GP DE MONZA- Marmelada em embalagem prateada
Lewis Hamilton venceu mais uma etapa no campeonato da F1. E, mais uma vez, sem ameaças de seus concorrentes. Porém, ele viveu uma situação desta vez. Apesar de liderar com uma boa vantagem nos momentos finais, sua equipe lhe passou uma ordem via rádio, para aumentar seu ritmo de corrida e passar a fazer voltas rápidas. Como se faz na classificação. E emendou: “Não pergunte nada; apenas obedeça!”
Bagunçado. E aí foi engraçado, pois, cada equipe de transmissão interpretou essa ordem a sua maneira. Mas na verdade os dirigentes alemães queriam que Lewis aumentasse a vantagem sobre Vettel e, consequentemente, com um ritmo forte os pneus poderiam aumentar sua pressão. Pressão esta que era a grande preocupação da equipe.
Explicando. Depois do ótimo GP da Bélgica, em que Vettel sofreu um estouro de pneu logo após contornar a Aeu Rouge, a fornecedora de pneus foi muito criticada pelo astro da equipe italiana e outros pilotos do grid.
O fabricante de pneus declarou que a pressão dos pneus deveria ter parâmetros de pressão mínima e máxima. “Esse fabricante já sofreu criticas duras das equipes recentemente.” (GP da Inglaterra de 2013).
Porém, o erro era das equipes, que sempre insistiram em usar uma pressão diferente da que o fabricante recomendava. E, depois do episódio do Vettel, a pressão dos pneus virou regra. E o carro de Lewis estava fora da regra.
Trapalhada. A equipe sabia que tinha cometido a falha e, por isso, mandou seu piloto arriscar ao máximo no final de uma etapa em que tinha uma senhora vantagem. O mais estranho é que a falha dos alemães culminou na averiguação dos comissários no final da prova e não deu em nada.
O que pensar. No final Lewis não sofreu penalização. E aí os aficionados e boa parte da mídia não entenderam. Se for uma regra, ela tem que ser cumprida. Porém, como foi em Monza, a casa da Ferrari, poderia parecer que se Lewis fosse desclassificado, seria uma medida para favorecer os italianos.
E ninguém esclareceu qual seria a penalizaçã cinco segundos ou vinte segundos ou ainda uma perda de cinco posições na próxima etapa. E, no final, ficou a decisão de que nada aconteceu de errado. Aparentemente essa regra já nasceu morta.
Folga. Com a confirmação da vitória de Lewis e a quebra de motor de Rosberg, Hamilton abriu uma ótima vantagem de cinquenta e três pontos. Se tudo correr dentro da normalidade, ele estará com a taça na mão.
Pessoalmente acho isso difícil de acontecer. Lewis certamente vai sofrer uma daquelas quebras sem justificação. Não é interessante para ninguém, de menos o Lewis, ter o campeonato decidido três ou quatro etapas antes do final.
Os outros. Vettel fez uma corrida sem ser ameaçado. E quando ia aparecer uma pressão por parte de Rosberg este ficou sem motor. Massa foi bem desde a largada. E mais uma vez viu sua equipe realizar um péssimo trabalho nos boxes. No final, penou para segurar Bottas. Ele vem se especializando nisto. Segurar um concorrente nas voltas finais de corrida.
Kimi. Bottas mais uma vez fez uma bela corrida e também foi prejudicado pela equipe. Mas o nome da corrida foi o outro finlandês. Kimi Räikkönen, que largava da primeira fila, não largou com os demais e saiu por último. Teve sorte de não ser atingido pelos carros do fim do pelotão. Apesar da péssima largada, Kimi ainda conseguiu um quinto posto.
Força. Os pilotos da Force India ocuparam a sexta e sétima posições. Com o mexicano Perez levando a melhor pra cima do bom Hulkenberg. Mais uma vez o tequila foi melhor que seu companheiro de equipe. O que quase nunca acontecia. Essa sequência de resultados ruins do alemão o fez ficar atrás do mexicano no campeonato. Hulk agora tem três pontos de desvantagem para Perez. Eles estão juntos também na tabela do campeonato. Décimo e décimo primeiro.
Touros. Ricciardo vinha sofrendo do mesmo mal do Hulk. Mas em Monza chegou na frente do Kvyat. Oitavo para Ricciardo e décimo para Kvyat. No campeonato o russo também está com três pontos de vantagem sobre o companheiro. O nono posto ficou para Ericsson, que mais uma vez se deu melhor que o brasileiro Nash.
E a sina do Maldonado continua: mais uma vez ficou sem completar a primeira volta.
Uma ótima semana.