REGINALDO LEITE

Maio, o mês das tradicionais do automobilismo

GP de Mônaco, 500 Milhas de Indianópolis e Le Mans (Leia mais...)

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 23/05/2015 às 08:51Atualizado em 17/12/2022 às 00:02
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Maio, o mês das tradicionais

 No mês de maio é que se realizam duas etapas das três mais tradicionais do automobilismo. E por questões de marketing, acontecem no mesmo dia. É assim há anos. Mas como ninguém dessa área é otário, são realizadas em horários distintos.

Para quem não entendeu, estamos falando do GP de Mônaco e das 500 Milhas de Indianápolis. E das 24 Horas de Le Mans, que não é realizada na data das demais, mas que tem seu valor histórico.

Mônaco. A pista de Mônaco não tem meio-termo entre os pilotos, alguns gostam e outros odeiam. Piquet nunca escondeu sua opinião, detesta. Já Senna adorava e é o maior vencedor do GP. Massa não era fã da pista, mas depois de ter conquistado a pole em 2008 mudou de opinião.

Na F1. O circuito de Mônaco é tradicionalmente conhecido como um circuito onde ultrapassar é quase impossível. Porém, a Pirelli conseguiu mudar um pouco essa história. Com  o desgaste prematuro da borracha, quem souber melhor aproveitar os pneus pode se dar bem na estratégia. O que já vimos na temporada passada.

Fato quase novo. Pelo que vimos na corrida anterior, quem está por baixo no quesito velocidade e durabilidade tem usado uma tática antiga: usar o motor com uma regulagem que proporciona mais potência nos treinos alivia essa potência para poder terminar a corrida. Como a Toro Rosso fez na Espanha. Na era turbo antiga, havia motores exclusivos para os treinos e passavam facilmente dos 1.000 HPs.

Logicamente... Muitas equipes devem se valer dessa estratégia. E assim vamos ver tempos de volta muito superiores na classificação em relação ao que vai acontecer na corrida. Sempre o tempo da classificação é superior ao da melhor volta da corrida. Entretanto, nesta prova veremos que a diferença será maior.

Mais do mesmo. As equipes que usam as unidades de força da Renault devem usar e abusar dessa tática. O circuito da Catalunha é tradicionalmente conhecido como de difícil ultrapassagem, mas, com as novas regras de pneus e asa móvel, alguns conseguem ultrapassar. E a velha tática que voltou a ser usada pelos taurinos e que não foi eficiente na Espanha tem tudo pra ser boa nesta etapa.

Ponteiros. A Mercedes normalmente não precisa se valer dessa estratégia. Já os italianos, que sofreram com falta de aderência na saída de curva na Espanha, devem apelar para todos os santos. A equipe de Massa também não é das melhores em pistas travadas. Pode brigar com os italianos para ver quem é menos deficiente neste tipo de pista. E pode aprontar alguma.

Os demais. A Lotus é uma incógnita. Não podemos esquecer de que o rei do azar, Maldonado, é especialista neste tipo de circuito. Tradicionalmente a Force India é um chassi de pista de alta, mas devido à falta de dinheiro que, consequentemente, não deixa a equipe lançar atualizações, não deverá se dar bem nesta etapa.

A Sauber também está quase no mesmo nível, porém em um degrau um pouco acima. A McLaren tem um bom chassi, mas ainda sem motor, e sofre muito mais que as equipes abastecidas com Renault. Já a Manor Marussia só deverá ser notícia pelo que Jules Bianchi conseguiu em 2014.

Do outro lado. Na terra do Tio Sam, a também tradicional 500 Milhas de Indianápolis é até mais velha que o GP de Mônaco, já que sua primeira etapa foi realizada em 2011, enquanto a primeira corrida realizada em Monte Carlo foi em 1929. Como as duas etapas concorrem pela primazia do mais tradicional, os norte-americanos perdem em audiência mundial.

Assustador. Os organizadores da Indy 2015 estão assustados com os grandes acidentes que ocorreram nos treinamentos para a etapa de 2015. Foram quatro no total e três com o kit aerodinâmico da Chevrolet, o que fez com que a organização mudasse o mapa eletrônico desses motores e também alterasse o grau dos aerofólios  dos carros equipados com esse kit.

Porém, o acidente mais sério ocorreu com um carro de kit Honda, com James Hinchcliffe. No dia do PoleDay, Hinchcliffe  bateu forte e não tem data para voltar a competir. O acidente dele foi provocado por uma quebra e não pela configuração do kit. As novas  configurações aerodinâmicas têm se mostrado ineficientes neste oval longo e de grande velocidade. O nosso Castroneves sofreu o acidente mais espetacular, e saiu ileso. Muita sorte, muita!

Programação das corridas

F1 – Terceiro Treino – sábado – 6h

F1 – Classificação – sábado – 9h

F1 - Corrida – domingo – 9h

F Indy - Corrida – domingo – 13h

Felicidades!

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