REGINALDO LEITE

O circo de testes da F1 foi concretizado

Como acreditar que a Mercedes, a mais rápida no geral, esteja mesmo em condições de lutar

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 06/03/2013 às 11:09Atualizado em 19/12/2022 às 14:21
Compartilhar

O circo da F1 concretizou seus testes da pré-temporada e como quase sempre, o que vimos não deixa rastros conclusivos. Como acreditar que a equipe Mercedes, a mais rápida no geral, esteja mesmo em condições de lutar de igual para igual com McLaren, Ferrari e as RBR’s. Máscara. O mal desses testes é que nunca temos condições de saber quem realmente é o melhor no momento. Qualquer equipe pode mascarar um tempo bom com um carro fora da realidade, apenas para aparecer bem com seus patrocinadores. O que vimos ultimamente é que quem realmente está bem normalmente esconde o jogo e trabalha apenas no desenvolvimento do equipamento e não se preocupa com a velocidade pura.   Desafio. Alguns podem pensar que com a entrada de Lewis Hamilton a Mercedes se reinventou e vai ser a equipe que sempre prometeu ser. Mesmo com um orçamento grande conseguiu apenas uma vitória e em condições extremas. O carro dos alemães é de longe um dos que mais consomem pneus e essa falha tem sido o grande desafio dos engenheiros da equipe. O mais engraçado ou estranho é que o melhor tempo dos treinos é de Rosberg e não da estrela do time.   A máscara vai cair. A verdade mesmo só saberemos na Austrália e o grande desafio de todos é entender os novos compostos da Pirelli. E no decorrer do campeonato quem melhor decifrar o rendimento da borracha italiana vai estar na frente. Só que para tirar o máximo dos pneus o carro deve ser ótimo de balanço, ou seja, equilibrado. Chassis assim são qualidades apenas dos grandes. McLaren, Red Bull e Ferrari.   Na rabeira. Os italianos ultimamente têm feito carros mal nascidos, ruins; mas que no decorrer do campeonato eles se desenvolvem. Na verdade, copiam as melhores ideias e as aprimoram. A lógica condena ou nos indica que sem grandes mudanças de regulamento, as ideias e procedimentos de Adrian Newey seriam vitoriosos. Aposto minhas fichas na RBR 8.   Zebrinhas. E pelo que vi, a McLaren vem na cola. Porém pode se ver em alguns circuitos uma zebrinha como uma Lotus vencendo e, claro, os italianos estão vivos como sempre, mas com um passo atrás. Tudo vai depender dos pneus, pois a confiabilidade que a McLaren não apresentou em 2012 não deve se repetir. Ela não tem mais o Lewis na direção.   As outras. Como sempre, vemos equipes médias andando bem nos testes pré-temporada. Se a Sauber foi a boa surpresa de 2012, neste ano a Force India tenta ou ameaça tomar seu posto. A Sauber também se mostrou bem na fita. Desta turma do meio quem parece ter mais evoluído é a Williams. A ex-Minardi, ou seja, a Toro Rosso está no meio do tiroteio e é uma bala perdida na turma e pode de uma hora pra outra figurar bem, no final do Top Ten.    Diferenças. Se na Fórmula 1 os grandes escondem o jogo nos treinamentos, na Moto GP acontece o contrário. A turma da frente torce o cabo sem dó. Essa turma é composta pelos pilotos da Honda e Yamaha. Pedrosa e Marques, na Honda, e Lorenzo e Valentino de Yamaha. A ordem é acelerar tudo e desenvolver o equipamento sem dar muita atenção para a concorrência, cada um faz o melhor de si. O motociclismo é mais honesto que a categoria das quatro rodas.   Como se esperava. Aquilo que temíamos aconteceu, haverá apenas um brasileiro no grid da F1 em 2013. A situação do Razia terminou como era esperado, fora do grid, mas tínhamos um fiozinho de esperança. Contudo, a lógica prevaleceu e a velha máxima se concretizou: sem dinheiro, sem carro.   Stock. A categoria fez sua primeira etapa de 2013 no circuito de Interlagos. A corrida em si foi chatinha, porém o final foi eletrizante e o vencedor foi Cacá Bueno. Ele parece até que tinha se conformado com o segundo posto. Mas o Valdeno vinha forte e apertou muito o líder Átila Abreu. A disputa tripla acabou nas mãos de Cacá Bueno, com Valdeno em segundo e Átila despencou lá pro fim da tabela.   Finalmente. Na Stock americana, Nascar, Carl Edwards quebrou um jejum de setenta Grandes Prêmios sem vencer. Carl é um bom piloto, mas vinha atravessando uma fase de azar. E a vitória só saiu por causa de uma estratégia quase suicida de combustível. O cara é bom, a equipe é boa, porém a vitória tinha tomado raiva dele. Espero poder ver sua comemoração mais vezes este ano. Ah... a comemoração é salto mortal do teto do carro para chão.   Felicidades!

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM OnlineLogotipo JM Online

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por