na primeira volta sofrer uma rodada e danificar minimamente sua asa dianteira esquerda, ele conseguiu, com braço e no desrespeito a sua equipe, ficar à frente de seu maior rival, Nico.

Falhou.  Mas na hora H, ele, apesar de ter um carro melhor do que 20 pilotos que estavam no grid, ele falhou e não conseguiu ultrapassar seu velho desafeto Alonso. É muito estranho... Tinha nas mãos o melhor carro, pneus mais inteiros e não conseguiu realizar uma ultrapassagem que, teoricamente, seria lógica. E para complicar, Ricciardo, com um carro reconhecidamente inferior, conseguiu passar por ele e também pelo Alonso, e, com o hispânico, realizou uma manobra de mestre.

Por entender. Como entender esses pilotos atuais? Hamilton vem sofrendo adversidades estranhas em seu carro, mas ainda conseguiu diminuir o prejuízo. Porém, essa de não conseguir ultrapassar o espanhol foi estranho. E aí aparece um jovem piloto, Ricciardo, que perdia para seu companheiro de equipe em algumas provas do ano passado. Foi guindado para a equipe principal por razões extrapista e começa a dar um show pra cima das velhas raposas.

Comparações. Como seria com Verme em um carro igual ao do ex-companheiro. Somente em um carro bom é que se pode medir o potencial de um bom piloto hoje. Mas como toda regra tem exceção, Julis Bianchi tem feito bonito em cima de uma Marussia. Esse é o esporte. Mas a equipe dominante desta temporada está tentando deixar o esporte de lado e anda fazendo tudo para favorecer o piloto que eles elegeram como favorito.

Vergonhoso. 

Aquela ordem para Hamilton deixar Rosberg ultrapassar foi ultrajante para a equipe e também para o piloto alemão. Tanto que, no finalzinho, ele (Nico)  não conseguiu passar Lewis nem com pneus macios inteiros e em melhor condições que o do rival. É por essa e outras que o público vem se afastando da F1.

Desencantou. Felipe Massa enfim conseguiu terminar uma corrida. O quinto posto deve ter tirado uma montanha de suas costas. Acho até que poderia ter sido melhor se na última troca a Williams o calcasse com pneus macios. Mas não adianta ficar naquela do se isso ou aquilo. O que importa é marcou pontos e numa pista onde seu carro não foi dos melhores. E acho até que ele teve sorte quando da primeira interrupção ao conseguir entrar nos boxes antes dos ponteiros.

Tanto que Bottas, usando a mesma estratégia de pneus, terminou no oitavo posto. Dos quatro ponteiros que não poderão entrar nos boxes, ele foi o maior prejudicado. Até Vettel, que sofreu uma rodada na entrada da reta, terminou à sua frente.Estrela. Valtteri Bottas está se mostrando um ótimo piloto. Pilota muito e sabe tirar tudo do carro. Ele e Ricciardo são as boas surpresas desta temporada.

A corrida que eu vi

Esta etapa pode ser considerada a melhor do ano. Gostosa de assistir.  E, estranhamente, no circuito em que normalmente temos corridas monótonas e sem graça e que quase sempre tudo se resume na qualificação de sábado, mas de vez em quando - muito de vez em quando - acontece o contrári uma corrida cheia de emoções e surpresas como em 2006 quando Button ganhou largando no décimo quarto posto e correndo com a Honda que era nada mais nada menos que uma B.A.R sobre a administração dos japoneses naquele ano. Em suma uma equipe em formação.

Lewis Hamilton poderia entrar para a história se continuasse sua escalada. Mas, como citei antes, estancou atrás de Alonso. E essa sua inércia atrás de Alonso não o deixou seguir seu script. E assim, quem acabou coroado foi o sorrisão Ricciardo. O piloto do momento. Isso por que com um carro inferior achou uma maneira de superar  Lewis e Alonso. Que o traçado impossibilita ultrapassagens é certo, mas quem quer se sobressair sempre acha, com força de vontade e gana, um jeito de superar seus oponentes. Ricciardo é o nome da etapa.                                      

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