O GP da Malásia foi mais um desfile da Mercedes. Lewis Hamilton sobrou. Ele foi pole, volta mais rápida e vitória, bem ao estilo Vettel do ano passado. E para completar a festa, Rosberg chegou em segundo e fez a primeira dobradinha da equipe na era moderna da F-1. A Malásia também está se tornando a pista onde o rádio é usado da pior maneira possível. Vieram ordens que ninguém gosta de ouvir. TABU - Depois de tudo, Hamilton ainda quebrou o tabu de nunca ter vencido em Sepang. Desde sua estreia em 2007, ele vinha batendo na trave. Engraçada essa F1 híbrida: na Austrália, o carro de Lewis não fez nada e o de Vettel também. Já na Malásia os dois se deram bem. RÁPIDO - No Paddock, todos esperavam uma reação da equipe Red Bull. O carro melhorou muito desde os testes da pré-temporada, mas ainda não tem a velocidade e a eficiência da Mercedes. DIA NEGRO - Daniel Ricciardo, da Red Bull, viu que quem manda lá é Vettel. Ele também sofreu com aquela conversinha do rádi “Seu companheiro está mais rápido, deixe-o ultrapassar”. E ele respondeu: “Não, só se acontecer alguma coisa, eu quero estar no meio”. Mas, no decorrer da corrida, ele foi prejudicado numa troca de pneus e depois tomou uma punição. E ainda sofreu com um furo de pneu. ULTIMATO - Ainda pelos lados da Red Bull, apesar da sensível melhora do carro, o problema maior está na unidade de força francesa. Pelos corredores, o alto escalão da equipe já fala em romper com a Renault se os problemas não forem solucionados rapidamente. Pura fusquinha, pois seria inviável tecnicamente uma troca de propulsores no meio do campeonato. DRAMA VERMELHO - Os italianos, mais uma vez, fizeram o papel de figurantes. Verdadeiramente, pódio ainda é apenas uma esperança. Alonso e sua fiel perseverança têm sido a salvação dos vermelhos. Kimi deu azar e ficou fora da briga já no começo da etapa. O estranho é que ele não conseguiu se recuperar e ficou a corrida inteira brigando com a turma do fundão. Foi vergonhoso ver os carros da Toro Roso e da Lotus darem aquele trabalhão ao finlandês. VINHO - O alemão Nico Hulkenberg está dando uma aula de pilotagem com o carro que tem. Pela primeira vez, ele deu uma bola dentro quando abandonou suas negociações com a Lotus e voltou para Force India. Nico ocupa a sexta posição no campeonato com 18 pontos. Seu companheiro de equipe tem apenas 1 ponto. EXPERIÊNCIA - Desta feita, a experiência de Button (Mercedes) falou mais alto que a sorte do seu companheiro de equipe, Magnussen. O dinamarquês foi a sensação da etapa passada, mas na Malásia apenas acompanhou a corrida. Filho do ex-piloto Jan Magnussen, o filho agora tem a chance de vingar o pai, que chegou à F1 como promessa e não deu em nada. A corrida que eu vi Parece que as mudanças que impuseram na F-1 não estão surtindo efeito. Está tudo muito igual ao ano passado. Mais uma etapa sem sal e o vencedor não teve adversário. Para quem vence é muito bom, mas para quem levanta às 5 horas da manhã para ver uma única equipe e um único piloto sobrando na pista é uma chatice sem tamanho. Dá vontade de voltar para a cama e mais tarde tomar café com a patroa na cozinha. Este regulamento de 2014 está afastando os amantes e telespectadores da F-1. Mas a melhor do fim de semana aconteceu com Felipe Massa. Nosso herói teve novamente a presença do fantasma do “companheiro mais veloz”. Massa tinha jurado que isso não aconteceria mais com ele depois que saísse da Ferrari, e não é que a assombração de Fernando Alonso trasvestida de Valtteri Bottas (seu companheiro de equipe) apareceu no boxe da Willians e o pessoal mandou que Massa saísse da frente, pois Bottas estava mais veloz ... Acho melhor o Felipe tomar cuidado e treinar mais porque o seu companheiro de equipe está sentando as Bottas no acelerador da Willians e ele está ficando para trás. Felicidades a todos!