REGINALDO LEITE

Inferno Rosso: A equipe de maior prestígio da F1

Os italianos estão sem vencer um campeonato de pilotos desde 2007 e seu (Leia mais...)

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 10/01/2015 às 10:05Atualizado em 16/12/2022 às 03:41
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A equipe de maior prestígio da F1 passa por uma fase ruim. Usar o termo ruim é ser comedido. Os italianos estão sem vencer um campeonato de pilotos desde 2007 e seu último grande trunfo foi o Mundial de Construtores de 2008. E o pior é saber que o Mundial de Pilotos de 2008 foi perdido por falhas infantis da equipe. Já em 2009 a equipe e várias outras se viram enganadas pela FIA, que permitiu a participação de Braw no campeonato com um carro fora do regulamento.

Mais uma das artimanhas do asqueroso Verme que, numa tacada só, assombrou e desbancou a turma da Fota e ainda pavimentou a entrada da Mercedes como equipe oficial e não apenas fornecedora de motores, colocando o grande astro da época – Schumacher - de volta às pistas. Jogada de Verme ou seria mestre das irregularidades que trazem bons lucros. E para completar, Massa sofreu aquele grave acidente com a mola que atingiu seu capacete, na Hungria.

Fórmula mágica. Depois de duas temporadas em que a equipe perdeu por erros infantis e “sujeira” nos bastidores, a esquadra resolveu investir alto. Contratou Fernando Alonso e pagou para Kimi Räikkönen ficar de fora da categoria, ganhando como se estivesse na ativa. Isso foi em 2010, e só não deu certo porque um ser chamado Vitaly Petrov pavimentou o primeiro campeonato para Vettel. O russo não deixou a Ferrari ultrapassar num circuito péssimo chamado Abu Dhabi. Circuito, e não autódromo, pois tudo feito por lá é demais, mas a pista, principalmente em 2010, era daquelas onde a ultrapassagem era uma missão impossível. E assim os italianos partiram para...

... 2011. Essa foi a temporada em que italianos acreditavam enterrar suas desilusões, pois em 2010 faltou muito pouco para concretizarem seus objetivos. E nessa força-tarefa passaram por cima do ego de Massa, que se tornou outro Rubinho dentro da equipe vermelha, ou seja, um piloto a serviço da estrela maior eleita por seu caráter autoritário e ainda por ter despejado milhões de um banco espanhol na equipe. Massa nunca foi de trazer patrocínio, assim como Rubinho. E no desespero de fazer do hispânico um campeão a cúpula de Montezemolo começou a atropelar pessoas e situações dentro da equipe. Em 2011, a Red Bull e Vettel humilharam os concorrentes, sagrando a equipe campeã com quatro etapas de antecedência. Os italianos se mexeram e foram para 2012 cheios de esperança.

Mais competitivos. O ano de 2012 começou muito competitivo. Vitória da McLaren na etapa inicial, Alonso na segunda, Mercedes com Rosberg, na terceira. Vettel só conseguiu sua primeira vitória na quarta etapa. Até Maldonado conseguiu vencer com um carro manco, a Williams. Foi a última vitória da equipe. Mas, depois, na segunda fase do campeonato, Vettel engatou uma série de vitórias e acabou campeão. Novamente Alonso foi vice. Porém, disputou até o último minuto e acabou a apenas três pontos de Vettel.

Muito bom. Essa foi uma das temporadas mais disputadas. McLaren e Red Bull venceram sete etapas cada uma. Vettel venceu cinco na energética. Hamilton venceu quatro na McLaren. Mas dividiram vitórias com seus companheiros de equipe e também Alonso, Maldonado e Kimi. Como Vettel foi mais regular, ficou com a taça. Mas regular mesmo foi Kimi, que acabou como terceiro no campeonato com apenas uma vitória e à frente da dupla da McLaren.

Novamente. 2013 foi mais um ano de Vettel na frente. Alonso ficou como vice, novamente. Porém, desta feita, a vantagem de Vettel foi bem maior: 397 pontos contra 242 de Alonso. Fato marcante foi a morte de um fiscal de pista quando um guincho recolhia a Sauber de Gutierrez. E em 2014, outro acidente, envolvendo um guincho e uma Sauber, resulta na tragédia de Bianchi.

Desandou. Na temporada passada, os italianos se perderam por completo, chegando ao ponto de não vencer nenhuma etapa. E aí as cabeças começaram a rolar: S. Dominicali, Luca Marmorini, Nicolas Tombazis, Pat Fry, H. Hamashima e Marco Mattiacci que havia substituído Dominicali. Mas a demissão mais estranha foi a do grande capo Montezemolo. E para completar a lista, Alonso também sai da folha de pagamento de Maranello. Desmontaram a equipe e montaram outra com Sergio Marchionne no comando geral e Maurizio Arrivabene, como chefe de equipe. E também um novo corpo técnico. E aposta tudo novamente, tendo Vettel como piloto número um.

Essa nova receita tem tudo para não dar certo na primeira temporada, mas com o entrosamento da equipe pode ser. O difícil é que os italianos, quando estão em crise, exigem sucesso imediato. E assim, novas cabeças poderão rolar.

Uma ótima semana!!!

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