Bruxa solta
O mundo do esporte a motor algumas vezes se cerca de fatalidades. A morte em circuitos sempre assusta, mesmo a quem é do meio, pois sabe que o risco é real e faz parte do dia a dia. Porém, ninguém fica pensando nisto e quando acontece todos ficam atordoados. Junho tem sido o ‘mês da bruxa’.
Primeira. Na corrida de endurance de maior tradição do mundo, 24 Horas de Le Mans, a bruxa atacou logo no começo da etapa. O dinamarquês Allan Simonsen, de 34 anos, pilotando um Aston Martin GTE, com o número 95, derrapou, saiu da pista na curva Tertre Rouge e bateu contra o guard-rail. O socorro foi rápido, mas o piloto não resistiu. O acidente aconteceu na quarta volta.
Números. Esse acidente encerrou o maior período desta competição, sem mortes: dezessete anos. Esta foi a vigésima segunda morte na 24 Horas, que acontece desde 1923. A edição de 2013 marcou a nona vitória do também dinamarquês Tom Kristensen.
Segunda. No domingo (23), o motociclismo nacional realizava a terceira etapa da Moto 1000 GP no templo de Interlagos. E também, logo no início, a bruxa atacou novamente. O piloto gaúcho Cristiano Ferreira (Padeiro) caiu na segunda perna do S do Senna e na sequência foi atropelado por outro competidor. Ele sofreu traumatismos e parada respiratória. Cristiano corria na categoria Light com uma ZX 10 de número 84 e tinha largado da 39ª posição. Esse grid contava com quarenta e oito motos.
Mais. No início do mês, em Pernambuco, na cidade de Carpina, aconteceu a Carpina Kart Racing em um circuito de rua (bons tempos aqueles quando corríamos no entorno do Uberabão). Na reta, o piloto Fernando Lopes bateu contra um poste e não resistiu aos traumas. Nos EUA, na noite do dia 12 de junho, o californiano Jason Leffler competia no Bridgeport Speedway, em Nova Jersey, em circuito de terra, e depois de toque, seu carro capotou várias vezes e acabou colidindo com um muro. O mês não terminou, mas espero que a bruxa tenha tirado férias.
Levinha. O assunto da semana passada foi o julgamento da Mercedes. E, como muitos esperavam, a pena foi leve. Os alemães tiveram como punição apenas não participar dos testes de jovens pilotos. Testes que serão realizados em Silverstone entre os dias 17 e 19 de julho. Foi quase just fez um treino a mais e vai perder outro. A grande diferença é que nos testes da Espanha a equipe utilizou seus pilotos principais.
Sarcasmo. A Red Bull achou que a punição aos alemães foi fraca e ameaçou também realizar um teste privado. Deixaria de participar do treino de jovens pilotos e realizaria um com Vettel e Webber. Pura conversa fiada. A Pirelli jamais iria entrar noutro imbróglio.
Testes. Por falar em Pirelli, ela vai utilizar nos treinos de Silverstone os pneus que seriam avaliados na sexta-feira, no Canadá. O mau tempo neste dia, em Montreal, não permitiu que os compostos fossem testados, que são aqueles que têm uma porção maior de cola ou um sistema de colagem diferente, como gosta de dizer o fabricante.
Silvertone. O circuito inglês está no calendário desde o início da F1. Em poucas ocasiões ele não sediou o GP da Inglaterra. A pista também recebe outras categorias de automóveis e também a Moto GP. O circuito possui 5.891 metros. O recorde atual é de Vettel, em 2010, com o tempo de 1:29.615.
Programação do GP da Inglaterra
1º Treino - sexta-feira - 6h - SporTv
2º Treino - sexta-feira - 10h - SporTv
3º Treino - sábado - 6h - SporTv
Classificação - sábado - 9h - Globo
Corrida - Domingo - 9h - Globo e Rádio JM