Nesse fim de semana tem GP da Rainha. Lewis Hamilton correndo em casa vai fazer de tudo para superar Nico Rosberg
DIA DE RENASCIMENTO
O Mundial de Motos viveu um fim de semana atípico. O último GP de Aspen, Holanda, disputado sempre aos sábados, que era uma tradição, em 2016 vai ser disputado no domingo, assim como as demais etapas deste Mundial. Isso é claramente um indício de que a era do mercantilismo manda na boa e velha tradição.
Divertida. Na categoria mais disputada do Mundial, a Moto 3, vimos seis concorrentes atrás da primeira posição até os últimos metros. E o ganhador foi um piloto que não tinha a melhor e mais potente motocicleta, ou seja, não tinha o melhor equipamento para conseguir a vitória.
Patrício. Pois é, amigo, ainda existe categoria onde o braço e a cabeça mandam mais que o dinheiro e toda tecnologia envolvida. O nome da fera é Miguel Oliveira. O português que conseguiu mais uma vitória pra cima de um esquadrão de Hondas. Oliveira conseguiu o feito pela melhor ciclística da KTM e não pela potência de seu equipamento.
Medalha. Na verdade, máquina e piloto casaram bem com a pista e assim a astúcia do piloto foi sua arma contra os demais. Essa categoria substituiu a 125 dois tempos. E sempre foi a que mais nos proporciou emoções.
Porém, nesta temporada, tem um piloto que está dominando. Danny Kent tem uma vantagem de 57 pontos para Bastianini, o vice da categoria. Mas, como sempre, as corridas nos mostram grandes disputas.
Oliveira merece uma medalha por conseguir se impor perante concorrentes melhores equipados.
Histórica. Essa etapa deve entrar para a história, não só em função da mudança no calendário, mas também pela maneira como o finlandês Niklas Ajo cruzou a linha de chegada. Após derrapar na última curva, ele conseguiu manter o controle da motocicleta na área de escape e voltou para a pista chegando de joelhos. Isso mesmo, cruzou meia reta com o corpo fora da moto e de joelhos, controlando sua KTM de lado. Algo inédito.
Do meio. Na categoria intermediária, a Moto 2, que também sempre nos proporciona bons pegas, nesta temporada está decepcionando, pois o francês Zarco tem conseguido um domínio incomum na categoria. Agora soma 45 pontos de vantagem para cima de Tito Rabat. E certamente vai ser campeão antecipado.
Rainha. A categoria principal se apresentava, nos últimos anos, meio chata, ou seja, sempre um ou outro piloto dominando. Marquez foi campeão disparado nas duas últimas temporadas. Porém, em 2015, tudo mudou. Ele conseguiu vencer apenas uma etapa em oito e viu Lorenzo vencer quatro em sequência. Rossi figura com três vitórias.
Impondo. Marquez sempre é uma atração à parte. Pilota com a faca nos dentes e dá o sangue o tempo inteiro. Porém não houve muito entrosamento entre o piloto e a versão 2015 da RC 213. Do outro lado, Rossi e a Yamaha estão a cada etapa melhorando a M1, e sua última versão casou muito bem com Valentino. Fazia tempo que Rossi não dominava um fim de semana completo, pole e melhor volta na categoria. Se não me engano, desde 2009. Marquez resolveu usar o Chassi de 2014 com a balança e o motor de 2015 e assim conseguiu voltar à velha forma. E deu um calor no italiano.
Na última curva da volta final tentou o ataque pra cima do Rossi. Os dois se tocaram e Rossi atravessou a chicane e venceu. O resultado foi bastante discutido. Muitos acham que Marquez errou e outros que o erro foi de Rossi. Não houve punições e valeu o resultado da pista. Rossi ganhou de Marquez, interrompeu a sequência de Lorenzo e lidera o campeonato com dez pontos de vantagem sobre Lorenzo. Iannone está atrasado cinquenta e seis pontos e Marquez setenta e quatro, em relação ao Valentino Rossi.
***Nesse fim de semana temos F1. É o GP da Rainha. E Lewis correndo em casa vai fazer de tudo para superar Nico. O piloto do carro 44 não venceu nada em solo europeu em 2015.
Uma ótima semana!