Interlagos foi o palco da etapa final da Stock Car, que teve como convidado Bruno Senna. A última etapa desse campeonato tem a pontuação em dobro e coincide com a “Corrida do Milhão”, que dá um milhão de reais ao vencedor. A corrida do milhão foi realizada, pela primeira vez, no finado circuito de Jacarepaguá, e o prêmio foi de um milhão de dólares.
Cabra bom. O vencedor desta etapa foi Valdeno Brito, piloto de origem nordestina (Paraíba). Como é de uma região onde não temos autódromos ou bons campeonatos, de cara temos que valorizar seu feito. Valdeno é um dos raros pilotos nordestinos que se deram bem no sul e sudeste. Em minha opinião, o maior feito de Valdeno foi o fato de disputar uma etapa da Porsche Cup, na Bélgica, em Spa. Sem conhecer bem o carro e o circuito classificou-se em terceiro, no treino livre, e terminou em sétimo, na corrida.
Gerson. Quando Valdeno ganhou o prêmio, o valor era de um milhão de dólares. Naquela época, o dólar estava abaixo do real. Depois que a cotação do dólar ultrapassou o real, os organizadores resolveram mudar o prêmio de dólares para real. E assim gastar menos dinheiro com o prêmio. Nosso automobilismo é cheio de dirigentes bem intencionados.
E a corrida? Essa etapa foi a melhor corrida do campeonato de 2013. Sensacional e surpreendente são alguns dos adjetivos que podemos usar para definir a corrida. A primeira fila era de Khodair e Zonta, que não estavam na disputa do título. Na segunda fila, vinha Camilo e Serra. Ricardo Maurício, na terceira fila, e Cacá, na quarta.
Aparências enganam. Na largada, vimos Tiago Camilo se dar bem, assim como tinha acontecido em Brasília. Até os cinco minutos para o fim da etapa tudo indicava que Camilo levaria o troféu de campeão. Mas o piloto que levou um milhãozinho e o título de campeão de 2013 para casa foi Ricardo Zonta, com Ricardo Maurício, em segundo.
Morto-vivo. Serra foi o maior vencedor de etapas de 2013 até Interlagos e, segundo na tabela, ficou fora da disputa logo no início. Assim ficaram na pista, Camilo, Maurício e Cacá, que vinha fazendo uma prova do tipo fingir de morto para assustar o coveiro no final. Khodair se deu mal na parada de boxe e perdeu ponta, e Zonta é quem se deu bem na parada e liderava tranquilo seguido de Camilo. Cacá, que vinha apagado, de repente surgiu no finalzinho e quase tira a segunda posição de Maurício. Acabou em terceiro.
Curiosidade. Sempre que um piloto ganha um prêmio em dinheiro ele divide com sua equipe. A proporção varia de acordo com seus contratos e de equipe para equipe. O normal era meio a meio, mas hoje existem muitos usando a proporção sessenta/ quarenta, para um lado ou outro. Mas o curioso é que no caso de Zonta ele é o piloto e também dono da equipe. Mas, certamente, ele vai dividir uma parte com sua equipe técnica.
Pneus. Uma pequena parte do cirquinho da F1 vai estar no Bahrein para realizar testes com os pneus da próxima temporada. Os italianos da Pirelli reivindicaram estes para que na próxima temporada não ocorram cenas como as do GP da Inglaterra.
Desistentes. A FIA havia anunciado que seis equipes participariam dos testes em Sakhir nos dia 17, 18 e 19 de dezembro. Ferrari, Red Bull, Mercedes e McLaren e das médias a Toro Rosso e Force India. O motivo é únic dinheiro. Porém, a Force Índia comunicou que tinha dificuldades técnicas e de logística para chegar no Bahrein. Já a McLaren ficou muda.
Bomba. No mundo das duas rodas estourou uma bomba. A equipe Honda, atual campeã mundial e maior força econômica da categoria, anunciou que vai abandonar a Moto GP caso a Dorna, organizadora do campeonato, insista em usar uma centralina padrão para todas as equipes. Segundo a direção da Honda, ela participa do mundo das competições para desenvolver seus produtos. E a partir do momento que isso se torna proibido eles não veem razões para continuar a investir nas competições. E agora? A corda sempre arrebenta do lado mais fraco e, nesse caso, acho que é o lado dos organizadores.
Felicidades!